Benefícios concentrados, custos difusos
Para a malta que não sabe ver além do que tem diante dos olhos: Receitas de portagem sobem 9% até Junho. Recordo-me do tempo em que alguns argumentavam que a introdução de portagens teria efeito catastrófico e não traria receitas tão grandes quanto isso. Enfim, note-se na notícia qual a auto-estrada onde as receitas mais cresceram: a Via do Infante (uma tendência que se mantém desde que foram introduzidas as portagens: 20,4 Milhões de Euros em 2012; 23,7 M € em 2013; e mais de 28,2 M € em 2014). Talvez por isso, Costa, entusiasmado, veio logo avisar que está a pensar acabar com as portagens na auto-estrada algarvia. Dado que a coisa está a configurar um verdadeiro caso de sucesso na poupança de dinheiro do contribuinte, nada melhor do que sugerir voltar a colocar este a pagar a conta. Mal por mal, os contribuintes são muitos e nem prestam particular atenção a este tipo de promessa, enquanto os algarvios que reivindicam o acesso a uma auto-estrada sem custos para o utilizador sempre podem valer mais uns votinhos importantes. Volta Cravinho que estás perdoado.