Os neotontos
No BE grego também há alas mais radicais do que outras. Uma salganhada no fundo, com cada um a defender a sua utopia. De tal forma que os próprios Syrizas nem se entendem entre si e há evidentes sinais de ruptura e descontrolo na coligação radical. De resto, este ataque descabelado dos Syrizas radicais à escolha, por parte de Varoufakis, de uma socialista moderada, Elena Panariti, para representar o país no FMI, é a prova de que não será só no Eurogrupo que o ministro das finanças gregos encontra fortes anti-corpos. E é assim que os ventos da mudança na Europa, da esperança, se transformaram rapidamente numa tonteria, daquilo que não se deve fazer. Depois de uma interessante mas curta luta em Portugal para saber quem era mais Syriza, agora quase ninguém quer ser Syriza.