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Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Mr. Brown

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Gestão do processo Novo Banco

A seguir este caminho, começará a fazer lembrar a gestão do processo BPN, ainda que seja o Governador do Banco de Portugal quem, pelo menos na aparência, controla e decide tudo: O adiamento será menos difícil de justificar, sobretudo porque as necessidades de recapitalização só deverão ser conhecidas convenientemente em Novembro (data de divulgação dos testes de stress pelo BCE), ou seja, depois das eleições. Protelar a decisão de venda do banco para adiar a prestação de contas é péssimo sinal. E começo a lamentar, muito, ter escrito este post. Até porque, da mesma forma que Carlos Costa plantou notícias falsas na imprensa para favorecer o processo negocial, também começo a suspeitar que o governo não está tão interessado na venda imediata do banco quanto tem tentado passar cá para fora.

Dos grandes analistas

«Parece não haver dúvida que ao Governo interessa que a venda ocorra depois das eleições». Pelo contrário, se o melhor lado deste governo de Passos Coelho voltar a manifestar-se - e há sinais nesse sentido -, o governo nada fará para travar a venda antes das eleições, antes pelo contrário. Existirão perdas? Sim, suportadas pelo fundo de resolução. Mas ou bem que se acredita na virtude do modelo de resolução escolhido - que atira as perdas para o sector bancário (entenda-se, igualmente: a coisa vai ser paga pelos clientes dos bancos) -, ou então o Governo estaria a dar razão aos que querem confundir perdas para o fundo de resolução com perdas para o contribuinte. Carlos Costa que venda o banco e deixe aparecer um novo player, plenamente capacitado, no mercado.

A recondução de Carlos Costa

Uma péssima decisão. Muito diferente, na sua lógica, da que levou - e bem - Teixeira dos Santos a nomear Carlos Costa em primeiro lugar (uma nomeação socialista que, à altura, contou desde logo com o apoio do PSD). E isto digo eu que, neste blogue, muitas vezes defendi Carlos Costa de algumas críticas injustas. Mas é inegável que existiram erros durante o mandato do actual governador que deviam levar a uma penalização. Não existindo, com a decisão agora anunciada, o actual Governo mostra-se solidário e deve ser co-responsabilizado por esses mesmos erros. Mas percebe-se o alcance da nomeação: a actual maioria sente-se melhor defendida politicamente com Carlos Costa no cargo. Quer agora - onde Governo e BdP estão completamente alinhados em relação ao que deve ser feito no caso BES/Novo Banco -, como quiçá no futuro, com o PS a governar e um governador hostil ao poder socialista para contrabalançar.

Outra farpa dirigida à banca

Mais ou menos surpreendente. Carlos Costa cometeu alguns erros na gestão do caso BES, mas não só não foram da magnitude que alguns querem dar a entender, como numa coisa tiro-lhe o chapéu: em muitas das decisões que tomou, tem-se posicionado contra grupos de interesses poderosos, também por isso boa parte das críticas virulentas que lhe fazem. Agora, já de saída, espeta mais outra farpa à banca. Os banqueiros nacionais já não o podem ver.

A porca da política

Quando Vítor Bento e João Moreira Rato foram escolhidos para ficar à frente do BES, houve quem os confundisse com os Armandos Vara do PSD. Por outro lado, outros não se cansaram de elogiar a escolha e, com isso, elogiavam obviamente quem os tinha escolhido. O pedido de demissão de Vítor Bento e de Moreira Rato, mostra, pelo menos, que Varas não eram certamente. Nada que incomode os que já eram críticos, agora criticam por outro motivo qualquer. Para esses, Vítor Bento, por questões políticas passadas, é alvo a abater, dê lá por onde der. Por outro lado, por parte de quem achava a escolha muito boa, agora descobre-se defeitos que anteriormente não tinham ou, se tinham, não haviam sido realçados como particularmente relevantes. A capa do DN deu o mote: «nova equipa com perfil mais técnico e menos político». O spin para responsabilizar Bento como uma má escolha (com o foco mais na escolha do que em quem escolheu) e justificar os novos como uma boa escolha, melhor do que a anterior, é evidente. João Vieira Pereira, jornalista do Expresso sempre muito benevolente para com Carlos Costa, escreve agora no twitter que «finalmente uma equipa de banqueiros». Maravilhoso, até porque ao que me recordo Vieira Pereira foi dos que concordou com a escolha de Vítor Bento. Mas a ideia que importa passar agora é a seguinte: Bento tinha perfil político e não era um técnico. Bento era má escolha. Bento era incompetente para o papel. Bento não aguentou a pressão. Bento andava aos papéis. Ainda bem que Bento foi-se embora. «Finalmente uma equipa de banqueiros»: que enorme lata! Por fim, e para não me alongar mais, ontem, Marques Mendes, hoje, Paulo Portas - o homem da «demissão irrevogável» (a diferença da dele para a de Bento é que a dele, reveladora de um homem sem palavra, foi apenas jogada estratégica para ganhar peso no Governo, meter o amigo Pires de Lima lá dentro e livrar-se de Santos Pereira) -, também trituram Vítor Bento. Sobre Carlos Costa, a alcoviteira do reino foi muito mais contida, do ministro não lhe ouvi sequer um único indicio de crítica. Nuno Melo, entretanto, também anda desaparecido em combate. Bento é o bode expiatório para explicar o insólito. Feliz dia o dele em que recusou ser ministro das finanças - já lhe teria acontecido o mesmo que aconteceu com Vítor Gaspar -, infeliz dia aquele em que decidiu aceitar a missão BES. Resumindo: em política, qualquer pessoa séria e integra está sujeita a ser enxovalhada.

Mau demais

A solução de Carlos Costa era a melhor possível dadas as circunstâncias? Com coisas destas, deixa rapidamente de o ser. Perceba-se: se o Novo Banco já tem andado a perder activos, com notícias insólitas deste calibre essas perdas só podem intensificar-se. Contudo, não me passa pela cabeça, ainda que com a (pouca) informação disponível, responsabilizar os gestores pela situação, estes apenas terão pretendido ser mais do que meros «verbos de encher» - recorde-se que foram chamados quando a realidade era o BES e não o Novo Banco e, mesmo quando a realidade mudou, teriam legítima pretensão de querer ter no banco papel semelhante ao de Horta Osório no Lloyds e não o papel de meros temporários que se limitarão a dar a cara pela venda apressada do mesmo (venda rápida que defendi e, agora com razões reforçadas, continuo a defender; o que não me impede de perceber a leitura diferente que o gestor do banco quererá fazer) -, mas responsabilizo sim o governador do Banco de Portugal. Se na questão da supervisão já tinha revelado problemas, dos quais, ainda recentemente, quis sacudir a água do capote, atirando as culpas para o vice-governador, agora demonstra problemas graves na forma como lidou com a solução final encontrada (não garantindo à partida que os gestores encarregues de pegar no banco aceitariam um timing rápido para a venda deste). Perante isto, e como em quase tudo, no fim, a competência das pessoas mede-se pelos resultados. E os resultados de Carlos Costa começam a ser maus demais.

Alinhamentos e artificialidades

Só agora reparei que, continuando o seu caminho de posicionamento editorial alinhado com a esquerda (com especial foco na dita caviar), o Público criou um blogue para dar voz a três economistas apoiantes da reestruturação da dívida (todos eles subscreveram o manifesto; dois deles contribuíram para uma solução concreta). Não criou nenhum outro novo blogue para dar voz a quem pense de forma diferente de Louçã e companhia, presumo que por não o julgar necessário, dado que já existe o Observador. Há, contudo, uma grande diferença entre um e outro projecto: o último deixa bastante claro o seu alinhamento; o Público contínua sem assumir o seu com clareza. Ainda assim, infelizmente, nem tudo são diferenças. Por exemplo: na falta de capacidade de interpretação da realidade e no fabrico de notícias artificiais parecem-me ambos muito bons. Note-se este "furo" do Observador muito partilhado nas redes sociais: Banco Central Europeu obrigou Portugal a enterrar o BES. Fui reler o comunicado do governador Carlos Costa, porque tinha a certeza de que nada do que diz na notícia é particularmente novo, e lá está na exposição do contexto que obrigou à actuação apressada do BdP: «No dia 1 de agosto, o Conselho do Banco Central Europeu determinou a suspensão do acesso do Banco Espírito Santo às operações de política monetária com efeitos a partir de 4 de agosto.» O Observador descobriu dia nove o que o Governador já tinha dito dia três. Muito bom. E acrescento: é muito fácil perceber que não foi o BCE que levou ao que quer que seja - a decisão do BCE é reactiva e não activa -, mas foram os prejuízos muito acima do esperado apresentados pelo próprio BES que despoletaram tudo. Vá lá, não é preciso pensar muito para perceber o básico. Mas se nem o básico entendem...

Novo Banco

 

1. Carlos Costa muito nervoso durante a comunicação, quiçá por saber que lhe é de todo impossível não sair chamuscado com tudo o que ocorreu nos últimos tempos.

2. Num país normal e perante tudo o que Governador do Banco de Portugal disse sobre a gestão anterior do BES, quanto tempo poderia/deveria ficar Ricardo Salgado fora da cadeia?

3. O óptimo seria que a regulação ainda tivesse actuado mais atempadamente e com maior eficácia, mas perante o problema do BES tal como está actualmente, em teoria, a solução encontrada, que segue as novas directivas comunitárias - por exemplo, na penalização forte e feia dos accionistas -, não me parece má de todo, embora continue com dúvidas no que toca ao risco e grau de exposição do contribuinte ao caso se a coisa vier a correr mal (nomeadamente por dúvidas quanto à responsabilidade assumida por todo o sistema bancário no âmbito do fundo de resolução e como se processará o reembolso abordado no penúltimo parágrafo desta notícia). Contudo, uma hecatombe tipo BPN parece que foi, definitivamente, evitada.

4. Quaisquer dúvidas que tenha sobre o tema não conseguiram ser elucidadas pelo especialista Pedro Adão e Silva que a SIC Notícias colocou a comentar o caso. Os socráticos no twitter gozam muito, algumas vezes não sem razão, diga-se, com os comentários de José Gomes Ferreira; mas ainda não percebi o motivo pelo qual não acham igual ou até mais graça aos comentários de Pedro Adão e Silva. Por falar nisto, permitam-me acrescentar que, infelizmente, durante o dia de hoje não tive oportunidade de ouvir Constança Cunha e Sá sobre o tema, mas tenho a certeza que também terá opinião muito informada sobre o mesmo.

5. Uma dúvida que só o tempo esclarecerá é como reagirão os actuais depositantes e clientes do BES, agora Novo Banco, ao que foi anunciado? Uma reacção positiva é fundamental para a preservação do valor da nova instituição. E, também por isso, aguardo que o processo de colocação do mesmo em mercado para venda e entrada de novos accionistas não demore muito.

6. Para terminar, até posso compreender alguns accionistas, mas entre estes e os contribuintes a minha preferência vai sempre para a defesa dos últimos. Nesse sentido, não tenho pachorra para o choro dos primeiros com o que lhes acontece. É verdade que quem subscreveu o último aumento de capital pode ter algumas razões de queixa, mas, vamos lá, também não foi como se não tivesse existido aviso de que os riscos seriam acrescidos.

BES vs BPN

Só para fazer notar que no BPN o «bad bank» foi criado quando este já tinha como único accionista o Estado. O BPN foi nacionalizado a fugir e depois todo o buraco sobrou para o contribuinte. No caso BES, se a solução encontrada for a que preconiza a comunicação social - embora também me pareça relativamente evidente que os eventos da última semana aceleraram a forma como todo o processo está a ser conduzido, o que não é bom sinal -, tal não irá acontecer. Na verdade, desde o BPN até hoje, alguma coisa mudou quer em Portugal, quer na Europa. A existência disto faz parte dessa mudança. Continua a existir risco do contribuinte perder dinheiro com a solução de que se fala? Sim, por via do mais que certo recurso ao fundo de recapitalização da troika, mas se a solução encontrada fosse do tipo BPN era certa a perda de dinheiro com o resgate. Assim, existindo apesar de tudo uma nacionalização não oficial, por muito que queiram evitar assumi-la, mantém-se a possibilidade do «BES bom» nacionalizado ser suficientemente «bom» e aliciante para um qualquer privado garantir que não será a dívida pública (leia-se: o contribuinte) quem suportará a operação no final. Segundo o opinador bem informado Marques Mendes - veremos se o governador Costa dirá coisa muito diferente hoje (e, ao contrário do que leio por ai, parece-me muito bem que seja Carlos Costa a dar a cara nesta matéria, pelo menos nesta fase) -, em seis meses, um período relativamente curto como se exige e onde também se marcará a diferença para o arrastar do caso BPN, começaremos a ter resposta a esta questão, quando o «BES bom» voltar a ser oferecido em bolsa.

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