Fosse ao contrário e era a prova de que o governo estava a matar o futuro do país
Assim, quase que passa sem qualquer referência: Número de candidatos ao ensino superior é o mais alto desde 2010.
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Assim, quase que passa sem qualquer referência: Número de candidatos ao ensino superior é o mais alto desde 2010.
Na verdade, estes dois cometeram um erro estratégico, sobretudo a Manelinha, cuja palavra crítica teria sempre outro peso: guardar a palavra para ser usada num momento cirúrgico teria muito maior impacto do que andar semana sim, semana sim, a criticar o governo de Passos Coelho. Assim, mais do que causarem mossa, ninguém lhes leva muito a sério.
A propósito deste tipo de artigo tonto, para perceber porquê que o mesmo é tonto recorde-se apenas e para já este pequeno pormenor: As medidas de coação que o Ministério Público tinha em mente eram menos severas do que as que foram decididas pelo juiz Carlos Alexandre.
Aqui está outro investidor campónio e iletrado que não fazia ideia daquilo onde tinha o seu dinheiro investido. Se fosse um daqueles tipos que tudo sabe e sobre tudo se pronuncia na tv é que tínhamos o caldo entornado, ainda para mais se passasse o tempo a falar mal da medida de resolução do BES imposta pelo governador do Banco de Portugal e criticasse a passividade do governo no caso em apreço.
Com Sócrates na cadeia e o cerco a apertar aos Espírito Santo, as baratas estão cada vez mais agitadas. Os órgãos de comunicação social do Proença de Carvalho estão em polvorosa. A TVI do amigo Sérgio mete Marinho e Pinto a fazer comentário ao caso Sócrates, relembrando o período deste como bastonário dos advogados onde se especializou a defender o ex-primeiro-ministro. Pinto Monteiro tem a lata de dar uma entrevista a defender especial celeridade para casos que envolvam figuras como Sócrates. A lata é enorme. A tonta Constança, como outros tantos tontos - ou que nos querem fazer passar por tontos - diz que não percebe como é que Sócrates fica em prisão preventiva por ter recusado pulseira electrónica (o primeiro em situação semelhante a tomar tal decisão - uma tentativa de virar mártir que cai bem na ideia que tenho do homem enquanto sociopata e dos que o defendem como membros de um qualquer culto do Jim Jones). Como Constança, também não percebo: se fosse de outra forma, porquê que mais alguém aceitaria ficar com pulseira electrónica? Os nossos queridos opinadores não são grande coisa em lógica, está visto. Advogados que fiquei a conhecer pelas "brilhantes" análises que faziam do caso Freeport voltam à tona de água. Só coisas más para dizer do Ministério Público. Só interessa desviar atenções, nunca falar do mais relevante. E o mais relevante é que não há forma de achar aceitável que um ex-PM apareça a dispor de uma conta em nome do amigo recheada de milhões como se nada fosse (o homem vivia de um empréstimo da CGD e tudo o mais que se dizesse era jornalismo de sarjeta, tinha-nos sido explicado pelo próprio). O mais relevante é que o discurso que justifica os pedidos das fotocópias permanentes e tal, feito pelos advogados de um ex-PM, não tem ponta por onde se pegue. O mais relevante é que tivemos este troca-tintas como PM e devíamos ter vergonha. Mas a malta que se devia envergonhar de ter defendido tal animal não quer dar o braço a torcer. Continuam a defender o animal feroz e no dia seguinte dizem-se muito preocupados com o desemprego. E se fossem dar banho ao cão, não? Mais: A Sábado publica o último interrogatório a José Sócrates feito pelo MP. É uma vergonha e é o MP que está a passar a informação, repetem uns tontos chico-espertos. Os advogados de Sócrates tiveram acesso a cópia do interrogatório e podiam muito bem estar na origem da fuga de informação? Não, mentira, calúnia, Sócrates até denunciou quem é que anda a passar informação à Sábado. Sócrates é o maior. É maior investigador que o MP. E quem acredita? Só os que fecham os olhos. Mas há muitos que fecham os olhos: por exemplo, os que nunca colocaram a hipótese de ter sido Sócrates a passar info a órgãos de comunicação social da sua detenção na tentativa de os ter lá presentes a filmar o evento. Entretanto, à boleia do circo mediático que a defesa de Sócrates montou, os advogados do Sócrates dizem que vão deixar de aplicar o segredo de justiça. Conveniente. Até dizem mais, numa originalidade chocante que não provocou indignação a ninguém: dizem que vão meter um processo ao Procurador por este fazer perguntas e investigar. Porquê que não há leis que proíbam de investigar um ex-PM? Porquê que há a justiça de tratar de forma igual o cidadão especial José Sócrates? Uma chatice. Quem investiga Sócrates merecia ir para a prisão. Invertam-se os papéis. Pelo caminho, descobrem-se que as leis pelos quais se regem os processos judiciais são estúpidas, imorais. Se há caso onde faz sentido dar grande destaque a isso é um em que o sujeito envolvido esteve seis anos no poder com toda a possibilidade de alterar o quadro legal. Não há vergonha. É só malta sem seriedade. Filhos da puta, no fundo. Porque o país foi ao fundo e um dos maiores responsáveis por isso, gajo que não transmite um pingo de honestidade e seriedade ainda é tratado por certa malta como grande primeiro-ministro que não foi. Só foi grande a lixar a vida de uns milhões de portugueses com as políticas que prosseguiu e as vigarices que fez. Presunção de inocência? Costa assusta-se, percebe que Sócrates não se importa de fazer a vida negra ao PS, até meteu o advogado a anunciar a pulseira electrónica no sábado da convenção socialista, por isso atira às páginas do Público: comigo, governante sobre o qual pesem dúvidas fundadas de corrupção é logo corrido do Governo. Balde de água fria para os que julgam que em política há presunção de inocência. Julgam? Não sei se julgam, porque são os mesmos que fazem crítica política a Passos por elogiar o vigarista Dias Loureiro, mas depois são muito tolerantes com o animal feroz. Sócrates é santo. Sócrates é alvo de cabala. E o MP que prende para investigar, não é? Porque Sócrates nunca perturbaria o inquérito. Sócrates não destruiria prova. Sócrates não poria os fantoches a trabalhar em sua defesa. Tem-se visto. Até dentro da cadeia o homem continua a mexer muito cordelinho cá fora, quanto mais fora dela. Estas últimas semanas, então, foram pródigas a demonstrar como Sócrates, homem com poder que foi e ainda é, consegue perturbar o inquérito. E a justiça que teima em dar razão a todas as decisões de Carlos Alexandre? Outra chatice. Recursos? Nenhum com sucesso. Prisão preventiva? Validada. Especial complexidade do processo? Validada. Habeas corpus? Não validada. E, mesmo perante tudo isto, lá aparecem os chico-espertos a sugerir que a justiça terá cometido falhas gritantes. Quais? Não se sabe. Sabe-se, isso sim, que a justiça vai fazendo o «follow the money» (recorde-se que quando Sócrates foi detido, ainda os investigadores não tinham tido acesso a quem tinha tranferido o dinheiro para a conta na Suiça dos Santos Silva) e pelo que é público são engraçados os nomes que vão aparecendo ligados a este processo (até aparece o senhor da Escom, o tal do famoso negócio dos submarinos). Talvez por isso, também, tamanha a agitação e a falta de vergonha na cara de certa malta que vai aparecendo na televisão a tentar influenciar a investigação. E esses soldados do culto socrático, uns mais chico-espertos, outros mais idiotas úteis, lá vão gritanto com mão no peito: se têm provas, acusem o homem ou, não as tendo, soltem-no. Tenham calma, aposto que existirá acusação, mas deixem a investigação decorrer com normalidade e ir até ao fim (de forma a que se arranjem todas as provas e se investigue tudo o que há para investigar: provavelmente, já existirá prova suficente para acusar de A, B e C, mas ainda estarão a correr atrás de prova que permita acusar em relação a D, E e F). Estando a ser respeitados os prazos legais, tudo o que se diga sobre a acusação já dever estar formulada ou outra coisa semelhante não passa de treta.
Num tempo que já lá vai, a drª Manela era pelo emprego. Nesse tempo, a drª Manela queria uma diminuição em 2 pontos percentuais da TSU.
A direita tem os melhores comentadores políticos do país e há razões para assim ser: ao contrário dos comentadores da esquerda, a pertença à direita nunca foi razão para o comentador não bater forte e feio nos da sua própria família política. Por isso, quando vejo malta de esquerda a lamentar que os principais comentadores sejam de direita, a única coisa que lhes digo é que a culpa é deles, o espírito de camaradagem da esquerda é uma menos-valia. Mas, dito isto, deviam existir limites para a força da direita no comentário televisivo: a partir de que ponto é que se constata que ter o praticamente certo candidato Marcelo a comentar as presidenciais quase todos os domingos quando pode/deve ser parte interessada é, além de surreal, inaceitável?
Pois: onde é que andam os crescimentistas? Desapareceram. Agora, preferem entreter-se a malhar no Cavaco.
Dada a barulheira que foi feita em torno do possível prejuízo indirecto em que o contribuinte poderá incorrer por via do risco que a CGD foi obrigada a assumir com a solução encontrada para o Novo Banco, imagino que há muita gente preocupada e interessada nesta «tomada excessiva de riscos no passado» que têm implicado prejuízos da CGD nos últimos exercícios. Ou então não e essa preocupação manifestada recentemente era só fogo de artificio para alimentar a politiquice de sempre.
Quando e se Marine Le Pen ganhar as eleições em França, também poderemos chamar-lhe uma «vitória da democracia» com manifesta felicidade?