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Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Mr. Brown

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Ouvir a sociedade

Nesta, pelo menos nesta, presumo que existirá consenso alargado: o PR deu atenção ao que dizia a esmagadora maioria da sociedade. Coisa que o Governo e a AR optaram por não fazer ao aprovarem uma lei que beneficiaria sobretudo um lóbi muito reduzido e prejudicaria quase todos os outros elementos da sociedade. Que no Governo e na casa da democracia portuguesa aproveitem para corrigir o erro.

Gostos de gaja

Twilight e Fifty Shades of Grey, este último aqui apresentado como um mero produto de marketing, partilham o mesmo ponto de partida: o material de origem, os livros, foram escritos por uma gaja, o filme foi realizado por outra gaja e o material é dirigido a gajas, dando-lhes o tipo de historias que parte significativa das gajas querem ler/ver, mas cujo gosto e desejo espelhado pela predilecção por este tipo de história estão pressionadas a não revelar publicamente. As "verdadeiras" gajas, as feministas, não apreciam particularmente este tipo de história pelo papel para o qual remetem as gajas no seu relacionamento com os gajos, e os gajos, que continuam a ter o domínio do espaço público, também não apreciam estas história porque, enfim, são histórias de gajas. Logo, no espaço público, há que tratar com desprezo este tipo de produtos. Desprezo que não se manifesta igualmente por uma outra série de produtos de valor semelhante, nomeadamente os filmes de super-heróis. Como se esses, numa fórmula repetida até à exaustão e que tomou conta dos blockbusters de verão, analisando por igual perspectiva, fossem menos "produtos de marketing" do que Twilight ou Fifty Shades of Grey. Paradoxalmente, na perspectiva das "verdadeiras" gajas, contudo, os filmes de super-heróis, cuja supremacia na indústria cinematográfica tem origem numa cultura maioritariamente masculina, só lhes irrita pela ausência de super-heroínas. Para as "verdadeiras" gajas, a ascensão da mulher no espaço mediático não deve ser feita pela acentuação, demarcação e imposição das diferenças entre os dois sexos, num plano onde as diferenças fossem aceites como naturais, respeitadas de igual forma e tivessem igual capacidade de exposição, pois isso seria contrário à tese de que as diferenças entre sexos só existem por condicionamento sócio-cultural - elas diriam mesmo que esse tipo de paradigma contribuiria ainda mais para o condicionamento -, mas pela apropriação por parte da mulher daquilo que é e tem sido uma cultura essencialmente masculina. Gaja que é gaja quer ser gajo. Ai daquela que fantasie com o Edward Cullen ou o Christian Grey. Temos de pôr as gajas a ver e gostar de futebol (sim, bem sei que há também quem queira pôr os gajos a andar de salto-alto). A igualdade acima de tudo. Abaixo a diferença.

Um Nobel para o esquecimento

É a lengalenga de sempre, mas torno a insistir nela: não deixa de ser irónico que tenham atribuído o Nobel da Literatura a Modiano apontando-o como um Proust dos nossos tempos quando este último não o ganhou. Talvez a comparação sirva para recordar que Proust, apesar de ter ficado na história da literatura mundial, contínua muito pouco lido e Modiano que, estou certo, nem para a história ficará, pouco lido já era e assim continuará. Já o ano passado tinha ganho a canadiana Munro e evocaram Chekhov, outro que também não consta da lista dos nobelizados. Talvez seja uma forma de fazer um acerto de contas com o passado através de interposta pessoa. E, a continuar assim, daqui a cem anos é provável que andem a atribuir nóbeis aos Murakamis ou Roths do tempo deles, enquanto a academia por estes dias opta por ignorá-los em vida. Enfim, o ano passado ainda aproveitei a onda da entrega do prémio a uma canadiana para me atirar à compatriota não nobelizada Margaret Atwood - de quem li cinco livros ao longo do último ano e fiquei admirador confesso -, mas este ano o prémio nem para isso serve. Franceses, pelo menos para já, dispenso. Obrigado.

Modelo de sociedade e sistema económico

(imagem tirada daqui)

 

Quem põe em causa o novo «modelo de sociedade» defendido pelo Governo, «está a pôr o sistema económico em causa», explica agora Inês de Saint-Maurice Esteves de Medeiros Victorino de Almeida, economista artista que estava radicada em Paris, filha do maestro Victorino de Almeida, sendo que o pai ainda na última segunda-feira estava do lado dos "artistas" que foram ao Prós e Contras defender a proposta do Governo (vê-los ali como os únicos que davam o peito às balas pela proposta do tonto do secretário de Estado provoca ao mesmo tempo riso e tristeza: esta gente vende-se por pouco). Um debate que, segundo o ex-liberal e deputado social-democrata Carlos Abreu Amorim, foi ganho claramente pelos Prós. O único de toda a gente que sigo no twitter e que acompanhou o debate a considerar tal coisa, mas revelador do que se segue na Assembleia da República (declaração pessoal: tenho vergonha de um dia ter tido boa opinião de Carlos Abreu Amorim). O bloco central de interesses, muito alinhado, a revelar o que há de pior na sua natureza. O próprio CDS quer distanciar-se, mas bem sabemos que quando o CDS quer mesmo bloquear a aprovação de uma proposta na AR, não lhe têm faltado armas e o PSD acaba por ceder. Se neste caso não as utilizou/utiliza, é porque não dá particular relevância ao novo «modelo de sociedade» e, perante isso, da minha parte, dou-me por esclarecido. Dito isto, a título de curiosidade e porque era um dos artistas na plateia do Prós e Contras, lembrei-me de ir ver quantos seguidores tem no spotify o brilhante Carlos Alberto Moniz. Sabem quantos? 6. Seis. Gatos. Pingados. E, lembrei-me dele vá-se lá saber porquê, Fernando Tordo, quantos terá? 69. Sempre é dez vezes mais. Paulo de Carvalho, outro dos artistas presente no Prós e Contras? 227. Está a melhorar. Para fechar as contas dos artistas do Prós e Contras, Miguel Ângelo, quantos seguidores terá? 224. Ó diacho, autores com tão grande valor e o número de seguidores no Spotify não passam desta pobreza franciscana? Haverá alguma relação entre esta pobreza no número de seguidores no spotify e o seu alinhamento com a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA)? Por outro lado, como é que será com outras figuras que não vi entre os mamistas do Prós e Contas? Por exemplo, Ana Moura? 9672. Anselmo Ralph? 16716. Os Moonspell? 11604. Até o Tony Carreira, no universo digital do Spotify, chega aos 3764 seguidores. Entre as elites culturais, há um desprezo pelo popularucho Tony, mas o meu desprezo vai todo dirigido para aquele grupo de "artistas" que praticamente ninguém tem interesse em ouvir de borla, quanto mais efectuar cópias de trabalhos adquiridos previamente, que foi dar a cara por uma proposta sem sentido deste Governo.

Go fuck youself

 

A lei é complexa, diz o senhor secretário de Estado, para logo de seguida acrescentar que não é «muito bem entendida pela generalidade das pessoas», como que sugerindo que se as pessoas compreendessem a lei mais facilmente a aceitariam. É óbvio que as pessoas compreendem o que é essencial compreender: alguns equipamentos tecnológicos que a maioria da pessoas compra e utiliza com regularidade vão ficar mais caros, por via de uma nova taxa que o Governo criou e que irá reverter para um conjunto minoritário de indivíduos sem que uma linha objectiva e comprovada se possa estabelecer entre o comprador do equipamento e o agente cultural beneficiário da medida que justifique o pagamento pelo primeiro de uma taxa ao segundo. A complexidade da lei, aliás, resulta precisamente da intenção do governante e do lóbi que a defende para que assim seja, pois jogam na obscuridade para levar a cabo os seus intentos. Depois, vem a opção espanhola - que vai directamente ao Orçamento do Estado -, chutada para canto por ser singular, ainda que seja muito mais transparente. Mas tudo no discurso deste secretário de Estado e do Governo, nesta matéria, é desonesto e hipócrita. Usar como argumento que muitos países adoptam medidas desta natureza é falacioso quanto à necessidade e justiça da medida em si, pode muito bem apenas demonstrar - como julgo que demonstra - que em muitos outros países existem lóbis semelhantes aos que existem em Portugal e têm igual sucesso a convencer o poder político a beneficiar a sua causa. Mas, voltando ao caso espanhol, aproveita o Governo para fazer referência à opção pelo recurso ao «utilizador-pagador» e não ao contribuinte. Enfim, falar em «utilizador-pagador» é um ultraje, quanto muito podemos falar em «provável utilizador-pagador». Utilizador-pagador é o que temos nas auto-estradas com portagens: quem não passa, não paga nada; quem passa muito, paga por cada uma das vezes que passou; quem só passa uma vez, só paga uma vez. Neste caso, para podermos manter a analogia com as portagens, o que está aprovado é semelhante ao Governo abdicar de colocar portagens e optar por cobrar uma taxa a cada veículo vendido, apenas variável pela cilindrada ou o peso do veículo, na base da presunção de que quem compra veículos muito provavelmente irá passar nas novas auto-estradas sem portagens. Isto é complexo? Não, não é, é apenas estúpido. Atira-se com a complexidade da coisa para dar mostras de muita inteligência quando estamos, apenas, perante uma medida pensada por chicos espertos. Para concluir, dizem ainda que as receitas desta taxa «não são receitas do Estado». Formalmente, podem não o ser - e que jeito isso dá quer ao governante (a coisa não passa como um novo imposto que o Estado, intermediário, depois distribui como despesa ao sector cultural, mas fica antes como um pagamento directo do consumidor ao sector cultural, ainda que imposto pelo Estado), quer ao beneficiário (que pode manter a lata de dizer que não recebe do Orçamento do Estado) -, mas são objectivamente receitas que só existem por imposição do Estado e que vão sobrecarregar aqueles que já estão sobrecarregados com outras taxas e impostos vários, como, já que gostam de comparações entre países, poucos cidadãos de outros países com o nosso nível de actividade económica estarão. E se o cidadão pode ser sobrecarregado por mais taxas e impostos, como, depreendendo por esta iniciativa, o Governo julga que pode, cabe perguntar porque não usam essa folga nas costas do burro de carga para servir causas mais urgentes de serem combatidas num país em crise? Bem, certamente essas causas não têm a força de um lóbi a defendê-las, nem um secretário tontinho a representar os necessitados dentro do Governo para agilizar - forçar seria mesmo o termo mais adequado - o processo legislativo. Ah, não ignoro que ainda falta os deputados aprovarem a medida. Mas a maior parte dos deputados são paus mandados, raramente pensam pela sua cabeça e muito menos ouvem quem os elegeu, pelo que há muito que não conto com eles. Na verdade, e para ser bem claro, não conto voltar a aproximar-me de uma urna de voto tão cedo. No sistema americano, limitaria-me a riscar um congressista ou senador das minhas escolhas, em Portugal mais vale eliminar logo toda a corja. E se os termos são fortes é porque pretendo vincar muito bem aquilo que sinto.

 

Nota: um pormenor delicioso, na notícia a que faço ligação logo a abrir o post, «o armazenamento de ficheiros na internet (na nuvem) ainda não é contemplado». «Ainda», o jornalista entendeu muito bem o espírito da coisa.

O Ministério dos Subsídios

Nos Estados Unidos, a malta da cultura normalmente reúne-se com candidatos políticos em campanha para lhes dar dinheiro. Em Portugal, a malta da cultura normalmente reúne-se com candidatos políticos em campanha a contar receber dinheiro. Cada país tem a "elite" cultural que merece. A nossa é a da mão estendida voltada para o Estado. E fica a perguntinha: a presença de Paulo Campos no evento será em representação da cultura portuguesa da obra pública?

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