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Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Mr. Brown

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«Já alguém viu o capital a produzir?»

Louçã quis ser engraçado um dia e lembrou-se de fazer a pergunta que dá título a este post, ao mesmo tempo que comparava os trabalhadores com coelhinhos no truca-truca. Não perceber a relevância do capital para a produção é digna de homem-das-cavernas e aquele discurso do doutor economista Louçã, de estúpido se interpretado como proferido por alguém que estava a falar a sério (para mim, passou mais por demagógico), foi motivo de paródia para muito boa gente na altura. Recordei-me dele agora quando a propósito dos vistos Gold tenho visto o BE a defender que os mesmos não trouxeram nada para Portugal ou que não criaram emprego. É muito difícil levar a sério gente que não percebe a importância da atracção de capital para um país na situação de Portugal (podemos não gostar dos vistos Gold por acharmos que não pode/deve valer tudo, já negarmos o seu efeito económico positivo é coisa para não levar a sério). Mais sério, outra vez, esteve António Costa, na Quadratura do Círculo, até parecia o dr. Pires de Lima a falar poucas horas antes no jornal da noite da TVI: explicou o edil lisboeta (para espanto do representante do PCP social-democrata Pacheco Pereira) que uma coisa são os casos de corrupçao, outra coisa são os vistos Gold. Portugal tem necessidade de atrair capital, acrescentou, deixando claro que não vai ele a dar cabo desta outra galinha dos ovos de ouro.

Renamed economists

Eles são 74. Eles são economistas. Eles são estrangeiros. «Apoio de peso». «Economistas de referência». Basta um meio de comunicação assim o afirmar para eles o serem (bem, estamos no país cuja comunicação social dá particular destaque ao pensamento económico - repito: pensamento económico - de um qualquer Mark Blyth, de uma qualquer Raquel Varela ou de um qualquer Baptista da Silva, por isso nada disto é novo, perceba-se). Se alguém atrever-se a contestar a falácia deste argumento de autoridade incorre na falácia do ataque ad hominem, argumentam. Mas não me importo e atiro-me, precisamente, às características do conjunto de pessoas estrangeiras que subscreveram o manifesto, ou não fosse por esse facto que antecede todos os outros - são 74, são economistas e são estrangeiros - que se decide dar destaque ao texto como um relevante acontecimento político (político aqui é a palavra chave): depois de vistos os nomes dos 74 subscritores, apanhamos com um conjunto maioritário de relativos desconhecidos e gente cujo pensamento é absolutamente marginal face ao consenso económico mundial e pouco tido em conta lá fora. Talvez seja objectivo de alguns que Portugal seja pioneiro na criação de uma nova ordem económica mundial, mas, ignorando essa excentricidade, o segundo manifesto não passou de um golpe publicitário, vergonhosamente adoptado e suportado, entre outros, pelo jornal Público. Relacionado com isto, diga-se que, ontem, apanhava-se numa rede social um dos subscritores do manifesto original, Pedro Lains, denotando algum incómodo, a demarcar-se do segundo manifesto, afirmando ser coisa da «secção da esquerda». Como não podia deixar de ser, na secção da esquerda, incluia-se o doutor Louçã que fez esta maravilhosa carta escrita em inglês técnico. Já sei, estou a concentrar-me no acessório e não na substância? Sim, mas onde não há substância, só sobra o acessório: se permitir a paródia, tanto melhor.

Abriu a época do circo

1. Louçã, na SICN, ao mesmo tempo que crítica as metas do memorando, crítica a subida da dívida que se verificou no último ano. Curioso, um professor de economia devia saber a relação entre défice e dívida. Também por isso, contra ventos e marés, qualquer que seja a vontade de muitos que por ai andam, o défice vai baixar. Quanto mais não seja porque a certa altura, seguindo pelo caminho da irresponsabilidade, o Estado irá ter de assumir que não consegue pagar a dívida - o propósito de Louçã - e a partir desse momento não existirá forma de financiar qualquer défice. De resto, sobre a evolução do dito cujo, recordemos: 10,2% em 2009; 9,8% em 2010; 7,8% em 2011 (sem fundo de pensões da banca); e, provavelmente, qualquer coisa à volta dos 6% este ano. Não são os 3% de défice para este ano que Sócrates nos garantia o ano passado, mas sempre é melhor que nada. E não esqueçamos: devemos ter o superavit como objectivo. Vai doer? Ó se vai.

2. Seguro, tudo indica, vai ver ser aplicada a estratégia que definiu desde sempre como sua. Meta do défice para este ano aligeirada, mas necessidade de maior esforço para anos seguintes. Por isso, não deixa de ser curiosa a argumentação que usa para passar a ideia de ruptura com o Governo e a troika. Pretendendo parecer coerente, inventa uma história fantasiosa: a de que seria possível chegar ao final deste ano com o mesmo défice que teremos através de medidas menos duras do que as que foram tomadas. Acredita quem quiser, eu limito-me a dizer que estamos perante uma argumentação pouco séria. Se o PS acha que a solução passa por não baixar o défice, diga-o. Não há necessidade de aldrabar.

3. Carlos Botelho cita aqui Manuela Ferreira Leite e usa-a para atacar um certo discurso do Governo. Confesso que em alguns casos não compreendo muito bem a relação estabelecida, até porque a ex-líder social-democrata foi recorrentemente vítima da histeria e gritaria típicas de uma sociedade que opta frequentemente pela barulheira para matar qualquer hipótese de debate sério de ideias. Por outro lado, permitam-me uma pergunta: acham mesmo que há assim tanta diferença entre o pensamento de, digamos, um António Borges e o de Manuela Ferreira Leite e Cavaco Silva? Por favor, estão alinhadíssimos. De resto, julgo estarmos perante uma mistificação: só o discurso e algumas medidas tomadas pelo Governo é que permitem que hoje estejamos em condições de atirar responsabilidades por uma qualquer revisão de metas para a troika. Foi sempre essa a ideia. Só não percebe quem não o quer perceber.

Disputa do poder no BE

1. Um coordenador para o Bloco com as mesmas condições de trabalho do seu antecessor

2. Drago contraria Louçã e diz que há outros modelos para dirigir o BE

3. O BE irá ruir em pedaços se não definir rapidamente um rumo e libertar-se definitivamente do peso de Louçã. A escolha do sucessor do actual coordenador deixará tudo muito mais claro.

 

Adenda: passa-me ao lado o motivo porque João Semedo precisaria da porta-chaves Catarina Martins para fazer o mesmo trabalho de Louçã. E coloco as coisas nestes termos porque é claro quem na dupla Semedo/Martins teria a upper hand.

Novo empréstimo

«Não se atreva a propô-lo [um novo empréstimo] ao país sem olhar para os portugueses e pô-los no direito de voto para que todos possam decidir». Estarei quase de acordo com esta posição se estivermos a falar de um novo empréstimo do género do que foi feito aos gregos ou mesmo de um resgate semelhante ao que vigora actualmente. Mas é bom lembrar que não são propriamente necessárias eleições, bastaria um referendo. E é esse tipo de empréstimo que o nosso Governo está a tentar evitar e muito bem. Por isso o discurso do «nem mais tempo, nem mais dinheiro». Por isso o discurso do «custe o que custar». Por isso o discurso do «Portugal não é a Grécia». Enfim, por isso a absoluta necessidade de, naquilo que só depende de nós, não deixarmos nada por fazer. Por isso a absoluta necessidade de tudo fazermos para cumprir o memorando de entendimento com a troika que, em boa medida, foi referendado nas últimas eleições. Entenda-se: a necessidade de fazermos tudo aquilo que provoca berros contestatários do dr. Louçã. E todos os sinais indicam que, ainda que não regressemos aos mercados em 2013, continuaremos a ter dinheiro emprestado pelo exterior mas em condições diferentes das actuais, ou seja, em condições semelhantes às que teríamos se nos estivéssemos a financiar nos mercados. Como recordou o actual Presidente da República: «Nesse acordo diz-se que um país que cumpra integralmente o acordo de assistência financeira, como é aquilo que eu espero que aconteça com Portugal, continuará a beneficiar do apoio das instituições internacionais mesmo que, no final do acordo, tenha dificuldades de acesso aos mercados financeiros internacionais». É para isto que o Governo está a trabalhar, muito embora o dr. Louçã, e nisso não está sozinho, faça de conta que não o perceba e insista em confundir a opinião pública e desviar a atenção do essencial. O dr. Louçã acha que um novo empréstimo é motivo para originar eleições; o dr. Louçã acha que o país não deve sair do Euro; o dr. Louçã também acha que cumprir o memorando de entendimento não vale a pena; o que quer afinal o dr. "demagogo" Louçã? Não quer nada que esteja disponível ou seja concretizável. É esse o problema do dr. Louçã e dos seus.

Le Pen à portuguesa

A este tipo de declarações também se pode chamar uma coisa muito feia. Francisco Louçã, na tentativa desesperada de marcar a agenda política a cada debate parlamentar, recorda-me o porquê de merecer estar na lista de personagens políticos mais detestáveis deste país.

 

Adenda: O primeiro-ministro disse ainda que «durante anos evitou-se a reprivatização para que isso não contasse para o défice», e isso «custou muito dinheiro aos portugueses». Claro: evitou-se a reprivatização porque esta obrigava a um reconhecimento imediato do dinheiro que tinha de ser enterrado com a nacionalização do BPN. «Custou oito mil milhões», diz Louçã. Muitos mil milhões terá custado, mas esse não foi o preço de um activo valioso, foi o preço de um buraco quase sem fundo que o Estado, bem ou mal, decidiu assumir como seu. Até podia ter sido o BE a ganhar as eleições em 2011 que o valor da factura não mudava. Aliás, quer pela sanha que o BE tem às privatizações, quer pela ideia de que as dívidas assumidas pelo Estado não são para pagar, tenho a certeza que acabaria por sair mais cara.

Ignorância, mentira, demagogia

«Irão ser pagos dividendos à China e a Omã por lucros na EDP e da REN referentes a um ano, 2011, em que ainda não detinham participações nestas empresas». Santa ignorância: o dividendo de 2011 de certa forma será sempre arrecadado pelo Estado. Há é duas formas de ficar com ele: ou incluindo-o no preço de venda - e no valor das propostas vencedoras estava assumido que assim seria -; ou ficando directamente com o mesmo sabendo de antemão que o preço de venda baixará em igual montante. A coisa não custa muito a compreender: se eu comprar uma acção da REN hoje o dividendo relativo ao ano de 2011 sobrará para mim - uma vez que tal dividendo ainda não foi distribuido -, mas no preço da acção esse valor já estará implicitamente assumido, pelo que quem me vende nada perde. O BE, liderado por um doutorado em economia, teima em fazer demagogia com algo que nas cadeiras de finanças das melhores faculdades de economia do país dava direito a chumbo imediato.

Nova revolução de Outubro

Há um sujeitinho que anda a pedir um novo 25 de Abril na economia. Será que vivemos numa sociedade não democrática e ninguém me avisou? Por exemplo, o sujeitinho justifica o novo 25 de Abril - leia-se: combate nas ruas ao novo Governo - como «a força imensa de um país que sabe o que quer». Então mas este país que «sabe o que quer» não teve hipótese de escolher novo Governo há não muito tempo? Quantos votaram no partido do sujeitinho em causa? Mas como o percebo, quer substituir o poder que perdeu na Assembleia da República, onde viu o seu grupo parlamentar reduzido para metade, pela rua. E no fundo, no fundo, o que o sujeitinho gostava não era propriamente de um novo 25 de Abril, mas de qualquer coisa mais semelhante a uma Revolução de Outubro em Portugal.

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