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Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Mr. Brown

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Refugiados/Emigrantes/Xenofobia/Trump

Muitos dos ditos refugiados não são refugiados, são emigrantes puros (não só pelos países de onde vêm, como é vê-los com cidades de destino escolhidas). E eu não gosto, lamento mas não gosto, de ver algumas destas pessoas que procuram a Europa, assim que entram nas suas fronteiras, em evidente show-off mediático, a reclamarem direitos que não têm. Mas detesto ainda mais, muito mais, ver a foto chocante de uma criança morta numa praia da Turquia. E não deixo que os primeiros, chico-espertos, me façam perder o foco do essencial. Pelo que, apesar de tudo, até tenho para mim que a Europa devia acolher quer uns (refugiados, cujo estatuto especial dá-lhes sempre outros direitos), quer outros (emigrantes, sobre os quais deveria existir maior controlo, mas nem por isso uma rejeição imediata), com braços tão abertos quanto possível. Infelizmente, sei também, porque está um pouco por todo o lado (nas redes sociais, nas conversas com amigos, etc...), que a xenofobia anda pelo ar. O Expresso (que não comprei e não li), tinha na capa da sua revista Donald Trump sob o título «A América que adoramos odiar». Trump que marcou o inicio da sua campanha por declarações xenófobas que visavam, sobretudo, os mexicanos que vivem nos Estados Unidos. Diria que se há uma América que adoramos odiar, por vezes também nos fazia bem olharmos para nós próprios. Confrontado com problema semelhante, não faltam europeus (e portugueses) à procura do seu Trump.

Acordo de comércio livre?

Independentemente do que se julgue deste tipo de actuação, há uma coisa que digo: tendo começado por considerar positvo algo que foi vulgarmente designado por um «acordo de comércio livre», hoje tenho as maiores dúvidas sobre a natureza do «Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento» e aquilo que é pretendido. Suspeito que, no final, acabaremos encharcados com mais regulação e regulamentação que beneficiará algumas corporações com enorme poder de lóbi. Neste caso, por exemplo, tenho precisamente a mesma inquietação que a revelada por Paul Krugman: «So why do some parties want this deal so much? Because as with many “trade” deals in recent years, the intellectual property aspects are more important than the trade aspects. Leaked documents suggest that the US is trying to get radically enhanced protection for patents and copyrights; this is largely about Hollywood and pharma rather than conventional exporters».

Mais novidades sobre o desemprego «real»

Os Estados Unidos têm uma taxa de desemprego de 5,3% e Obama tem feito milagres a combater a crise e o desemprego? Não se deixe enganar, Galamba, qual Eugénio Rosa, explicar-lhe-ia que a taxa de desemprego «real» norte-americana anda à volta dos 10,5% (tal como calculado aqui pelo próprio Bureau of Labor Statistics) e Obama tem andado a "camuflar" os verdadeiros números do desemprego, pretendendo iludir sobre a verdadeira realidade do mercado de trabalho norte-americano. Por esta bitola argumentativa, todos os governantes andam a camuflar os números do desemprego. Como a taxa oficial, calculada pelos padrões habituais, não dá jeito ao PS, ainda que para os cálculos do seu cenário macro esses padrões tenham servido, é preciso redefinir o que é o desemprego para fazer um "justo" julgamento do governo. A taxa de desemprego «real» é que devia contar. Abaixo a actual taxa de desemprego «oficial».

«No bailout for you» (ou da hipocrisia norte-americana)


source: tradingeconomics.com

 

Economia em recessão há vários anos; fustigada por austeridade prolongada; desemprego elevado; emigração em massa; dívida galopante. Apresento-vos a Grécia Porto Rico. Ontem, aproveitando a boleia da Grécia, avançou para a tentativa de reestruturação da sua dívida (notícia em português e inglês). O governo federal norte-americano diz que não irá resgatar a ilha (novamente, em português e inglês). Deve ser mais fácil a Obama mandar recados sobre a Grécia. A crise humanitária em Porto Rico, território dos Estados Unidos que partilha a moeda com este e tem mais de 3 milhões de habitantes, pode esperar.

Uma imprensa esquerdista: exemplo prático da candidata a candidata Hillary Clinton

Dois jornais portugueses, o Público e o DN, decidiram colocar uma grande foto de Hillary Clinton na capa no dia em que esta declarou-se candidata às primárias do partido Democrata (note-se que, para já, ela ainda é só candidata a candidata à Presidência dos Estados Unidos). Imagino que não farão coisa semelhante para qualquer candidato do Partido Republicano. O deslumbramento da nossa imprensa escrita com algumas figuras políticas da esquerda é deveras fascinante. E revelador.

Quem paga as contas?

É notória a pressão da imprensa inglesa/norte-americana - e até de algumas instituições destes países (exemplo) - para que a zona Euro passe a funcionar como uma única unidade política, nomeadamente passando a existir transferências orçamentais acentuadas das regiões mais ricas para as regiões mais pobres. É fácil para os ingleses/norte-americanos fazerem este jogo: não são eles que pagam as contas e, no fim, se a zona Euro assumisse essa formulação, isso acabaria por ter benefícios para os próprios ingleses/norte-americanos (quanto mais não fosse, no que isso representaria, pelo menos no curto-prazo, de maior estabilidade económica numa região cuja economia ainda está profundamente desequilibrada). Mas a zona Euro funcionar como uma única unidade política implica essa coisa extraordinariamente complicada, que ingleses/norte-americanos nunca aceitariam/aceitaram na sua pátria, mas agora exigem, imagino que com algum gozo diplomático, aos alemães e outros povos da Europa: a anulação da pátria e dos seus interesses, em nome dos interesses de uma zona mais ampla. E, note-se a ironia, nem os povos que supostamente mais teriam a ganhar, pelo menos do ponto de vista económico, com esta nova unidade política, os mais pobres, revelam grande interesse na coisa: porque o trade-off evidente, pelo menos no imediato, para assegurar maiores transferências dos países mais ricos para os mais pobres é o maior controlo por parte dos primeiros das finanças dos segundos. E os segundos vêem nisso uma intromissão inaceitável e inegociável na sua soberania. E é deste jogo cujo resultado final deixará sempre muita gente insatisfeita, se não toda a gente, que os nacionalismos vários, do norte ao sul da Europa, proliferam. Entenda-se: ceder a um lado para acalmar certas tendências nacionalistas, implica acentuar as tendências nacionalistas do outro lado. A manta é curta. A provar isso mesmo está o próprio Reino Unido: o país da mesma imprensa que pede aos europeus para acentuarem os seus laços é o país cujo partido nacionalista de direita UKIP tem disparado nas urnas; onde um referendo para decidir a manutenção ou não na UE está em cima da mesa; e usa-se todos os meios diplomáticos disponíveis para contribuir o menos possível para o OE da UE. Isto tudo e nem estão no Euro. Imagino se tivessem. Ao contrário do reforçar de laços que solicitam aos outros, estariam aos pulos e aos berros ainda mais do que a imprensa alemã.

Sobre o caso das lajes

Case study de economia local muito dependente de um único sector - mais cedo ou mais tarde a tendência é para que isso acabe por correr mal - e fraco poder negocial de Portugal perante os Estados Unidos (podemos sempre ameaçar em trazer para cá os chineses, dirá o presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro). O resto é chover no molhado.

Cinema e política

A avaliar pelo que li em muitos sites informativos norte-americanos, está muito mal Nuno Galopim com esta opinião, o grande ausente dos nomeados não pode ser um velho branco, mas antes a jovem negra que dirigiu Selma. Enfim: as nomeações para os Óscares têm sempre motivo para polémica - e este ano voltam a ter -, mas a forma como certos sectores na América têm discutido as mesmas sobretudo numa base política e não cinéfila é por demais irritante. A Academia, presidida por uma mulher negra, é misógina e racista (como devem ser todas as instituições que entregam prémios nesta altura, uma vez que os Óscares seguem basicamente a tendência de todos os outros prémios) e tem de ser chamada à pedra. É preciso nomear (e premiar) mulheres e negros à força. Não há pachorra. Note-se que não nego que exista uma sub-representação óbvia das mulheres no mundo do cinema - a dos negros, nos últimos anos, já começa a ser muito mais discutível -, mas não é atribuindo prémios a quem não os merece que se resolve isso. De igual modo, também não ignoro que os Óscares sempre tiveram uma dimensão política - logo a começar, a forma como os filmes são escolhidos cada vez mais depende de campanhas de marketing bem montadas que fazem lembrar qualquer outra campanha eleitoral política -, mas nunca nos termos colocados no actual contexto. E a que se deve isso? Basta ler a imprensa e revistas norte-americanas: há um acentuar da guerra cultural (i.e. feminismo) e uma das consequências irritantes disso mesmo é a forma como tudo passa a ser motivo de divisão e batalha política. No cinema, um filme só é bom se ajudar à causa. Graças a isto, de todos os nomeados para os Óscares, só conto ficar com Selma por ver. O marketing do filme produzido por Oprah Winfrey foi de tal forma baseado em critérios políticos que ganhei-lhe irritação e agora prefiro deixar o seu visionamento para um tempo futuro onde esteja menos influenciado por este contexto que quer fazer do cinema apenas outro campo de batalha política.

 

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Mas, em parte, os movimentos políticos tiveram o seu sucesso: num ano em que houve Nightcrawler (Jack Gyllenhall e Rene Russo podiam facilmente ter sido nomeados nas categorias de melhor actor e melhor actriz secundária respectivamente); Gone Girl (David Fincher vai passar outro ano sem ganhar um Óscar: ao que dizem tem poucas hipóteses por ser um grande cabrão); ou Intersetllar (Nolan pode agradar muito ao público - o seu filme é o número um no imdb dos filmes de 2014 -, mas quem entrega prémios continua a confundir blockbusters com Michael Bay); todos eles também relativamente esquecidos pela Academia, conseguem ser esquecidos enquanto esquecidos porque é sobretudo a marginalização de Selma a gerar títulos (isto para não falar de quem lembra-se de trazer à baila a Jolie e o Unbroken). Contudo, para estes movimentos políticos liberais (no sentido americano), um tiro saiu-lhes pela culatra: vendo em American Sniper um alvo a abater, por ser realizado por um homem branco e conservador, o homem do diálogo com a «empty chair», acharam por bem usar o filme do extraordinário Clint como indicativo do tipo de trabalho ao qual a Academia estaria injustamente inclinada a dar preferência em relação a Selma (às tantas até parece que Hollywood não tem forte inclinação Democrata). Como resposta, o grande Clint prepara-se para conseguir com o seu filme arrecadar mais de 100 milhões de dólares numa semana (a pirataria contínua a matar o cinema). Como? Com um filme que retrata uma daquelas histórias que cai bem numa parte significativa do público americano. E como o cinema americano ainda é movido essencialmente por dinheiro, tem esta coisa aparentemente absurda de fazer arte dando ao público o que ele quer e gosta de ver. E é tão revigorante ver este velho de 84 anos a fazer isso mesmo.

 

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Para terminar esta cena dos Óscares, diga-se que achei as biografias dos britânicos Alan Turing (The Imitation Game) e Stephen Hawkings (The Theory of Everything) algo aborrecidas e nada de especial - não é, definitivamente, o meu tipo de filme favorito -, mas adorei, muito mesmo, o super energético e emplogante Whiplash: de tudo o que vi, o melhor filme de 2014. Mas, não esquecendo as novas tendências, importa dizer que foi escrito e dirigido por um homem branco; tem dois protagonistas brancos; entra uma rapariga branca que serve sobretudo como adereço e não tem qualquer profundidade; e negros só aparecem de forma marginal. Para a "nova" malta que faz do sexo e da cor da pele dos participantes num filme o principal tópico de discussão, é capaz de ser importante referir estes dados. Ficam referidos. A quem está apenas interessado em ver bom cinema: fica a recomendação.

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