We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
3. O PS faz um cenário macro que tira proveito absoluto da consolidação orçamental que este governo levou adiante durante estes anos de gestão pós-bancarrota Sócrates e depois ainda vem mostrar indignação quando os outros fazem por recordar que o que pode ser oferecido no futuro imediato só pode ser consequência directa do sucesso da sua política orçamental?
Dá-se uma Grexit e tudo o que andamos a discutir sobre propostas para o país nos últimos meses, em contexto de pré-campanha eleitoral, não interessou para nada. Este é um dos motivos pelo qual não há pachorra para a conversa política e a campanha eleitoral. Os políticos querem à força acenar com cenários rosas, uns mais do que outros, quando são demasiadas as variáveis que não controlam.
É para «pensar à grande» que o PS quer o investimento público. E o dinheiro para esse investimento virá de onde? Das pensões não virá pois o PS não as vai cortar e ainda promete aumentar o complemento solidário para idosos. Dos gastos com pessoal do Estado também não virá porque o PS quer repor os salários na função pública a um ritmo superior aos do Governo. E com isto estamos conversados sobre as duas maiores rubricas do OE. Então, virá de onde, do aumento da carga fiscal? Mesmo ai o PS sugere que quer baixar o IVA da restauração. De onde virá o dinheiro para o investimento público? É mistério, mas Costa promete que tem um cenário macroeconómico que faz milagres. Paleio político na vanguarda da ficção nacional. Ou, traduzido por miúdos, «pensar á grande». Não é preciso ser bruxo para saber como onde é que isto acaba.
Costa vai acabar com a austeridade e dar tudo a todos; Passos vai proporcionar um período de prosperidade e crescimento económico como não temos há muito. Feliz o país que pode escolher entre estes dois projectos para o futuro. Se juntarmos os dois num bloco central, tanto melhor.
Diz-se, com razão e em forma de crítica, que o actual executivo já deixou de fazer reformas e só pensa nas eleições. Ora bem, levando a sério a conversa de que a privatização da TAP no actual timing não é adequada por se aproximar o final da legislatura, é precisamente validar essa opção tão criticada de que um executivo a a partir de determinado momento deve abdicar de governar e passar a dedicar-se exclusivamente à propaganda eleitoral ou a medidinhas sem significado/impacto. Não é essa a minha visão. E muito menos pode ser essa a minha visão quando a privatização da TAP faz parte de um conjunto de medidas com que o actual executivo está comprometido com o eleitorado que o elegeu. Já basta aquilo que prometeu que ia fazer e não cumpriu.
Por uma política patriótica e contra o pacto de agressão: adoráveis as reacções de Maria Luís Albuquerque, mas sobretudo de Paulo Portas, a este relatório do FMI. Como se não fosse óbvio que este Governo entrou em «modo eleições» a todo o gás. Longe vai o tempo do levamos a cabo o programa da troika não porque nos era forçado, mas antes porque acreditávamos nele, como o senhor PM chegou a declarar. Aliás, a prova de que o passado agora é mesmo para apagar, foi a felicidade com que, pelo menos o Paulinho das feiras, sempre mais descarado nestas cenas, recebeu a adopção de uma política de quantitative easying por parte do BCE, ainda que o PM não lhe tenha ficado atrás, negando algo de que havia prova documental. O mundo mudou. Novamente.
Sobretaxa só desce se a receita fiscal ficar acima do previsto. Não tivesse o Governo tanta ânsia de propagandear descida de impostos neste preciso momento para usar essa treta em campanha eleitoral e esta medida não faria qualquer sentido. Se há condicionalismos e limitações este ano, adiava-se a decisão da descida de impostos para o Orçamento do Estado de 2016. O mal é que esta malta que nos governa sabe, ou teme, que não será ela quem irá elaborar tal orçamento - e tanto mais teme quanto pior o histórico que tem para apresentar na frente fiscal -, dai a necessidade desta originalidade orçamental.