Chico-espertice política
Não se queixa, queixando-se. E ainda deixa subentendido que a culpa toda é do Seguro. Sim, porque a herança que o outro recebeu era muito boa.
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Não se queixa, queixando-se. E ainda deixa subentendido que a culpa toda é do Seguro. Sim, porque a herança que o outro recebeu era muito boa.
A situação das contas do PS retratadas na capa do Expresso desta semana permitem várias piadas, mas brincadeiras à parte há algo que levo muito a sério: a solução do PS para as dificuldades financeiras que atravessa passa pela interpretação que decidiu fazer de duas leis distintas que permitiriam ao partido sacar mais dinheiro aos contribuintes. A história vem explicada aqui. E nisto, sim, estamos perante uma coisa que não é para brincadeiras.
Isto é Marinho a fazer de «attention whore» ou há algum fundamento de verdade no que aqui é escrito? Escusado será dizer que uma tal história, pela questão do financiamento - de onde vinha o dinheiro? - e ao contrário do que diz Marinho, teria óbvio «interesse processual». E permitiria várias e interessantes leituras políticas. Lá chegaremos, porque existindo escutas deste teor, mais cedo ou mais tarde virão à tona de água.
Quem paga as campanhas do PSD em Gaia e no Porto?
A propósito da Nextpower e das campanhas autárquicas do Porto e Gaia
A propósito da Nextpower e das campanhas autárquicas do Porto e Gaia (2)
A propósito da Nextpower e das campanhas autárquicas do Porto e Gaia (3)
PS quer rever lei do financiamento dos partidos. Claro que para uma avalição completa devemos aguardar pela apresentação da proposta final, mas esta é uma matéria onde António José Seguro, por força de opções que tomou no passado, tem toda a autoridade para liderar o processo de revisão da lei e onde a maioria que domina a Assembleia da República, se não quiser ficar mal na fotografia e sem prejuízo de também ela participar com as suas ideias para um novo enquadramento legal, deve procurar não levantar obstáculos. Afinal, como o próprio Presidente da República considerou quando promulgou a actual lei em vigor, esta apresenta «opções normativas indubitavelmente questionáveis» e houve mesmo um actual deputado do PSD que declarou a nova lei do financiamento partidário como uma vergonha. Valha-nos que a vergonha que é a actual lei ainda vai muito a tempo de ser corrigida.