Dom Sebastião (2)
Afinal, António Costa, tal como Seguro, sempre tem uma "alternativa", solução milagrosa que é sugerida na notícia a que me refiro no post anterior e que se resume à ideia de pôr a UE a nos pagar as contas: «Juncker defendeu que, para além do envelope já definido, tem que pôr em cima da mesa mais 300 mil milhões de euros nos próximos três anos para relançar a economia», diz o nosso querido edil lisboeta. Mas o nosso tenebroso Governo, o mesmo que apoiou Juncker como Costa reconhece, «em vez de aproveitar esta mudança de orientação política, a primeira ideia que tem é mandar para Bruxelas como comissária a personificação da austeridade da 'troika' que é a nossa ministra da Finanças». Portanto, deixem ver se percebo: Juncker, candidato que também contou com o apoio da chanceler Merkel, rosto do Eurogrupo que lidou e definiu toda a estratégia europeia de combate á crise, membro inegável da direita que «falhou no diagnóstico e na resposta», para citar Costa, terá virado o novo messias da esquerda e ninguém me avisou? Maria Luís é má e Juncker é bom, como se não fossem a mesma moeda? É a esta treta argumentativa que se reduz o pensamento socialista por estes dias?