«o Ministério Público adorar efabulações»
A frase que dá título a este post, de Augusto Santos Silva (referida aqui), é de enorme relevância para explicar o actual e maior problema que enfrenta o PS de António Costa (e que replica o problema que ToZé Seguro encontrou): os socráticos continuam a ter uma influência muito grande dentro do partido e não querem largar o querido líder nem por nada. E que falta fazia ao PS libertar-se de José "Activo Tóxico" Sócrates. Nota-se, aliás, cada vez maior desconforto entre a malta socrática pelo novo líder não atirar o partido numa campanha política contra o ministério público e a justiça em defesa de Sócrates (para piorar um pouco, Costa até atreveu-se a dar uma entrevista ao Correio da Manhã, legitimando o jornal mais odiado pelo socratismo). Enfim, a liderança do PS limita-se a fazer o que um mínimo de bom senso exigia e que, recorde-se, o próprio Sócrates "pediu", mas todos sabemos que entre o que Sócrates diz e o que quer vai uma grande diferença. Sem o partido que o promoveu e onde ele promoveu muita gente, o animal feroz tem menos armas para jogar a sua defesa na praça pública e pressionar o ministério público como bem gostaria. Uma chatice: para Sócrates e para Costa.