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Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Mr. Brown

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Do radicalismo ideológico que tomou conta da Europa

Há quem queira fazer da crise na zona Euro um problema da direita neoliberal que governa a Europa, dando uma dimensão sobretudo ideológica à crise. Para além de Merkel, Schauble e Juncker, talvez os maiores rostos dessa direita neoliberal, radical e austeritária que tem governado a Europa, do ponto de vista português, tenham sido numa primeira fase o senhor Olli Rehn e agora o senhor Jeroen Dijsselbloem. Contudo, o primeiro é centrista e o segundo é socialista. Isso mesmo: o senhor Dijsselbloem, que tão mal tratado foi pelo senhor Varoufakis, se ambos concorressem e fossem eleitos para o Parlamento Europeu, teria um lugar no mesmo grupo político que o deputado Galamba. Deriva ideológica? Só no PS. Qualquer dia passam a fazer parte do Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Nórdica Verde, onde poderão fazer companhia aos deputados do PCP e do BE (e do Syriza e do Podemos).

Da ilusão que resta

Sim, PS e PSD são diferentes, mas conseguem aplicar política muito diferente? Independentemente dos méritos de uma ou de outra abordagem, a verdade é que uma política keynesiana só é possível e fará algum sentido se aplicada no contexto global do Euro, ou seja, se o Eurogrupo e sobretudo a Alemanha aderirem a ela (a Alemanha teria mesmo de funcionar como o principal motor de uma tal política). E essa é e tem sido a grande dificuldade dos governos de esquerda da zona Euro. Entenda-se: mesmo quem acredita nesse tipo de abordagem, desde que compreenda minimamente as implicações e limitações da união económica e monetária, sabe que o prosseguimento de uma tal política de forma unilateral por um dos membros é uma irresponsabilidade. Ainda mais irresponsável se seguida por um país fragilizado e periférico como Portugal. Nesse sentido, nem há «duas estratégias para a prosperidade de Portugal»; nem há «duas grandes alternativas que poderemos escolher nas eleições no Outono». Há apenas ilusão. E a campanha será alimentada disso mesmo, por mágicos, comediantes e artistas de circo. O Costa hoje até abriu o show com actividade circense.

Pragmatismo vs ideologia

Em 2011, Assis concorreu contra Seguro na disputa interna pela liderança do partido. O primeiro obteve cerca de 30% dos votos e contava entre os seus apoiantes com boa parte do poder que à altura estava instalado no PS: o socratismo. A claque socrática nos meios de comunicação social delirava com Assis, homem que tinha sido chamado à liderança da bancada parlamentar do PS, por Sócrates, no seguimento das legislativas de 2009, pois era reconhecida, há muito tempo, a sua capacidade para estabelecer pontes com a direita (coisa de que o Governo socrático iria necessitar dado contar com apoio minoritário na AR). Nessa disputa, Tozé Seguro, por outro lado, era visto como estando mais alinhado com a ala à esquerda do partido. Três anos volvidos, não deixa de ser interessante ver Assis a ser colado a Seguro e ostracizado por aqueles que antes eram seus adeptos fervorosos. O que terá mudado? Assis não foi de certeza, pois contínua igual a si próprio. Permitam-me então constatar que o "novo" alinhamento do PS não é questão ideológica, mas mero desejo de poder e da estratégia traçada para o obter. A batalha à esquerda do PS revela-se muito mais complicada e problemática para o partido do que a batalha à sua direita, onde um governo apoiado por PSD e CDS encontra-se desacreditado junto de boa parte do eleitorado do centro. Partidos de poder é assim: têm de ter esta capacidade camaleónica para se adequarem às circunstâncias do tempo. O camaleão muda de cor para iludir. O que ontem era uma coisa, hoje é o seu contrário. Politics as usual.

Do retrocesso

Se o PCP queria nacionalizar a ES Saúde, o BE não se deixa ficar e quer nacionalizar a PT. Ainda assim, se me permitem a recomendação, olhando para o valor superior actual da sua principal concorrente, não seria melhor nacionalizar a NOS? Ou podemos matar dois coelhos de uma cajadada e nacionalizar logo ambas. Um dia seria bonito ver o PS a governar em coligação com esta gente. Ó se seria.

Imaginem

Pondo de lado o estilo, que é muito diferente - o outro era mais feroz, estes são mais bananas -, imaginem por um momento que quem nos governa desde 2011 chama-se José Sócrates e aplicou precisamente as mesmas medidas que foram aplicadas nos últimos três anos. Não custa admitir que, perante isso, de há muito a esta parte teríamos a direita em peso a pedir uma revolução; a queda do Governo; o que fosse necessário para correr com Sócrates do poder. Mesmo que não fosse Sócrates, para mais facilmente ignorar o estilo, pensemos num tipo como Seguro como PM deste país a aplicar precisamente as mesmas medidas que aplicaram Passos e Portas (o que, mais TC, menos TC, seria totalmente plausível). A mesma coisa: a direita, em uníssono, não se cansaria de chamar banana a Seguro e estaria a exigir a sua cabeça a Cavaco Silva. Feito este exercício, confesso que tenho alguma dificuldade em perceber o que levará alguém de direita a ir votar nos partidos deste Governo nas próximas eleições legislativas. Mas isso deve ser problema meu, que tendo a validar a eficácia e eficiência de um Governo mais pelo que efectivamente faz do que pelas intenções manifestadas (não vou ao ponto de achar que, no plano das intenções, não existiriam motivos para a direita preferir o PSD e/ou o CDS ao PS, mas a coisa restringe-se demasiado ao plano das intenções). Entretanto, consta que o governo mais liberal da história de Portugal, depois de proceder ao maior aumento fiscal de que há memória, prepara-se para tornar a subir o IVA. Se o neoliberalismo é isto, quero de volta o socialismo moderado.

Democracia, para que serves?

Seguro, em plena campanha eleitoral para as europeias, prometeu que sendo ele primeiro-ministro não aumentaria a carga fiscal. Nunca explicou se tal promessa (até tinham as contas feitas e tal) dependia ou não de decisões que viessem a ser tomadas pelo Tribunal Constitucional. A bem da verdade, não precisava, todos percebemos que o discurso não era para levar a sério. Demitisse-se o Governo agora e tendo de ser Seguro e o seu PS a elaborar o próximo OE, o que acham que aconteceria à carga fiscal depois destas decisões do TC e de outras que ainda podem estar na calha? Perante isto, estranha-se a felicidade de alguns no PS com as decisões que o TC tem vindo a tomar: ou são hipócritas no discurso ou ignorantes. Não sei qual das duas a melhor hipótese, mas suspeito que estejam sobretudo satisfeitos porque contam que ainda seja o actual Governo a ter de lidar com as principais consequências da batata quente. Mas há mais: em Portugal a memória é fraca, pois andam todos esquecidos que na campanha das legislativas os três partidos do arco da governação, PS de Sócrates incluído, prometeram que fariam a consolidação orçamental essencialmente pelo lado da despesa. Repito: Partido Socialista incluído. Repito: Sócrates. No PS a promessa era até consubstanciada pelo Orçamento para 2011, elaborado em momento pré-troika, onde já estavam incluídos cortes significativos nos salários da função pública (isto faz com que da liderança bicéfala não oficial do PS, o pior lado no que toca à hipocrisia seja definitivamente aquele que está em massa com Costa, diga-se). O TC tem vindo a bloquear, a cada decisão que toma com maior intensidade, esse caminho, forçando uma consolidação orçamental essencialmente pelo lado da receita e contribuindo com isto para a diminuição significativa do menu de opções políticas disponíveis que podem ser apresentadas ao eleitorado por cada partido político. A somar a todas as outras limitações com que nos deparamos, a qualquer altura começa a fazer sentido a pergunta: democracia, para que serves?

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