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Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Mr. Brown

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A vontade do eleitorado

As movimentações teatrais à esquerda começariam a preocupar-me no dia em que tivesse de ler isto: Costa reúne-se com Jerónimo e Orçamento é prioridade absoluta. Enfim, as encenações socialistas para ganharem poder negocial nas negociações, essas sim coisa muito mais séria, do orçamento para 2016 têm graça, mas a dada altura o país será confrontado com a realidade espelhada no discurso de Cavaco Silva (que, precisamente por tocar na ferida, irritou alguma malta): o país tem compromissos internacionais assumidos e das eleições legislativas resultou um inegável alinhamento do povo português com os partidos que tradicionalmente honram esses compromissos. Tal como em 2011, onde o arco da troika (PSD, CDS e PS) ficou com larga vantagem para com o arco do radicalismo ideológico. De resto, dizer que mais de 60% do eleitorado rejeitou a política do PSD/CDS faz tanto sentido quanto dizer que quase 70% do país rejeitou o programa económico do PS ou que mais de 80% do país rejeitou o radicalismo da extrema-esquerda. Como se o voto fosse apenas e só uma «rejeição daquele em quem não se vota» e nunca uma «preferência pelo programa daquele em quem se vota». Como se todo o eleitorado socialista tivesse mais afinidade com as forças à sua esquerda do que com as forças à sua direita. Mas, também por isto, para ajudar a um maior esclarecimento sobre o assunto, gostava de ver uma sondagem que respondesse à seguinte pergunta: perante os resultados eleitorais, preferirá o povo português um governo PS/BE/PCP ou um governo PSD/CDS viabilizado pelo PS? Qual será a solução mais viável e estável? Não tenho muitas dúvidas sobre qual será a resposta a esta pergunta, mas admito que possa ser surpreendido.

A "elite" que pensa que põe e dispõe do país

José Miguel Júdice, na tv, ensaia o discurso da "elite" bem pensante que apostou todas as fichas no bom do Costa, um homem da sua confiança, e fez tudo por tudo para correr com Seguro e Passos: Costa devia governar, mesmo que perdendo as eleições, com o seu executivo a ser viabilizado pelos partidos à direita que constituem a PàF, ainda que esta última vença as eleições. É a quadratura do círculo: o perdedor governa com o suporte do vencedor. Há uma "elite" que continua a pensar que a vontade do povo serve para eles fazerem o que bem entenderem. É também para ver esta gente lixada da vida que no dia 4 vou-me divertir à brava com uma eventual vitória da PàF.

Falta a única "sondagem" que verdadeiramente conta

Nunca tinha experienciado uma campanha tão negativa e agressiva. Também nunca tinha experienciado uma tão divertida. Estas dois sentimentos ambivalentes brotam do mesmo fenómeno: a convicção que se formou numa parte significativa do eleitorado socialista de que a vitória, por larga margem, era um dado adquirido, para depois rebentarem emocionalmente quando começaram a ficar não só com dúvidas sobre aquilo em que antes acreditaram tão convictamente, mas com profundo receio de que uma derrota estava logo ali ao virar da esquina. Perante isso, dia 4 de Outubro conto, sobretudo, divertir-me. Adoro noites eleitorais, sobretudo as que correm mal a quem defende o que não defendo. Mas não tenho ilusões, se as sondagens estiverem a medir bem o pulso ao eleitorado, entraremos no dia 5 de Outubro com o país praticamente ingovernável e, portanto, sem nenhum lado propriamente vitorioso; mas admito igualmente, até porque o contexto é especial, que as sondagens acabem mesmo por não estar a ler o sentimento do eleitorado correctamente e, pela primeira vez de que me lembre, o resultado final seja bastante diferente. Nesse sentido, parto para o anacrónico «dia de reflexão» a acreditar que tanto o PS pode vencer, como que a coligação pode chegar à maioria absoluta.

Governar em tempo de incerteza

Dá-se uma Grexit e tudo o que andamos a discutir sobre propostas para o país nos últimos meses, em contexto de pré-campanha eleitoral, não interessou para nada. Este é um dos motivos pelo qual não há pachorra para a conversa política e a campanha eleitoral. Os políticos querem à força acenar com cenários rosas, uns mais do que outros, quando são demasiadas as variáveis que não controlam.

«Estou aqui, sou o maior, vou correr contigo e quero eleições já!»

Para seu contragosto, não pode fazer ao Governo do país o que fez à liderança do seu próprio partido. Este Costa está a sair um caso sério de chico-esperto que só engana parvos. Isto de achar que bastava comparecer que estendia-se o tapete e o messias Costa era o rei desta cena toda tem alguma graça, mas não passa disso, de uma piadola. De resto, o próprio já percebeu que, contrariamente ao que poderá ter pensado, não basta fazer-se de morto para ganhar eleições, por isso também desatou a disparar em todas as direcções, fazendo recordar Seguro na fase em que sentiu a sua liderança em risco  (nota: e a  malta que criticava o Seguro agora anda tão calada).

Da maturidade do regime

Não só aguentaram até ao fim como vão concorrer coligados às eleições deste ano. E isto num contexto de governação particularmente difícil. Se o anúncio, ontem, parece-nos agora natural, recorde-se que nem sempre foi assim e durante os primeiros meses deste Governo não faltou quem vaticinasse que o mesmo ia quebrar e cair muito antes do final da legislatura. Eu próprio desejei essa queda, ainda que por motivos completamente diferentes da maioria. E a história estava do lado de quem fazia tal vaticínio, como era recordado no Público em Junho de 2011: Governos de coligação nunca chegaram ao fim de uma legislatura em 35 anos de regime democrático. Mas a História não dita o futuro, como se comprova. Nem sempre estamos condenados a repeti-la.

Outra ideia desfeita

O PS não se vai posicionar à esquerda para ganhar eleições, mas antes ao centro, como habitual. A vitória do Syriza na Grécia e os resultados dai subjacentes serviram para alguma coisa. Ou como Costa anunciou prontamente: «vitória do Syriza é um sinal de mudança que dá força para seguir a mesma linha». Uma linha contrária à do Syriza, portanto. Notável como em política é possível sugerir uma coisa e fazer precisamente o seu contrário.

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