Sobre os resultados na Madeira
1. Resultados disponiveis aqui.
2. A confirmarem-se os resultados, o PSD ganha a maioria absoluta à rasca. Fica com 24 deputados num Parlamento de 47. Vai continuar a governar sem, pelo menos, um parceiro que o fiscalize. Mau.
3. Depois do resultado de 2011, este era o ano para o CDS tirar a maioria absoluta ao PSD. Não sei o que correu mal na estratégia do partido nos últimos anos, mas não tirou e perdeu votos. Falhanço absoluto.
4. O PS meteu-se numa coligação macabra e acaba por ser o maior derrotado da noite. Mais do que asneira do PS, atrevia-me a dizer que o maior erro foi dos outros parceiros de coligação. Sobretudo de José Manuel Coelho: não percebeu que coligado com o PS o seu peso eleitoral aproximava-se de zero.
5. Para tirar António Costa de qualquer fotografia - aqui num aperto de mão ao parceiro de coligação local -, o PS nacional ensaia a defesa da autonomia do PS-Madeira, já no twitter culpa-se Seguro: parece que o candidato foi escolha dele. Curioso, porque ainda sou do tempo em que Seguro era criticado por pretender dissociar-se do legado socrático.
6. A oposição ao Governo levada a cabo por JPP na Quadratura contínua a dar frutos. Até na Madeira. Mais um pouco e relegava o PS, ainda para mais coligado, para quarta força na região [sim, sim, bem sei que o movimento Juntos pelo Povo que concorreu na Madeira não tem nada a ver com o José Pacheco Pereira]
7. Note-se que os votos nulos subiram (de 1,91% em 2011 para 3,40% agora) numa proporção muito superior à dos votos em branco (de 0,74% para 0,87%), provavelmente por efeito desta situação vergonhosa. Dada a margem da maioria absoluta do PSD é possível especular se a não inclusão do PDR nos boletins de votos não poderia ter efeito nessa mesma maioria absoluta.