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Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Mr. Brown

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O "bluff" socialista ou o homem disposto a tudo?

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Este homem, desesperado e encostado às cordas, porque depois de perder clamorosamente nas legislativas a solução que gerou nas presidenciais também está prestes a ser arrasada - recorde-se que Nóvoa também vinha para fazer a ponte entre o PS e o BE/PCP e é ver os níveis de votação que tem nas sondagens -, seria capaz de, com o PS fragilizado por uma votação baixa, atirar o país para os braços do PCP e do BE só para tentar sobreviver politicamente? Ele e a facção dos jovens turcos que o apoiam estão assim tão agarrados ao poder? Não acredito que fossem tão longe. E a direita não devia dar demasiada atenção a um tal bluff e devia mesmo agir no sentido de desmascará-lo. O que quero dizer é: o PSD e o CDS não deviam reagir no sentido de quererem dar mais ao PS do que ele merece só porque este anda a jogar um jogo perigoso, antes pelo contrário, se o líder socialista decidiu dar uma de Varoufakis, é forçar ainda mais a barra a ver onde tal jogo vai parar. Costa perdeu as eleições e é preciso lembrar-lhe isso. Costa está fragilizado e há que não lhe dar mais importância do que merece. E se não for bluff, siga para bingo, tal opção, se viabilizada pela extrema-esquerda, terá o condão de clarificar para todo o eleitorado aquilo com que pode contar deste PS. E o eleitorado moderado irá cobrar isso ao PS no curto-prazo. Costa, como solução de último recurso, pode querer ser o nosso Tsipras, mas Portugal não é a Grécia e por cá um qualquer Tsipras acabará relegado para a página da História que merece: uma página negra e triste, a recordar só para não repetir.

A vontade do eleitorado

As movimentações teatrais à esquerda começariam a preocupar-me no dia em que tivesse de ler isto: Costa reúne-se com Jerónimo e Orçamento é prioridade absoluta. Enfim, as encenações socialistas para ganharem poder negocial nas negociações, essas sim coisa muito mais séria, do orçamento para 2016 têm graça, mas a dada altura o país será confrontado com a realidade espelhada no discurso de Cavaco Silva (que, precisamente por tocar na ferida, irritou alguma malta): o país tem compromissos internacionais assumidos e das eleições legislativas resultou um inegável alinhamento do povo português com os partidos que tradicionalmente honram esses compromissos. Tal como em 2011, onde o arco da troika (PSD, CDS e PS) ficou com larga vantagem para com o arco do radicalismo ideológico. De resto, dizer que mais de 60% do eleitorado rejeitou a política do PSD/CDS faz tanto sentido quanto dizer que quase 70% do país rejeitou o programa económico do PS ou que mais de 80% do país rejeitou o radicalismo da extrema-esquerda. Como se o voto fosse apenas e só uma «rejeição daquele em quem não se vota» e nunca uma «preferência pelo programa daquele em quem se vota». Como se todo o eleitorado socialista tivesse mais afinidade com as forças à sua esquerda do que com as forças à sua direita. Mas, também por isto, para ajudar a um maior esclarecimento sobre o assunto, gostava de ver uma sondagem que respondesse à seguinte pergunta: perante os resultados eleitorais, preferirá o povo português um governo PS/BE/PCP ou um governo PSD/CDS viabilizado pelo PS? Qual será a solução mais viável e estável? Não tenho muitas dúvidas sobre qual será a resposta a esta pergunta, mas admito que possa ser surpreendido.

Nesta estou com Cavaco? Mais ou menos

A melhor solução governativa para o pais no seguimento dos resultados eleitorais era o bloco central (e Cavaco faz bem em começar por pedir a Passos que procure isso ou coisa parecida). Mas não acredito que este venha a ocorrer. Até porque deixar a oposição em exlusividade para o BE e o PCP poderia resultar num problema grave no final da legislatura. O PS neste momento é o partido mais entalado com os resultados eleitorais, mas espero que tenha a arte e o engenho para gerir a coisa com mestria. A mestria que não revelou durante a campanha. E se for para meter a pata na poça que o faça garantindo a curto-prazo novo governo de direita com maioria absoluta na Assembleia da República.

Notas finais sobre as legislativas

1. O PS passou de uma vantagem à volta dos 4 pontos para a coligação PSD+CDS nas Europeias para uma derrota à volta dos 6 pontos nas Legislativas. A coligação melhorou o score para o principal partido da oposição em 10 pontos percentuais. Não sei como é que Costa pode sobreviver a uma derrota humilhante destas.

2. Ao contrário do que as notícias iniciais apontavam, a abstenção aumentou em relação a 2011 (terão votado cerca de menos 180 mil pessoas, um aumento de dois pontos percentuais dos abstencionistas). A afluência intermédia às urnas aumentou porque as pessoas terão antecipado o voto por causa do futebol/receio do mau tempo.

3. O Bloco de Esquerda quase duplicou a votação em relação a 2011. Passou de 5,15% para um valor acima de 10%. Um resultado a todos os níveis brilhante e que o colocam como um dos mais claros vencedores da noite. Também para este crescimento muito contribuiu a aselhice de António Costa: quis fazer discurso para satisfazer o centro e a sua esquerda, abriu duas frentes, perdeu ambas as batalhas.

4. Não há um único partido dos pequenos que valha mais do que o PSD sozinho nas ilhas. O tempo de antena que foi dado pelos OCS ao Livre do Tavares e ao PDR do Marinho foi ridículo. O PAN, Partido dos Animais e da Natureza, não teve o mesmo tempo de antena, mas vai ser o partido mais votado de entre os pequenos e conquista um deputado por Lisboa. Um feito extraordinário.

5. A coligação ganha, mas perde mais de 700 mil votos em relação a 2011. Acabam por fazer a festa, mas é uma perda brutal (no fundo, coligação PSD+CDS nestas eleições é reduzida à força eleitoral do PSD sozinho em 2011, mas consegue melhor resultado que combinação de PSD e CDS em 2005). De resto, de todos os partidos com representação parlamentar, só mesmo os partidos que constituem a coligação é que perdem votos e vêem os seus grupos parlamentares reduzidos.

6. As sondagens estavam correctas. Quem andou a inventar teses sobre manipulação das mesmas teve a resposta devida.

7. A PàF ganhou no Concelho de Lisboa. 37,47% para 34,76% do PS. A derradeira humilhação para Costa.

8. Ainda faltando os círculos eleitorais do estrangeiro, onde em 2011 a distribuição foi de 3 para o PSD e 1 para o PS, neste momento, segundo julgo saber, o PS não só não conseguiu obter o maior grupo parlamentar (está 86 para o PSD contra 85 dos socialistas), como nem sequer PS+BE conseguem superar os deputados da coligação (104 vs 104). Nem por aqui podiam fazer barulho e legitimar um golpe na secretaria.

9. Um país pintado a duas cores e dividido ao meio: PàF ganha no norte, PS no sul.

A campanha conta

A PàF fez uma campanha muito boa: beneficiou disso. O BE fez uma campanha muito boa: tirou proveito disso. O PS fez uma campanha desastrosa: os resultados estão à vista. O PCP achou que bastava fazer o mesmo de sempre: não lhe correu bem. A verdade é que antes da campanha propriamente dita começar, ninguém acreditaria nos resultados finais que se perspectivam.

A "elite" que pensa que põe e dispõe do país

José Miguel Júdice, na tv, ensaia o discurso da "elite" bem pensante que apostou todas as fichas no bom do Costa, um homem da sua confiança, e fez tudo por tudo para correr com Seguro e Passos: Costa devia governar, mesmo que perdendo as eleições, com o seu executivo a ser viabilizado pelos partidos à direita que constituem a PàF, ainda que esta última vença as eleições. É a quadratura do círculo: o perdedor governa com o suporte do vencedor. Há uma "elite" que continua a pensar que a vontade do povo serve para eles fazerem o que bem entenderem. É também para ver esta gente lixada da vida que no dia 4 vou-me divertir à brava com uma eventual vitória da PàF.

Ainda sou do tempo

Em que Passos e Seguro não prestavam e Rio e Costa é que eram bons. Mas Costa, o bom, prepara-se para levar banhada e sair humilhado do confronto com Passos, o mau. Ainda assim, alguns simpatizantes socialistas continuam a dizer que se Costa arrisca ter um mau resultado eleitoral, com Seguro ainda seria pior. Mais: Costa agora até pode perder, por que motivo não pode continuar a liderar o partido? Lembram-se de algum? Eu também não. Acreditaram no mito, agora agarram-se a ele com todas as forças que têm. No dia 4 tudo isso ameaça ruir.

Claro que...

... apesar de tudo, o cenário instável referido no post anterior seria mais fácil de resolver em caso de vitória minoritária do PS. Uma certa elite e a classe jornalística tinha tudo preparado e estudado: correr com o irresponsável Passos Coelho, elevar o responsável Rui Rio à liderança do PSD, que seria promovido pelos mesmos que promoveram António Costa para a liderança do PS, e estava encontrado o vice-primeiro ministro do governo de bloco central. Como as coisas não estão a correr como pensavam, ai de quem imaginar encontrar um qualquer Rio do PS para fazer a mesma coisa em sentido contrário. Isso é que já não se admite. Inconcebível, gritam os chico-espertos.

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