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Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

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Porquê que a PàF pode ganhar?

mw-1360.jpg

Foto de Luis Barra, tirada daqui.

 

Existem vários motivos para explicar e antever uma possível derrota da coligação (a principal, para mim, continua a ser a colagem emocional que o eleitorado faz de Passos às medidas de austeridade adoptadas no nosso país), mas, ao contrário do que algumas pessoas insistem, também não é assim tão difícil explicar a situação inversa, caso venha a ocorrer. A coligação pode ganhar as legislativas porque:

 

1. a PàF é a única força política razoavelmente de direita, moderada, que se apresenta a eleições (basta fazer um teste na bússola eleitoral). Com PSD e CDS coligados, alguém de direita que queira ir votar, vota em quem se não na PàF? Branco ou nulo?

2. o PS foi evidentemente o grande responsável pela bancarrota e por muito que existam queixas em relação à governação dos últimos quatro anos, foi dai que nasceram a maior parte dos sacríficios que se seguiram, não estando essa responsabilidade varrida da memória das pessoas (aqui entra, igualmente, o efeito Sócrates nesta campanha).

3. o que sobra, excluindo o PS, são partidos anti-sistema e/ou da esquerda radical, com soluções tipo Syriza ou ainda piores que assustam a maior parte do eleitorado. Até porque em Portugal nunca entramos na situação de desespero em que entrou a Grécia (quanto maior o desespero, maior a vontade do eleitorado procurar alternativas fora da caixa).

4. o país deu de alguma forma a volta à bancarrota, tendo obtido crescimento económico nos últimos dois anos (sim, há muito que não se ouve falar em recessão, nem sequer em quedas da economia, o que evidencia que já não estamos perante mero ressalto temporário da actividade económica depois de uma queda muito abrupta). E este crescimento tem-se feito sentir na economia real, na vida das pessoas. São inúmeros os indicadores que demonstram isso mesmo.

5. a campanha da PàF parece dispor não só de mais recursos - por exemplo, mero pormenor: o enquadramento cénico de Passos e Portas tem sido quase sempre melhor do que o de Costa -, como foi, até ver, muito melhor organizada do que a do principal adversário (ter duas máquinas partidárias no terreno deve ajudar): a estratégia da coligação foi clara e a mensagem qie passa tem sido precisa, objectiva e sem desvios, enquanto o PS, entalado entre a esquerda e a direita, deixou-se enredar por um conjunto significativo de ziguezagues que nem deram para perceber muito bem qual a estratégia, nem facilitaram a divugação de uma mensagem coerente.

6. este PS de Costa, com demasiada arrogância, não só desprezou o valor da coligação, como desprezou o quanto a batalha interna para tirar o poder a Seguro lhe iria custar: parece existir maior união entre Passos e Portas do que entre Costa e algumas pessoas do seu próprio partido (ou como o poder uniu uns e separou os outros).

O pós-4 de Outubro e o pântano

Percebi bem: um governo de um PS derrotado pela coligação a governar em minoria, com aproximações pontuais à esquerda e à direita, «vai ser o tema da última semana de campanha», segundo o comentador independente Adão e Silva? O desespero não dá para mais. Na verdade, o grande tema de final da campanha arrisca ser outro, um muito mais complicado para os socialistas (dai que estejam a tentar encontrar uma contra-narrativa): aparentemente, a avaliar pelas sondagens e por incrível que pareça, o cenário mais provável de se verificar que garanta uma governação estável para os próximos anos é um que resulte de uma maioria absoluta da coligação. Há uns dias isto parecia impossível, hoje parece apenas difícil. Mas o eleitorado pode morder esse isco: porque como se já não bastasse o PCP tornar quase impossível a existência de uma solução governativa maioritária de esquerda, temos o PS, em desespero, a sinalizar que não só não aceita o bloco central como, se perder, humilhado e ofendido com a opção dos eleitores, pretenderá atirar o país para o pântano. Cabe ao eleitorado não deixar o país cair nesse pântano.

Não conseguiram rejeitar a troika, mas rejeitaram os partidos da bancarrota

Eu tenho uma ideia sobre o porquê da Grécia ter voltado a votar Tsipras. Aquilo que vai ter de aplicar é radicalmente diferente do que prometeu na campanha que culminou na sua chegada a primeiro-ministro no ínicio deste ano, mas, afinal de contas, não foi ele que levou a Grécia para a situação de bancarrota em 2010. Bancarrota essa que ainda hoje faz sentir os seus efeitos. Tsipras errou? Sim. Muito? Certamente. Mas a bancarrota não foi sua responsabilidade, mas antes de partidos como o Pasok e a Nova Democracia. E os gregos, apesar de descontentes - notório na subida brutal da abstenção: o Syriza manteve a percentagem de Janeiro, mas teve muito menos votos -, reconhecem isso. É a minha opinião. E é também isso, aparentemente, que pode estar a valer à coligação no embate com o PS. É que nós por cá já nem temos troika, mas temos certamente um partido da bancarrota.

Coligação ao ataque

A coligação passou a pré-campanha e entra na campanha a jogar forte e ao ataque. Previsível, depois da asneira que disse António Costa. Diga-se que, apesar das sondagens, continuo a achar muito difícil que Costa acabe derrotado no dia 4 de Outubro, mas não é por causa da capacidade enquanto político em campanha que anda a evidenciar. Digo mais: se sair derrotado, estaremos perante o político mais inábil que tive a oportunidade de conhecer. E, afinal, recordem-me lá o quê que esta malta que pôs Costa no poleiro costumava dizer do Seguro? Era o seguro do Governo, certo? 

Refazer o cenário macro com os dados do «desemprego real»?

Cento e cinquenta páginas de muito lero-lero. Obviamente, não me vou dar ao trabalho de ler tal documento (e devo ser dos poucos que até costuma ler os programas eleitorais). Por mim, programas eleitorais deviam ter o aspecto do memorando de entendimento de 2011 (todas as medidas previstas explicitadas e quantificadas). Este ano, também não me dei ao trabalho de ler o programa do PS, mas gostei de ler o seu cenário macro. Irrealista ou não (e eu entendo que é irrealista), esse documento tinha o mérito de, pelo menos, indicar um caminho, sugerir propostas concretas e fomentar o debate. Mas até pela forma como o PS agora deu para falar muito criticamente dos números do desemprego divulgados pelo INE, sugerindo que há um outro, mais importante e relevente, «desemprego real» (só o nome que lhe dão é todo um programa e note-se que não consta que no cenário macro tenha sido usada tal variável), optando por uma forma de análise da realidade que costuma ser apanágio de outras forças políticas mais à esquerda (note-se que se pode e deve analisar o impacto dos fluxos migratórios e das políticas activas de emprego na taxa de desemprego calculada pelo INE, mas é igualmente fácil perceber que há uma linha a partir do qual essa análise perde seriedade e passa a ser demagógica: extrapolar, por exemplo, uma taxa de desemprego de 100% para todos os emigrantes caso tivessem ficado em Portugal é uma delas), é indicativo de um PS que perdeu o norte e está um tanto ou quanto desesperado. Qual o próximo passo do Partido Socialista? Começar a citar, em tom de concordância, o economista da CGTP Eugénio Rosa? Quando e se o PS for Governo depois das legislativas, ainda me vou divertir bastante com esta história do «desemprego real».

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