Mais demagogia e propaganda eleitoral
Mais demagogia e propaganda eleitoral: «É natural que queiram aguardar pela realização das eleições para saber se este caminho que temos vindo a seguir prosseguirá ou não, em termos de consolidação orçamental, por um lado, e de realização de reformas estruturais importantes para a nossa economia, por outro. Isso nota-se no racional que é muitas vezes apontado nessas notas das agências de rating». Por acaso, o que é dito na nota da Fitch sobre a manutenção do rating é precisamente o contrário: «The two main political parties (the Social Democratic Party, the leading member of the current coalition, and the main opposition the Socialist Party) are pro-European. Fitch expects no major deviation of policy after this year's elections. Currently, no anti-euro or populist party has attracted significant support in opinion polls in Portugal». Não é pelas eleições que a Fitch aguarda, é mais, por exemplo, pela obtenção dos resultados prometidos pelo actual Governo ao nível da meta do défice. Perceba-se, apesar de Passos garantir o contrário, a agência de notação não prevê que cumpramos a meta do défice para este ano e acredita até que continuaremos em situação de procedimento por défice excessivo. É possível que a Fitch falhe, mas é esse o racional da decisão tomada de não nos tirar do "lixo".