We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
Há poucos dias, explicavam-me que Passos não dar uma entrevista à RTP era não só um facto inédito, como uma pouca vergonha. Agora, que a entrevista está marcada, há quem me explique que é a RTP a contribuir para a propaganda da coligação. Há poucos dias, explicavam-me que Rangel fez umas declarações sobre a justiça e Sócrates que foram autêntico tiro no pé da coligação. Agora, que a RTP vai fazer um programa (P&C) onde esse tema será abordado, explicam-me que é mais propaganda a favor da coligação. Por favor, decidam-se. Ou então vão lá tratar da esquizofrenia.
Costa irrita-se com jornalista da RTP. Foi a única tirada de Passos que correu bem no debate: quando Costa negando ter uma filosofia política igual à de Sócrates, levou o primeiro-ministro a atirar com a frase «não é muito diferente». E na arrogância com que trata os jornalistas que não lhe dão o que ele quer, não é mesmo muito diferente. Na forma como ganhou o debate, se pensarem bem nisso, também não. Terá tido, aliás, a mesma malta que preparava os soundbites ao outro a preparar os seus. Mas se Sócrates também ganhava os debates todos, depois foi o que se viu.
Só vi a espaços a entrevista de Costa, alternando no zapping entre o Costa e o Chelsea. Mas aquilo que ouvi do líder socialista deu para perceber uma coisa que a mim já me parecia relativamente clara: o homem sabe ainda não estar preparado para governar (por exemplo, ainda espera um estudo macroeconómico: confesso que não sei o que este estudo lhe pode dizer que não seja relativamente conhecido), dai nem se atrever a sugerir a demissão de Passos Coelho (o homem odeia esta política de casos, no que pode ser entendido como uma crítica aos seus próprios apoiantes, mas também como um «não me venham também escrutinar a mim»). Mas valha-nos a entrevista pela clarificação por parte de Costa de que não é apoiante do Governo. Já que o ex-messias tenha sentido a necessidade de clarificar tal coisa...
Uma curiosidade: as entrevistas de Judite de Sousa aos candidatos presidenciais estão a registar audiências superiores às verificadas nos debates. Possível sinal, como esperado com o aproximar das eleições, que há mais portugueses interessados na campanha, embora seja de notar que já nos debates presidenciais a RTP foi dos três canais a que obteve melhores resultados. Outra curiosidade, mais interessante: a entrevista de Manuel Alegre registou uma audiência inferior à de Fernando Nobre. Sinal de que a campanha suja alegrista pouco agradará aos portugueses e que Fernando Nobre talvez merecesse maior atenção por parte dos jornalistas.