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Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Mr. Brown

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Isto é tão divertido

Há medidas extraordinárias em vigor que vão cair, a 31 de dezembro, se não for aprovado rapidamente um orçamento para 2016. E só a esquerda, dirá Costa, estará em condições de aprovar rapidamente esse orçamento – garantindo o cumprimento das metas orçamentais. BE e PCP andam num azáfama de reuniões para criar condições a que um governo de esquerda, liderado pelo PS, mantenha cortes (extraordinários) que permitam cumprir metas orçamentais, é isto que vai explicar o PS? Afinal, não havia mesmo alternativa.

Da falta de noção (2)

Na Irlanda, os partidos da coligação governamental, depois de uma fase mais complicada, também já estão bem encaminhados para voltarem a triunfar nas próximas eleições (nomeadamente o Fine Gael que lidera destacado as sondagens). Curiosamente, o caso irlandês quase nunca é mencionado na comunicação social. Deve ser pelo mesmo motivo que o Syriza de Setembro já não desperta o mesmo interesse do Syriza de Janeiro.

Não conseguiram rejeitar a troika, mas rejeitaram os partidos da bancarrota

Eu tenho uma ideia sobre o porquê da Grécia ter voltado a votar Tsipras. Aquilo que vai ter de aplicar é radicalmente diferente do que prometeu na campanha que culminou na sua chegada a primeiro-ministro no ínicio deste ano, mas, afinal de contas, não foi ele que levou a Grécia para a situação de bancarrota em 2010. Bancarrota essa que ainda hoje faz sentir os seus efeitos. Tsipras errou? Sim. Muito? Certamente. Mas a bancarrota não foi sua responsabilidade, mas antes de partidos como o Pasok e a Nova Democracia. E os gregos, apesar de descontentes - notório na subida brutal da abstenção: o Syriza manteve a percentagem de Janeiro, mas teve muito menos votos -, reconhecem isso. É a minha opinião. E é também isso, aparentemente, que pode estar a valer à coligação no embate com o PS. É que nós por cá já nem temos troika, mas temos certamente um partido da bancarrota.

Um partido sem narrativa, sem mensagem

Ninguém acredita neste tipo de mensagem. Uma mensagem em tudo semelhante à que o Syriza adoptou na Grécia com os resultados que se conhecem. Nomeadamente, estes. Foi só terem de começar a governar a sério que os discursos vazios com retórica inflamada mostraram aquilo que são: um grande nada. Um golpe de ilusionismo. O problema do PS é que não sabe o que mais dizer.

A panaceia

Sempre que aparece alguém a falar da reestruturação da dívida como uma alternativa à austeridade sei imediatamente que estou perante alguém que não faz a mínima ideia do que está a falar. A reestruturação significativa da dívida só se volta a colocar com força no caso grego por ser inevitável - facto para o qual a política tonta do Syriza muito contribuiu -, tal como a austeridade, até por isso, também o é: inevitável (e quanto mais alguns insistem que a dívida não é pagável porque há austeridade, resistindo por isso a esta última, mais vão contribuindo para tornar a austeridade um fenómeno permanente: esta tem sido, no fundo, a história grega). Note-se, aliás, que os gregos já tiveram uma enorme reestruturação da dívida, com perdão incluído, no segundo resgate, e não foi isso que os salvou da austeridade, nem nunca poderia ser. Se não é possível pagar a dívida, há sempre um ponto a partir do qual, após algum alivio da dívida, esta volta a ser dada como pagável: esse ponto não deixará de implicar sempre austeridade. Claro que este ponto não impede que exista um mix certo a negociar entre credor e devedor em relação à austeridade que se exige ao devedor e o alívio da dívida que o credor possibilita, mas uma coisa não vem sem a outra. No dia em que entenderem isto, pode ser que os sectores da nossa sociedade e não só que andam em modo delírio absoluto, se deixem de animar com relatórios da dinâmica de dívida grega, elaborados pelo FMI, que se há coisa que demonstram, em primeiro lugar e acima de tudo, é a irresponsabilidade do actual governo grego no poder e da sua estratégia. O Syriza, invés de acabar com a austeridade como prometeu, só garantiu que esta se mantivesse em força por mais tempo. Contudo, acrescentam os syrizos: «vamos conseguir uma reestruturação da dívida», óptimo, mas não me lembro é deste argumento ter sido importante na avaliação do segundo resgate.

Não há alternativa, Syriza style

Tsipras desafia: «Quem tiver uma solução alternativa que avance e diga qual é». A próxima que o Gaspar vai ensinar o Tsipras a dizer é esta: «Não há dinheiro: qual destas três palavras não perceberam?» Enfim: infelizmente para os gregos, só o Rui Tavares ofereceu ajuda enquanto os sábios do PS preferiram manter-se à margem.

Porquê que Passos vai perder as eleições?

Pelo mesmo motivo que os gregos decidiram dar uma esmagadora maioria ao «Não» no referendo grego. Não é uma questão racional, onde acho que esta maioria tem argumentos mais do que suficientes para dar uma cabazada no PS, mas porque do ponto de vista emocional este governo é o rosto da austeridade e as pessoas não gostam da austeridade, por motivo óbvio: sofreram sobremaneira com ela (não interessa tentar explicar que era difícil o sofrimento ser menor, que a maior parte dos que sentiram na pele a austeridade não querem nem saber dessa discussão). A este argumento emocional, a maioria atira com um outro, também muito usado no referendo grego, o «medo» com as eventuais consequências de um governo PS. Mas não me parece difícil assumir que não têm igual peso.

Uma novela que ainda está para durar

Sobre o acordo com a Grécia, tenho imensa pena do que irá acontecer aos gregos por terem optado por um governo de malta irresponsável que decidiu brincar com o fogo. Queimaram-se. Mas ou existia forte sinalização de que quem se atreve a ignorar as regras da moeda única de forma tão substancial não leva a sua avante, ou quem se queimava eram os outros todos. E, ainda assim, apesar do acordo, o Euro vai continuar um projecto instável, até porque o caso grego está longe de estar definitivamente resolvido. Para já, os gregos vão ter de aprovar medidas de austeridade em tempo recorde, no que configura uma espécie de conclusão não oficial do segundo resgate, antes de avançarem para a negociação de um terceiro resgate, com troika. Tudo aquilo que o Syriza tinha prometido que não iria acontecer. A alternativa, essa (no sentido mais abrangente que lhe costumam dar), continua perdida em combate.

Votem Syriza, pior é possível se concretiza

No final de Junho, antes dos syrizos terem-se lembrado de um referendo feito à pressa e sem uma pergunta que pudesse fazer sentido, discutia-se a conclusão do segundo resgate, agora discute-se um terceiro resgate. São coisas distintas, por isso esta coisa dos gregos prometerem neste momento (por esta altura, quanto vale a promessa de um governante grego?) mais austeridade do que aquela que o seu eleitorado rejeitou em referendo não me aquece, nem arrefece. Mal seria se não o fizesse estando muito mais em jogo. Mais: a estratégia dos syrizos durante estes últimos meses, se há coisa que fez com extraordinário sucesso foi aumentar de forma brutal as necessidades de financiamento da Grécia e de reestruturação da sua dívida (aumentou, portanto, aquilo que terá de ser exigido aos credores caso decidam manter a Grécia na Zona Euro), isso porque diminuiu o potencial de crescimento da economia, piorou a situação no mercado de trabalho, regrediu a consolidação orçamental e rebentou com o sistema financeiro grego (aumentou também, portanto, aquilo que terá de ser exigido ao povo grego para ficar na zona Euro). Os estrategas syrizos, liderados por esse brilhante especialista em teoria dos jogos, o superstar Varoufakis, levaram o país e os credores para uma lose-lose situation (todos ficam a perder). Perante isto, até a particular actuação de Ricardo Salgado no seu último mês no BES passa por positiva. Para terminar, diga-se que ontem o deputado e economista do Syriza, Costas Lapavitsas (um dos nomes que era dado como potencial substituto do Varoufakis), disse que sendo verdade que a Grécia ainda não está preparada para sair do Euro (dai a necessidade do Syriza ceder no imediato), terá de estar no futuro e deve preparar-se para tal, o que serve de óptimo indicador para o que os credores podem/devem esperar em relação a qualquer acordo que venham a assinar, ao mesmo tempo que a presidente da Assembleia da República grega, também ela do Syriza, Zoi Konstantopoulou, fez um discurso inflamado onde dizia que os alemães tinham de responder por crimes contra a humanidade. Reformulando slogan do palhaço Tiririca para os syrizos: votem Syriza, pior é possível se concretiza.

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