É por esta e por outras que não me aproximo de uma urna de voto este ano
Passos desiste de mexer nas pensões actuais e corta nas futuras
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Passos desiste de mexer nas pensões actuais e corta nas futuras
2. PS mantém eliminação da sobretaxa em dois anos (e ainda baixa IVA da restauração, repõe cortes nos salários de FP mais depressa, e tudo e mais alguma coisa...)
3. O PS faz um cenário macro que tira proveito absoluto da consolidação orçamental que este governo levou adiante durante estes anos de gestão pós-bancarrota Sócrates e depois ainda vem mostrar indignação quando os outros fazem por recordar que o que pode ser oferecido no futuro imediato só pode ser consequência directa do sucesso da sua política orçamental?
Confirmando-se as notícias recentes, o Syriza prepara-se para aumentar brutalmente as contribuições para a segurança social na Grécia, mas o PS promete baixá-las em Portugal. E ainda há quem se irrite com o slogan governamental de que «Portugal não é a Grécia».
Nota: contudo, atenção.
A propósito do Programa de Estabilidade e Crescimento, onde o Governo também já em campanha eleitoral a todo o gás, mas ainda preocupado com a matemática, chega a prever um corte de 600 milhões nas pensões sem explicitar como chegaria lá, vou registando tudo o que a malta que é do PS ou que torce por este, uns mais tontos, outros apenas demagogos, vão dizendo/escrevendo sobre o assunto. Depois das legislativas e se o PS formar Governo, tendo de elaborar o orçamento de Estado para 2016 no imediato, voltamos a falar.
Claro que pode. Com o preço do petróleo nos valores actuais e o Euro em queda, é certo que o cenário macroeconómico presente no OE está errado, como clamou a oposição tuga. Ainda que no sentido contrário ao que essa malta andou a anunciar. Os factores exógenos jogam mais a nosso favor do que o Governo contava. Perante isso, 2015 arrisca ser um dos nossos melhores anos em muito tempo. Isto em ano de legislativas.
Ah valente: «A reposição integral dos salários é mesmo para 2016». Calma, calma, avisa candidato Costa: «O que eu retiro da jurisprudência do Tribunal Constitucional é que é ‘tão cedo quanto possível’. Acho que o objectivo deve ser, se for possível, em 2016 a 100%. Se não for possível a 100% em 2016 que seja o máximo possível». Apesar de tudo, elogie-se o facto de António Costa estar a tentar manter uma postura não eleitoralista e tão séria quanto possível. Até porque Costa, que não é parvo, saberá que se se enredar na ânsia de alguns camaradas do partido pelo ilusionismo, este ruirá imediatamente após as eleições, com o OE 2016, originando danos consideráveis para o PS e a sua governação futura.
No entanto, até esta segunda-feira, a Câmara de Lisboa era a única do país sem orçamento definido.
No Público, comeram os cogumelos mágicos e continuam a fazer campanha, em permanente e profundo delírio, pelo candidato Costa: Imagina-se, desde já, o rol de críticas ao regresso do investimento público (ferrovia e transporte marítimo, um programa de requalificação urbana, o Simplex em várias coordenadas, conclusão do plano nacional de barragens…), à reposição do Complemento Solidário para Idosos, à eliminação da sobretaxa do IRS, enfim, a um Programa de Recuperação da Economia e do Emprego, “primeira prioridade” de um Governo liderado pelo PS, todo ele orientado a partir do Estado. Desta vez, tudo fica mais claro, as escolhas são mais fáceis. E repor os salários dos funcionários públicos; e gastar mais aqui e acolá; e o dinheiro? De onde virá o dinheiro? Magia. Mas, finalmente, temos o nosso Obama: «Let’s just get everybody together. Let’s get unified, the skies will open, the light will come down, celestial choirs will be singing and everyone will know we should do the right thing and the world will be perfect».
Começou com o Paulinho, num espírito a lembrar os "melhores" tempos de Sócrates, e hoje a carga continuou com Mota Soares e Paulo Núncio. Os centristas na vanguarda da propaganda governamental, a favor de um orçamento em que só os membros do governo fingem acreditar no valor do défice que lá consta. Entretanto, no tempo da «transparência como nunca existiu em 40 anos» (o que até foi verdade enquanto a troika por cá andou), o Conselho das Finanças Públicas manda avisar que cerca de 40% da austeridade do OE não está especificada.
O PS de Costa comprometeu-se (o primeiro passo para as hollandices, palavra de Santos Silva). Isto depois de Costa na Quadratura, já depois do debate de quinta-feira no Parlamento, ter tentado deixar margem para interpretação diferente (mas a ser já acusado de oposição frouxa, deve ter sentido a necessidade de tomar posição: e a cada tomada de posição verá reduzida a margem de manobra para quando começar a governar). Agora só falta que, já tendo dito onde vai gastar mais dinheiro no OE2016, venha dizer onde o vai buscar.