A direita a cair logo em cima dos gregos
O ministro da economia alemão, líder do partido da mesma família europeia do PS que partilha o poder na Alemanha com a senhora Merkel, já avisou que não há condições para negociar com os gregos. Schulz, outro por quem os socialistas portugueses até andaram a fazer campanha nas últimas eleições europeias, contando colocá-lo como presidente da Comissão Europeia, também avisou hoje que o «não» significava a saída da Grécia da zona Euro. Entretanto, perspectiva minha, a senhora Merkel vai visitar Paris amanhã para impor a Hollande a sua solução para o caso grego. Não por acaso os franceses queriam um acordo com a Grécia antes do referendo. O «não» grego também aumenta o poder negocial de Merkel junto dos países que mais ardentemente desejavam um acordo a bem com os gregos. Sem nada que preveja a expulsão de um dos seus membros da zona Euro, agora é aguardar para ver a solução mais ou menos criativa que os líderes europeus vão encontrar para não ceder ao Syriza (agora, com mais propriedade, até se pode substituir Syriza por «vontade do povo grego»).