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Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

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Feminismo

 

Aqui há uns tempos, foi-me recomendado que visse o Antonia's Line. Se bem me recordo - e sou dos que se esquece rapidamente das obras a que não acha particular graça -, o filme, dirigido pela feminista Marleen Gorris, atribui papéis periféricos aos homens, na categoria (permitam-me simplificar e caricaturar um pouco) de canalha, violador, submisso, cobarde, suicida, tonto, playboy; enquanto reserva para as mulheres, a começar na personagem principal Antónia e passando pela sua filha e a sua neta, o estatuto de independência, liberdade, inteligência, justiça, fulgor. A título de exemplo, numa das histórias do filme, a filha de Antónia "produz" a neta desta última, de forma premeditada, num encontro com um qualquer playboy de quem se desfaz prontamente, sem o avisar do resultado do seu "trabalho", para assumir a recém-nascida como mãe solteira, acabando por se envolver posteriormente numa relação lésbica. A neta de Antónia, por seu lado, acabará por revelar-se um prodígio de inteligência (incompreendida por um professor limitado do sexo masculino) que, após a passagem de vários pseudo-intelectuais pelos lençóis da sua cama, acaba por aceitar juntar os trapos com um conhecido de infância com um QI bastante inferior ao seu, por mera questão de comodidade, e quando dessa relação resulta uma filha (o filme também se podia chamar o estranho caso das gajas que só dão à luz gajas), rapidamente demonstra desinteresse total na mesma, dando preferência às profundas questões intelectuais que fazem parte do seu trabalho. Não vou dizer que tudo no filme é mau, nem ignorar que o mesmo procura, parcialmente, reflectir no feminino aquilo que é a representação que é feita com naturalidade do lado masculino, demonstrando com isso as diferentes expectativas que recaem sobre «eles» e «elas» - o choque que me causou é propositado, portanto [e note-se que o filme é de 1995, vinte anos passados as expectativas já se alteraram alguma coisinha] -, mas também não vos vou mentir ao ponto de dizer que não considero algumas dessas diferentes expectativas como naturais, tão naturais como o facto de à mulher ter sido dada pela natureza a função de engravidar (e amamentar o recém-nascido) e ao homem maior força física (destas e outras diferenças, algumas diferenças socioprofissionais têm de resultar; a igualdade absoluta em todos os campos é uma impossibilidade). E vem isto a propósito da forma como o feminismo está de novo na berra: seja pela actuação recente da Beyonce no VMA (foto no topo) assumindo a palavra como uma que a define, seja pelo discurso de Emma Watson na ONU no mesmo sentido. Mas uma mera palavra, como se sabe, pode esconder em si diferentes significados e, embora as feministas não gostem que tal seja dito, algumas delas deram mau nome à causa ao não conseguirem esconder a misandria subjacente ao seu pensamento. Além disso, diz-me a experiência (e a lógica: lembre-se que é o enquadramento do que é bem aceite socialimente que elas pretendem mudar), que típico das feministas pretenderem ser polícias dos costumes e advogadas de acusação pelo novo politicamente correcto que procuram criar - lembram-se da treta da criminalização dos piropos? -, o que é somente das coisas que mais detesto. Suspeito, aliás, que uma esquerda que vai perdendo as suas bandeirinhas possa ter nessa ressurgência em força do feminismo outra a que se agarrar. Entretanto, noto, estabelecendo associação clara entre as duas coisas, que Hillary Clinton (citada no discurso de Watson) está à beira de se recandidatar à presidência dos Estados Unidos. Hillary que, para alguns sectores - onde se incluem muitas feministas -, tem de ser eleita Presidente dos Estados Unidos só porque sim, ou, melhor dizendo, porque é mulher. E será de estranhar que Hillary seja tão do agrado de muitas feministas, enquanto Merkel, igualmente mulher, não provoque igual delírio? Talvez o defeito de Merkel seja não precisar a toda a hora de fazer vingar o seu estatuto de mulher enquanto argumento político: ela é boa política porque é boa política. Na prática, ela representa a concretização daquilo a que as feministas deviam aspirar, não? Também por isso, abaixo Clinton, viva Merkel.

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