We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
A Ryanair lucra certamente. Tão certo quanto, pela primeira vez de que me recorde, ter acabado de passar um spot publicitário à companhia irlandesa na RTP em horário de telejornal. Mas, ok, ainda no outro dia ouvi um gajo no Prós & Contras a chamar a TAP de monopólio natural. Esta ideia de que para além da TAP só existe o vazio é das noções mais ridículas que pode existir. Ou a TAP se adapta aos tempos modernos, ou morre. E se há algum tempo, neste país que é Portugal, isso poderia parecer surreal, depois do que aconteceu nos últimos anos, só alguém muito distraído pode manter essa noção desfocada das coisas.
As greves gerais servem sempre para mostrar o único país que interessa para os meios de comunicação social: o país que vive do e para o Estado e o país das grandes zonas urbanas, sobretudo Lisboa logo seguida do Porto. O resto é paisagem. O país parou? Para quem vive fechado numa redoma e afastado da realidade, talvez tenha parado. No sector privado, foi um dia praticamente igual a todos os outros. É assim desde que há greves "gerais", esta não foi excepção.
Quando alguma empresa privada de média/grande dimensão passa por dificuldades ou fica sobredimensionada e os seus gestores adoptam um plano de reestruturação que passa por uma redução do pessoal, como acham que se sentem os trabalhadores dessa empresa? Sentem exactamente o mesmo que estão sentindo muitos professores e demais funcionários públicos. Contudo, nem por isso avançam para greves. Pelo contrário, muitos sentem igualmente a necessidade de esforçarem-se por fazer mais e melhor de forma a não irem parar ao lado dos dispensáveis. É esta, e não outra, a forma que existe no sector privado para um trabalhador «lutar pelo seu emprego». No sector público nada disto se passa assim e não é preciso grande capacidade de raciocínio para perceber o porquê de assim ser (tentarei voltar ao tema). Também por isto, aquela conversa da treta da equidade entre público e privado esteve tão mal colocada. Não é possível querer pôr no mesmo tabuleiro o que é necessariamente diferente.
Muito poderia ser dito sobre o porquê de um ex-primeiro-ministro como José Sócrates não dever regressar com tanta pressa ao palco mediático e logo para um programa semanal de comentário à actualidade política nacional - refiro-me, inclusive, ao ponto de vista do que deveriam ser os interesses do próprio -, mas, de tudo o que poderia ser dito, nada bateria isto: «Greve dos professores é justificada». Há muita gente que acha, em alguns aspectos certamente com razão, que as linhas orientadoras da actual governação são puro nonsense, mas neste filme sem sentido que se desenrola em Portugal, sendo certo que no seu caso agora numa dimensão que não afecta em grande medida a vida das pessoas e, portanto, na qualidade de ser inofensivo - o que retira-lhe importância, mas não lhe dá mais sentido -, nada bate em nonsense aquilo que se desenrola todos os domingos no comentário político do engenheiro animal feroz.
A hipocrisia do PSD, do PS e do CDS nesta questão dos professores e da reforma da educação. O PS finge que não esteve em guerra com os professores e o sr. Nogueira há não muito tempo, fazendo exactamente o mesmo que o actual Governo agora faz (felizmente para o PS, no seu tempo, tinha uma "justiça" mais colaborativa). Por outro lado, o PSD e o CDS fazem-se esquecidos do aproveitamento político que fizeram da luta do sr. Nogueira para o combate ao animal feroz. Estes políticos medíocres que não conseguem olhar além dos interesses imediatos são, pura e simplesmente, uma vergonha.
No direito à greve fala-se sempre da relação de forças entre o patrão e o trabalhador. Infelizmente, quando é uma greve contra o patrão-Estado, como são quase todas neste miserável país, sempre em sectores onde o Estado, não por acaso, é praticamente monopolista, é pena que ao contribuinte, esse ser desprezado e afastado do centro da vida política nacional, também não seja dado o direito de fazer greve ao pagamento dos impostos.
Ainda que o número de professores actual fosse óptimo, há uma coisa que quem conhece os meandros do sistema, quanto mais não seja na qualidade de aluno ou ex-aluno, sabe perfeitamente: há professores que merecem ser despedidos para serem substituidos por outros com mais apetência e gosto pelo ensino. E quando digo que há professores nestas condições não falo de uma minoria insignificante.