Fosse ao contrário e era a prova de que o governo estava a matar o futuro do país
Assim, quase que passa sem qualquer referência: Número de candidatos ao ensino superior é o mais alto desde 2010.
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Assim, quase que passa sem qualquer referência: Número de candidatos ao ensino superior é o mais alto desde 2010.
É ilegal excluir um incompetente da possibilidade de obter um emprego no Estado. Imaginem o que não será despedir um já contratado.
Nota: claro que as decisões do TC pesam fortemente nesta equação.
Por um lado, temos a oposição em peso a pedir a demissão de Crato e Teixeira da Cruz. Por outro, temos os comentaristas afectos ao Governo a pedir uma remodelação. Portanto, todos querem o mesmo. Eu, contra corrente, gostaria antes que estes dois fossem até ao fim da legislatura e dessem a cara nas urnas pelas políticas que aplicaram durante os últimos anos.
A coisa mais estúpida do sector público no que à educação diz respeito é, certamente, o modo como se processa a colocação de professores a cada ano, com regrazinhas burocráticas arcaicas, muito dependente de factores quantitativos, adequadas a uma sociedade do paleolítico, que nenhum ministo atreve-se a tentar mudar. Se em quase tudo o que diz respeito à gestão dos recursos humanos o nosso Estado já é mau, na educação é péssimo. E, perante nova polémica no sector com tal processo - realço a ideia de que não estamos perante uma novidade -, mais importante do que apurar o que deve acontecer à cabeça do ministro, parece-me adequado constatar em primeiro lugar que este modelo de colocação de professores está ultrapassado; é ineficiente; não passa de uma tonteria. Também por isso, num futuro breve e numa reforma da educação que ainda está por fazer, devia ser radicalmente alterado. Termine-se com a piadola, misto de brincadeira e coisa séria: o ministro Crato não implodiu o ministério, o ministério implodiu-o a ele.
1500 professores chumbaram na prova de conhecimentos
Todos os estabelecimentos de ensino superior são bons. Todos os estabelecimentos de ensino superior são igualmente bons. Enfim, a verdade é que há uma série de cursos da treta em Portugal. E a distinção não é exlusivamente feita entre o curso X e o curso Y, mas também entre o curso X na faculdade A e o mesmo curso X na faculdade Z. Neste último caso, pode mesmo existir diferenças consideráveis entre a qualidade de um e de outro curso. Só um tonto é que ignora essa realidade. A maior parte dos alunos (e os seus pais) não ignoram certamente, ou não existisse uma tendência evidente de quem tem as melhores notas no secundário para escolher preferencialmente certos e determinados estabelecimentos de ensino. Da mesma forma que há empregadores privados que, precisando de contratar gente com o curso X e existindo faculdades de A a Z a leccioná-lo, limitam a sua análise de CVs a quem se licenciou exclusivamente na faculdade A e B. O Estado, como grande empregador que é, devia seguir as melhores práticas de recursos humanos que existem nas grandes empresas privadas. Infelizmente, ainda está muito longe de o ter feito. E a verdade é que nunca o fará.
Algumas reacções a que assisto durante o dia de hoje por parte de professores se levadas a cabo por trabalhadores de uma qualquer empresa privada em reacção a uma decisão de um superior hierárquico teriam uma consequência imediata: o despedimento/a não renovação do contrato. Só mesmo no sector público é que quem quer ser contratado acha-se no direito de impor as regras que ditam a decisão sobre a sua contratação. Dito isto, o ministro Crato, tirando o facto de ter sido o responsável final pela saída de Relvas do Governo, tem-se revelado um autêntico banana. Está, portanto, a ter o que fez por merecer.
Professores com cinco ou mais anos isentos da prova de acesso. Infelizmente, uma das coisas que mais falta faz ao sistema é precisamente correr com os que já têm alguns anos de serviço e não valem nada. Nunca valeram. A antiguidade é um posto por si só: não devia ser.