We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
Ignoremos por um momento o absurdo da comparação, mas será que quando Sócrates faz referência ao caso Luaty Beirão e compara-o com o seu, dado que a lei que permite manter sem acusação um cidadão em prisão preventiva também é da sua responsabilidade enquanto ex-governante, está-se a comparar indirectamente a José Eduardo dos Santos? Quiçá foi isto. Até porque Eduardo dos Santos também leva uma vida de luxo com dinheiro angariado com um empréstimo da CGD da forma que todos podemos tentar adivinhar.
De todos os cenários, o pior é o do poder angolano. Ainda que provavelmente seja o que agradará mais às "elites" económicas portuguesas. O que diz muito sobre as "elites" e o país. Basta conhecer as relações do drº Salgado e do BES com o poder angolano - pai da princesa angolana à cabeça -, para perceber o porquê.
O homem que, entre outras coisas, renegociou os termos da fusão da PT/Oi diz agora que a fusão deve ser revertida. Parte da explicação para a mudança inesperada de opinião é a de que o homem sente-se «encornado» novamente. É preciso ter uma enorme lata, mas serve também como recordação de que esta gente ainda não se dá por derrotada. Perderam a ilusão sobre o antigo el dorado que ficava algures entre o Espírito Santo e o Brasil, mas logo procuraram refúgio nos braços da Isabelinha (estes el dorados são sempre vendidos numa lógica de interesse nacional quando, quanto muito, são verdadeiros el dorados, sim, mas sobretudo para as personalidades que os defendem, que têm muito a ganhar com a concentração de poder em determinados círculos aos quais pertencem ou são próximos). Ainda ontem à noite, na SICN, um tal de Todo Bom indicava que o novo caminho do el dorado para a PT passava por Angola. Ele tinha esperança no dinheiro da princesa angolana. Também tenho, a de que a «queda do Grupo Espírito Santo [seja] mais importante do que reformas da troika» e não mera oportunidade para reforçar o capitalismo clientelar com mudança de algumas moscas.
Declarações que não me espantam, atendendo a isto. Ou outro com pés de barro para quem a manutenção de um certo statu quo importa defender. A propósito, acrescente-se que de todos os interessados na compra do Novo Banco conhecidos, a ideia de ser o BPI o vencedor do processo é, de longe, a que me parece mais negativa. Quer pelo que representa de maior concentração num mercado já de si muito concentrado, quer porque questiono-me como é que um banco que ainda há pouco tempo precisou de recorrer a dinheiro do Estado, agora está em condições de entrar num tal negócio.
O homem que teve responsabilidade directa no "desaparecimento" de milhares de milhões no BESA já tem 30% do Sporting. Um tipo idóneo, um "investimento" transparente, à semelhança de muitos outros feitos em torno do "negócio" do futebol em Portugal. Mas o que vale é que Bruno de Carvalho é contra os fundos abutres e vem para moralizar o futebol. Enfim, é adorável a forma como muitas destas coisas são feitas de forma descarada e poucos aparentam o mínimo sentimento de vergonha ou incómodo. Não se passa nada.
Merdas que cheiram muito mal. O que vale é que num país de gente séria estas merdas não têm pernas para andar. De qualquer forma, agradeçamos à empresária angolana Isabel «dinheiro do paizinho ditador» dos Santos a preocupação com o nosso interesse nacional.