Agora é que é
Primeiro eram as eleições francesas que iam mudar a política «ideologicamente extremista» da Europa. Venceu quem os socialistas queriam que vencesse. Mas pouco mudou na política europeia: o socialista Hollande, pelo contrário, adoptou mesmo a política «ideologicamente extremista» como sua (a expressão de Assis é adorável, mas não se preocupem que assim que os nossos queridos socialistas forem para o governo descobriremos que o discurso extremado do actual PS não era para levar a sério). Depois eram as eleições alemães. Nem sequer ganhou quem os socialistas queriam. Ainda assim, Merkel para governar precisou de coligar-se com o SPD e as últimas novas que tivemos numa área tutelada por uma ministra do partido que partilha o partido político europeu com os nossos queridos socialistas foi esta. Agora, são as eleições para o Parlamento Europeu que são decisivas e vão mudar a política europeia (note-se que, para já, o mais certo até é terminarmos com a direita a dominar o Parlamento Europeu e Juncker à frente da Comissão Europeia, embora isso nem interesse tanto quanto isso). Alguém acredita? Enfim, sempre que alguém argumentar a favor da importância das eleições europeias para uma alteração da política que tem vindo a ser seguida pela Europa, das duas, uma: ou é eleitoralismo básico, de quem quer iludir para ganhar votos - atribuindo uma importância a uma eleição que não a tem -, ou é ignorância pura. O eleitor que decida.