We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
Sobre o manicómio, uma das ironias adoráveis é ver quem ressuscita Salazar com os argumentos conhecidos - «não roubava»; «não mexia no dinheiro público» -, depois andar a bajular Lula da Silva.
Como é que é possível? E ainda assim chegou a Presidente da República? Viva Abril! Viva a Democracia! Viva a Liberdade! Ainda que alguns queiram fazer do 25 de Abril a sua coutada, usando-o para promover a elevação dos valores da esquerda aos valores do regime e censurar os valores da direita que, aliás, é sempre tida como estando contra o 25 de Abril. Contra esse "25 de Abril", de censura à direita, a qualquer valor da direita - diga-se que só em Portugal é que a Democracia e a Liberdade podem, de alguma forma, ser confundidas com um Partido Comunista -, não há como a direita não ser do contra, não é? Ao outro, ao 25 de Abril da Democracia e da Liberdade que, conjugado com o 25 de Novembro, permitiu a toda e qualquer direita chegar ao poder pelo voto popular, não há como não estar agradecido. E se Cavaco nunca usou um cravo, como se isso importasse, também nunca obteve 14% numas eleições. Concorreu a muitas e obteve sempre resultados acima disso. Acabo por onde comecei: viva Abril! Viva a Democracia! Viva a Liberdade!
Urge defender maior e melhor liberdade para todos nós. E se há coisa que os últimos anos têm demonstrado é que uma sociedade na total dependência do Estado nunca será livre. Os funcionários públicos estão agarrados ao Estado e não conseguem, nem sonham, libertar-se deste. Os pensionistas, depois de lhe entregarem todas as suas poupanças, estão, inequivocamente, presos ao Estado. Os empresários vivem debaixo das saias do Estado e barafustam sempre que lhes pedem para tratar da sua vidinha sem o Estado. Boa parte dos jovens, muitos agarrados a programas do centro de Emprego, estão presos ao Estado. Afinal, quem é que não depende do Estado em Portugal? Em Abril de 74 libertarmo-nos de uns grilhões pesados para logo nos metermos noutros. Sim: o Estado Novo era muito mais repressor e havia muito menos liberdade, mas não digam que o actual Estado não reprime. E, a avaliar pelo que se vai ouvindo hoje, como ouvia-se ontem, parece que a solução para os nossos problemas passa por maior dependência em relação ao Estado. Os dependentes, habituados a viver na dependência, já só conseguem imaginar a vida nessa dependência. O Estado isto; o Estado aquilo; farto do Estado. Neste Dia da Liberdade, fazendo jus ao nome, permitam-me o grito: dêem-me liberdade. Falta cumprir-se Abril.
Com a birrinha dos marretas Soares e Alegre percebe-se melhor porquê que, com todos os defeitos que possa ter, foi tão importante eleger Cavaco Silva como Presidente da República em 2006 e reelegê-lo em 2011. Todos os passinhos contam para tornar o regime nascido do 25 de Abril mais direito, mais equilibrado, e menos inclinado para a esquerda. A esse propósito, diga-se igualmente que cada intervenção do FMI tem contribuido decisivamente para essa mudança. Afinal, não é preciso grande capacidade de raciocinio para perceber que uma sociedade onde o FMI tem sido chamado a intervir com regularidade é uma sociedade onde é preciso mudar o statu quo.
Os donos do 25 de Abril estão zangados e o Soares vai por arrasto. Os paizinhos estão assim porque os filhos cresceram e seguem caminho próprio sem atender à vontade do paizinho. Bom sinal. A reforma estrutural da sociedade portuguesa vai de vento em popa.