We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
De repente, alguns socialistas deram para defender as virtures da candidatura de Fernando Nobre à Presidência. Não gramo Sérgio Sousa Pinto, que é apenas mais um daqueles que pela forma de estar na política dá má fama aos políticos, mas nisto estará a ser mais sincero do que outros do seu partido. É que não deixo de me recordar do discurso socialista contra Fernando Nobre e pensar como um apoio em peso do PS a Nóvoa, concretizando-se, revelará, mais uma vez, a natureza hipócrita da política e da malta que a faz.
Pelos vistos, há duas figuras nacionais que comentam o quotidiano político via facebook com o mesmo direito de destaque na imprensa. Um é o Presidente da República, o outro é o deputado Lello. Mas findo este triste episódio do «Era uma vez um Nobre no Parlamento» e recentrando toda a atenção nos que lá ficam, pergunto-me: a nível de duração e intensidade do efeito, quem terá maior quota de responsabilidade no arrastamento do prestígio do Parlamento para as ruas da amargura, Fernando Nobre ou José Lello? A resposta parece-me evidente e tem uma agravante, o segundo por lá irá continuar e parece que não é alvo de pressão por parte dos seus pares para que modere a atitude.
À primeira volta, a maioria dos deputados fez saber que não queria Fernando Nobre como presidente da Assembleia da República. O PSD insistiu, ainda foi pior: de 106 passaram para 105 os votos favoráveis. Recorde-se que só a bancada parlamentar do PSD conta com 108 deputados. Muito vai ser dito sobre uma eventual primeira derrota, ou vitória, de Passos Coelho. Parece-me bem mais importante realçar que é uma vitória para o país e para o prestígio da Assembleia da República, embora na sequência de mais uma palhaçada que era melhor não ter ocorrido e que tem origem num erro do novo primeiro-ministro. Termino dizendo que não se perdia nada se Nobre, à semelhança de Passos Coelho, cumprisse a palavra dada numa entrevista ao jornal Expresso.
Das notícias em torno de Fernando Nobre não sei quanta verdade há no que vou lendo, mas que fique claro: teria sido preferível que a Fernando Nobre não tivessem prometido o lugar de Presidente da Assembleia da República em caso de vitória do PSD, mas entre esse cargo e um posto ministerial é preferível manter o plano inicial. Mal por mal, antes um cargo onde não tenha grande margem para lixar ainda mais a vida dos portugueses.
Fernando Nobre, ao mesmo tempo que diz que não entra na lama para onde esta campanha degenerou, fala num país que é um barril de pólvora. Tem toda a razão, contudo há quem não se canse de aplaudir, incentivando, a campanha de lama que decorre. Depois não estranhem se, mais cedo do que julgam, o rastilho do barril pegar fogo.