We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
Ele chegou onde chegou por causa das suas ligações políticas. A comunicação social dá-lhe o destaque que lhe dá pela mesmíssima razão. O que importa é entrar no círculo. A banalidade, o lero-lero, a repetição recorrente da mesma treta vezes e vezes sem conta, até acaba por ser bem-vinda. Coordenou um dos grupos de "reflexão" da Plataforma «Construir Ideias» com que Passos Coelho começou a preparar o assalto ao poder. Mas como gajo que se sabe mover nestas coisas, não deixa de recolher apoios "across the aisle", como dizem os norte-americanos. E o país nem tão cedo se vai livrar deste tipo de gente.
11 of the 13 regional directors of education appointed by the government were Syriza members. Mas sabem que a partir de certo ponto até compreendo isto, pelo menos tendo em conta a forma de estar na sociedade portuguesa (que não deve ser muito diferente da grega). É que embora estes cargos não devessem ter carga político-partidária, a verdade é que as pessoas que os ocupam também tendem a usá-los para fazer valer as suas posições políticas. Um exemplo: atentar na vaga de demissões que afectou o sector do saúde aqui há uns tempos, numa atitude concertada que tinha objectivo claro de fragilizar o ministro Paulo Macedo. Logo, é normal que até nestes cargos, que também têm a sua relevância no proseguimento da estratégica adoptada pelo poder político para o sector, sejam escolhidas pessoas que se manterão fiéis à linha escolhida. E é muito difícil mudar isto porque essa mudança não passa, obviamente, por uma mera alteração do poder político do momento. Está dependente de uma alteração de mentalidades mais vasta. Nomeadamente de quem ocupa posições intermédias no Estado e que devia, não só mostrar maior respeito pela hierarquia - o eterno problema do Estado -, como cingir-se exclusivamente nas suas acções a avaliações técnicas e não ideológicas.
O Centro de Emprego conhecido por PSD, sob a liderança de Passos Coelho, ontem, perdeu valor. Muitos "empregos" perdidos ou em risco de se perderem, com consequente perda de capacidade para arranjar colocação rápida para os novos candidatos à procura de "emprego". Deter São Bento ainda garante alguma capacidade de colocação - nota: atenção a possíveis nomeações num futuro próximo -, mas já se percebeu que será sol de pouca dura. Quem ainda tem "emprego", contudo, fará tudo por tudo para agarrar-se ao que tem - nota: serão poucos os actuais deputados do PSD que contam permanecer por lá depois de novas eleições -, por outro lado, como em tudo, quem tem curriculum e carreira para mostrar tem maior capacidade de escolha e de poder decidisório sobre o seu futuro. Rui Rio está desempregado. Para onde quererá Rio enviar curriculum á procura de emprego?
O vice-presidente do PSD defendeu que quem passa pela banca só após um período de nojo é que deveria poder ingressar em cargos do Estado. Pergunto-me porquê ficar pela banca, mas percebo que a ideia lhe agrade: os políticos profissionais ficariam a ganhar. Paulo Macedo, já foste. Para substituir-te, aconselho um qualquer Marco António.
Ai não que não criam. Em boa parte, servem para criar empregos para os próprios e amigos, numa procura constante de fragilizar quem lhes bloqueia o caminho. Se antes da crise já assim era, então agora com a crise não é difícil imaginar o que uma pessoa no poder poderá fazer pela carreira dos que têm os cartões e as relações certas.
Governo quer demitir gestores das Estradas de Portugal, é a manchete do Expresso. Depois disto e da acusação de que a empresa actuava como braço armado do PS - a esse propósito, recorde-se isto - era difícil outra opção. De igual modo, a administração da Parque Escolar também se demitiu. Perante o resultado da auditoria parece-me acertado e óptimo era que tivesse sido demitida. Esta limpeza dos restos da era socrática mais cedo ou mais tarde tinha de se concretizar. Espera-se é juizinho da parte do Governo na hora de nomear novas administrações.
Mas bem vistas as coisas, a decisão até teve um mérito: o de mostrar o poder descomunal dos lobbies nos partidos. Só esse poder era capaz de condicionar um 1º ministro desta maneira. Que vergonha. Nunca me quis iludir a propósito do desaparecimento dos boys com a eleição de Passos Coelho. Andava este a prometer que num Governo seu os boys despareceriam e escrevi neste mesmo espaço que essas coisas não se prometem, até por incapacidade para as cumprir. Mas vir para a praça pública afirmar que as nomeações nas Águas de Portugal «deixam o Governo confortável», como dizia Lobo Xavier ontem na Quadratura do Círculo, é uma coisa que custa a compreender. Quem fica numa posição desconfortável é o cidadão comum que observa tudo isto de fora e que, por mais simpatia que tenha para com o actual Governo, não pode deixar de achar que isto fede por todos os lados. Note-se, novamente, que nas AdP lá temos a nomeaçãozinha para um tipo competentíssimo, não tenho dúvidas, do CDS-PP. E da situação do autarca social-democrata Manuel Frexes nem há palavras para descrever o que penso e sinto. Queixa-se o primeiro-ministro que passou uma semana «a levar muita pancada na comunicação social». Pois, com lamento o digo, só se pode queixar dele próprio. E se não o quiser perceber, ou não corrigir o tiro rapidamente, não irá longe.