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Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

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We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Mr. Brown

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Responsabilizar fortemente o PS pelo que se prepara para fazer

Parece-me poucochinho (aliás, como se tem comprovado e o próprio Cavaco Silva fê-lo novamente no seu discurso, Costa reuniu-se com o Presidente ainda sem qualquer acordo para lhe mostrar): o líder socialista tentará formar um Governo com base exclusiva no PS e suportado no parlamento por comunistas, bloquistas e ecologistas. E quando e se as coisas correram mal, este discurso que Cavaco Silva acaba de fazer será relembrado vivamente. O PS prepara-se para dar o seu grande salto em frente, veremos se, como espero, não descobrirá que no fim do salto encontra-se o precipício. De resto, hoje e nos próximos dias muita gente irá criticar Cavaco Silva, a esses é perguntar-lhes onde andavam quando um outro presidente deixou abaixo um outro governo suportado por uma maioria absoluta na Assembleia da República.

A aliança que nunca imaginei possível (e Cavaco também não)

Com acordo escrito entre PS, BE e PCP que desse garantias de estabilidade governativa para toda a legislatura, na minha modesta opinião, Costa devia ser imediatamente indigitado. Sem acordo escrito, tem de ser sujeito à necessidade de derrubar o governo formado por quem teve mais votos e conquistou mais deputados nas eleições. O importante é responsabilizar formalmente e inequivocamente Costa e o PS por qualquer solução que, dos resultados eleitorais, ponha o partido menos votado a governar. A partir dai, PSD e CDS só têm de aceitar tal resultado e assumirem o seu papel de partidos na oposição. Até porque seria inadmissível um governo de gestão. O Cavaco que para tudo avisou, só não imaginou que do resultado das legislativas poderia formar-se uma aliança contra a qual daria imenso jeito ter um Presidente com capacidade para ameaçar com a convocação de eleições antecipadas. Para o PS, com essa ameaça em cima da mesa, teria sido ainda mais difícil avançar para esta aliança improvável e de enorme risco com a extrema-esquerda.

Um regime de segurança social especial para políticos do governo PàF

A situação seria sempre vergonhosa, mas por ser visível sobretudo no ministério em que o é torna tudo ainda mais vergonhoso. Recorde-se, aliás, que esse ministério já tinha dado que falar. Longe vai o tempo em que alguém disse «não iremos substituir os boys do PS pelos do PSD». Verdade, há boys do PS que foram subsitituídos por boys do CDS, uma consequência do partido centrista ter entrado definitivamente no «arco da governação». Mas noto, com curiosidade, que nesta campanha eleitoral muito pouco se falou sobre boys. Em todos os partidos há gente séria e gente menos séria, mas a ausência de um discurso forte contra os boys significa que a malta séria desistiu de lutar contra este estado de coisas? Talvez. Sabem também que entre o eleitorado já ninguém lhes leva a sério.

O governo mais reformista de sempre

A quantidade de chumbos do Tribunal Constitucional que o governo e a maioria parlamentar da legislatura que agora acaba tiveram de enfrentar é a prova provada de que esta legislatura foi, por larga distância, a que mais tentou reformar o país desde 1974. Estes últimos quatro anos alteraram muitos dos pressupostos com que o país, desde essa data, tinha-se habituado a funcionar. Ao país dos direitos adquiridos, da falta de exigência para com o funcionalismo público, do sindicalismo que tudo bloqueava, ia-lhe dando uma apoplexia. Não se mudou tudo, mas alguma coisa mudou. E se não mudou mais sabemos bem porquê, não tendo sido certamente por falta de tentativa. Nesse sentido, cada chumbo do Tribunal Constitucional, acaba sendo uma medalha de mérito para o governo que agora cessa funções. Mérito de quem ousou alterar o quadro funcional de um país disfuncional.

Força, força, companheiro Costa, nós seremos a muralha de aço

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Aximage

 

Como previsível, na primeira sondagem que vejo sobre o tema, é inegável a vontade maioritária por uma solução que permita à força vencedora das eleições continuar no governo. Mas há mais: «Por fim, a Aximage quis saber qual a opinião dos eleitores em relação àquilo que deve fazer António Costa e o PS no caso de Cavaco Silva nomear Passos Coelho primeiro-ministro de um Governo minoritário PSD/CDS. Sabendo-se que o BE e a CDU apresentarão moções de rejeição se verificado tal cenário, 63,7% dos inquiridos defendem que os socialistas deveriam abster-se, viabilizando assim o Executivo, enquanto 29,8% acham que o PS deveria votar contra, o que resultaria na queda do Governo». O cerco vai-se apertando, companheiro Costa.

A tradição

Porquê que a tradição importa na altura de escolher quem deve formar governo? Por questão de previsibilidade. É evidente que boa parte do eleitorado não imaginava que os resultados eleitorais que ocorreram pudessem originar um governo de esquerda que resultasse de entendimento entre PS, BE e PCP. Podem dar a volta que quiserem ao tópico que esta minha observação é inegável. Nós não somos nórdicos, nem a tradição de compromisso dos nossos partidos é igual à dos partidos nórdicos. Alguma evolução nessa matéria é bem-vinda, mas a ruptura completa com a tradição é outra coisa completamente distinta (e que devia, pelo menos, ter sido muito bem sinalizada antes das eleições e não no dia após as mesmas). Sabendo isto, alguns, incluindo com graça o camarada Porfírio, apontam para uma notícia do Expresso que sugeria isso mesmo, mas essa mesma capa não resultou de declarações de António Costa e este foi frequentemente questionado directamente sobre se tentaria formar um governo com as forças à sua esquerda e chutou sempre para canto. Muito eleitor socialista tem vindo a dar conta disso mesmo, sentindo-se enganado. Aliás, tenho como certo que se fizerem uma sondagem onde perguntem aos portugueses se «perante os resultados eleitorais verificados, prefere um governo que resulte de um qualquer entendimento entre o PSD+CDS+PS ou um outro entre PS+PCP+BE?», a preferência tenderia a cair para o governo liderado para a opção de governo que incluísse a força que ganhou as eleições (da minha parte, continuo à espera de uma sondagem do género). Note-se que basta cerca de 1/3 dos eleitores do PS preferirem a solução favorável ao governo PSD/CDS do que à do governo PS com apoio do BE/PCP para a primeira solução ficar com maioria absoluta no seguimento dos resultados eleitorais de 4 de Outubro. O PS não pode deixar de saber isto e é por isso que se levar a ideia do «governo de esquerda» adiante entra logo com o pé esquerdo e tem tudo para correr mal. Muito mal. A sua legitimidade será sempre questionada; não gozará de estado de graça; a conciliação do programa do PS com as propostas do BE e do PCP, que terão de ser enquadradas no Tratado Orçamental, provocarão enorme desgaste; e a coligação PSD/CDS que era suposto ir para o governo, ficando dependente da boa vontade do PS, a fritar em «lume brando», para usar a expressão de Alberto João Jardim, ficará de fora a assistir e a combater esse governo vermelho com enorme gozo. Sabendo que, com elevada probabilidade, não demoraria muito tempo a voltar ao poder com maioria absoluta renovada. Ou como Catarina "Pirro" Martins, com evidente excitação, declarou ontem: «O governo de Passos e Portas acabou hoje». Para voltar mais forte amanhã?

«Go ahead, make my day»

O BE joga ao ataque e decreta o fim do governo de Passos e Portas. Aumentando as expectativas e preparando-se para enterrar Costa e o PS caso estas não sejam cumpridas. Catarina fala com a autoridade de quem já manda no PS e tem o partido de Costa na sua mão. PSD/CDS esperaram pelo fim da reunião para dar as primeiras migalhas a Costa. No PS, ensaia-se o discurso de que o PSD/CDS até já aceitam governar com o programa do PS, narrativa de recuo táctico que dará muito jeito para justificar a não formação do governo de esquerda. Afinal, é preciso referendar o governo de esquerda? Outro sinal de fuga em frente e desresponsabilização da lideranda de Costa. Isto tem tudo para acabar em beleza. Do meu ponto de vista, a posição de PSD/CDS para com este PS costista e a sua ideia de um governo dependente do BE e do PCP devia ser aquilo a que chamaria a posição Dirty Harry. Imaginem só: pelo que vem nas notícias, BE e PCP mais não aceitam do que pôr Costa a governar sozinho em minoria. Ou seja, teríamos a força menos votada nas eleições a governar, enquanto a força mais votada, inclusive o partido que ficará com o maior grupo parlamentar, ficaria na oposição. Para isto, Costa teria de ter e dar garantias explícitas a Cavaco Silva e ao povo português de que um governo destes aguentaria até ao final da legislatura e, verificando-se à posterior outra coisa que não esta, ele e o PS teriam de assumir total responsabilidade pela opção irresponsável que tomaram. Não me parece que estrategicamente, para a direita e tendo em conta os resultados eleitorais, fosse má opção levar Costa a ir a jogo desta forma. Entretanto, um pormenor delicioso sobre o que faz alguns à direita tremerem de medo: «Ou seja, confrontados com a possibilidade de chegar ao governo, muitos socialistas não quererão pôr de lado essa hipótese. “A clientela é muito grande”, aponta-se do lado da coligação onde ganha adeptos a teoria de que Costa pode não estar a fazer bluff». Ou como a clientela do PSD/CDS treme por saber que a clientela do PS pensa como eles.

Da instabilidade governativa

Passos Coelho, com elevada probabilidade, vai ser mais outro primeiro-ministro que ficará a saber o que é não levar uma legislatura até ao fim (se conseguir aguentar esta legislatura até ao fim, o feito será bastante maior do que o de ter, também pela primeira vez, levado uma coligação até ao final da legislatura). Desde 1974, todos os primeiros-ministros que tivemos souberam o que é isso. E, pelos vistos, nenhum partido sente a necessidade de mudar o sistema eleitoral.

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