A importâncias renovada das presidenciais
É impossível desligar as presidenciais do novo quadro parlamentar e da novidade gerada após as legislativas: quem receia que algo de mal possa vir do governo de esquerda e quer garantir que fica mais difícil a uma tal "coligação" guinar demasiado à esquerda na sua orientação política, só tem um candidato em quem votar. Não é o candidato perfeito, mas é o candidato que há: Marcelo Rebelo de Sousa. Embora Maria de Belém também se tente posicionar nesse campo, para aquele eleitorado volátil do centro não me parece difícil perceber qual dos dois candidatos o serve melhor. E para o eleitorado de direita, então, a coisa ainda é mais relevante quanto me parece óbvio que para controlar os excessos da esquerda não existirá Tribunal Constitucional que nos valha. Só a instituição Presidência da República pode funcionar como controlo e contrapeso efectivo e relevante ao novo poder governamental esquerdista.