Da relevância de certos e determinados assuntos
Dá para perceber que não é tanto o que gostam de Sócrates, mas mais o que odeiam do actual governo que os faz agir assim. Claro que sim, a recordação de Sócrates tem dois efeitos: 1) lembra que não é este governo quem tem a maior fatia da responsabilidade pelo estado lastimável em que está o país; 2) é, apesar da tentativa de distanciamento de Seguro em relação ao animal feroz, um entrave ao crescimento eleitoral do PS. E isso é algo que quem detesta este Governo não pode suportar, porque Passos, sobretudo ele, tem de ser massacrado e tudo o que prejudique esse objectivo é para contestar. Da minha parte, há uma coisa com que não precisam de se preocupar: nas próximas legislativas, não irei votar em nenhum dos partidos que suportam este Governo. Mas não contem, nunca, que passe uma esponja pelo pior governação que o país conheceu nos últimos vinte e cinco anos. E, se esta coisa das petições for para levar a sério - prefiro não as levar, desculpem -, não mereceria isto reflexão: petição pela reestruturação: 9 mil assinaturas; petição pela recusa da presença de sócrates como comentador da RTP: 140 mil assinaturas (tinha 110 mil ao fim de dois dias).