We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
Estes descobriram agora que o conceito de pobreza aplicado pelo Eurostat é relativo. Se estamos a empobrecer, é natural que o rendimento a partir do qual alguém passa a entrar no perímetro da pobreza baixe. Percebamos: se todos os portugueses, sem excepção, passassem a ganhar 420€ por mês, no que representaria um empobrecimento geral significativo, mas o alcançar de uma sociedade igualitária, a verdade é que tal representaria o fim da pobreza relativa. Mas não é grande coisa como objectivo, pois não?
Uma vez um comediante, para sempre um comediante. O facto dos técnicos do Eurostat não aproveitarem as capacidades do dr. Madelino é coisa que me deixa surpreendido. Mas, sim, os números do Eurostat são seasonally-adjusted, ou seja, tentam descontar efeitos de sazonalidade. É por isso que aquela conversa do tipo «ah, no verão o desemprego desce sempre» para comentar os números do Eurostat para o desemprego em meses de Verão faz pouco sentido.
Espero bem que sim: Pré-privatização da ANA por concessão não contará para o défice. Abaixo o malabarismo. Se bem que, ao mesmo tempo, temo as consequências que possam advir se esta decisão vingar, pois o Governo terá de tirar um coelho da cartola para cumprir o objectivo do défice com que está comprometido. Mas o Expresso informa: «Lisboa admite avançar com a contabilização da referida concessão no défice e lidar com um eventual chumbo a posteriori». Se o malabarismo é a nossa especialidade, truques de mágica também não nos passam ao lado. É o circo completo. Insisto que não percebo: não seria melhor se fizéssemos as coisas de forma transparente e séria? O défice real não vai ser de 5% do PIB, isso devia ser assumido abertamente e não escondido. Era assim tão difícil convencer a troika disso? A troika preferirá ser confrontada com truques e malabarismos que, certamente, não lhes passarão desapercebidos? Há coisas que a minha compreensão não alcança.
... a prova de que consolidação orçamental para o governo socrático equivale a actuar do lado da receita:
Não satisfeitos com o pódio no crescimento da despesa, fizemos igual proeza quanto ao crescimento da receita. Parabéns ao Sócrates, pá! Há que alimentar o monstro voraz.
Portugal com o quarto maior défice e a quinta dívida da zona euro em 2010. Mas há outro dado relevante que importa reter: de 2009 para 2010, apenas dois países tiveram pior desempenho do que nós ao nível da evolução da despesa. E já faltou mais para só os nórdicos terem um nível de despesa em percentagem do PIB superior ao nosso:
Nota1: reparem que dos países com um nível de despesa superior ao nosso, só na Irlanda, por via do resgate à banca, o nível de despesa subiu entre 2009 e 2010.
Nota2: as 'alterações metodológicas' do eurostat terão afectado todos os países, não?
3. Sem fundo de pensões da PT, o défice de 2010 foi superior ao défice de 9,3% registado em 2009. Obrigado, Sócrates. Ainda está para nascer quem faça tanto pelo défice como tu, pá!
Adenda:
4.Novos valores dos défices: 3,1% em 2007 - 3,5% em 2008 - 10% em 2009. Foi tudo revisto, que coisa mais linda. Nem me vou dar ao trabalho de ir pesquisar tudo o que foi dito pelos socialistas sobre os défices históricos de 2007 e 2008. Não vale a pena.
5. E agora, o que importa mais: exigir ao PSD, de dedo em riste, que apresente medidas para resolver a bancarrota Sócrates - que terão de ser exigidas, certamente -, ou responsabilizar o culpado pela bancarrota? Faz sentido, algum sentido, que Sócrates seja candidato pelo PS às próximas eleições? Todo o PS está refém do seu líder? 93%? Por favor.
6. Desta vez, de quem é a culpa? Da alteração metodológica da UE e do Eurostat, naturalmente.