Mundial Fifa (7)
Se a fase de grupos já tinha sido muito boa, os oitavos-de-final não lhe ficaram atrás. Conta-se pelos dedos da mão os jogos aborrecidos neste Mundial e nenhum dos que apurou as oito melhores equipas em prova está entre eles. E se um prodígio que deve muito da sua formação a um clube português, refiro-me a James Rodriguez e ao F.C.Porto, já tinha brilhado intensamente há uns dias, hoje foi a vez de Di Maria brilhar, jogador que muito deve ao Benfica de Jesus. Além disso, ontem, já tínhamos tido, no jogo da Argélia contra a Alemanha, um Slimani espectacular e muito esforçado (essa é uma característica que vou recordar deste Mundial: os jogadores da maior parte das equipas a darem tudo o que têm em campo). E, para além dos nomes já referenciados, olha-se para os jogos destes oitavos-de-final e vimos em campo outros jogadores que estão ou passaram por Portugal como Hulk; David Luiz; Ramires; Jackson Martinez; Maxi Pereira; Álvaro Pereira; Herrera; Karagounis; Katsouranis; Halliche; Benaglio; Rojo; Garay; e Witsel; a que se podem ainda somar aqueles que não jogando, estiveram no banco das suas equipas: Mangala; Quintero; Quarin; Enzo Perez; e Ghilas; e fica mais ou menos claro que o lugar do campeonato português no ranking da UEFA não é fruto do acaso (se acrescentar o Gelson Fernandes, só com jogadores que jogam ou jogaram em Portugal consigo fazer uma equipa plena de 23 jogadores). Muito talento tem passado por Portugal.
E depois há a maravilha que a foto acima documenta, tirada enquanto decorria o encontro da Bélgica com os Estados Unidos em terras do Tio Sam (e foram muitas, noutros estádios, em tudo semelhantes que se puderam tirar). Mas num Mundial onde até os jogos que terminam os noventa minutos com zero a zero no marcador têm sido interessantes de acompanhar, não é de admirar que até os norte-americanos do basebol; do basquetebol; do hóquei no gelo; e do futebol americano; terra onde o futebol é soccer; tenham apanhado o bichinho. E a selecção deles, diga-se, até fez por justificar o apoio. Isto dito, conclua-se que nunca, como hoje, fez tanto sentido chamar àquela coisa que são onze jogadores de cada lado a correr atrás de uma bola para a enfiar na baliza do adversário o nome de desporto rei.
(Obama, na Casa Branca, a acompanhar o encontro entre o seu país e a Bélgica)