Rumo à Presidência da República
Lançou-se em Celorico de Basto, numa acção minimalista, mas bem conseguida, contudo, hoje, na TVI, a estação televisiva com maiores audiências do país, é que deu o verdadeiro tiro de partida (numa acção que José Alberto Carvalho bem se esforçou por dizer que não tinha «conteúdo político» quando, na verdade, tratou-se de propaganda política ao mais alto nível, em horário nobre). As sondagens dizem que vai à frente com larga vantagem. A plataforma que o apoia, onde se inclui a maioria da comunicação social, é esmagadora em comparação com a dos adversários. E nos últimos meses dedicou-se a descolar a sua imagem da do impopular Cavaco Silva e impôs a sua candidatura ao líder do partido a que pertence, como convinha (se ficasse dependente da força eleitoral, neste momento, do PSD e do CDS estava tramado). Vai ganhar, qual Michael Phelps, sem dar hipótese à concorrência. E face ao quadro parlamentar actual e às outras opções disponíveis, provavelmente e infelizmente, ainda vai ganhar comigo a torcer para que ganhe. E para perder, nem bastava ser tão mau a fazer campanha quanto António Costa, era preciso ser bem pior.