De Angola, nem bom vento, nem bom casamento
Ou como a Isabelinha não é uma boa parceira.
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Ou como a Isabelinha não é uma boa parceira.
Claro que «não é normal». Mas a princesa angolana insiste em tratar Portugal como se de uma República das Bananas se tratasse.
O homem que, entre outras coisas, renegociou os termos da fusão da PT/Oi diz agora que a fusão deve ser revertida. Parte da explicação para a mudança inesperada de opinião é a de que o homem sente-se «encornado» novamente. É preciso ter uma enorme lata, mas serve também como recordação de que esta gente ainda não se dá por derrotada. Perderam a ilusão sobre o antigo el dorado que ficava algures entre o Espírito Santo e o Brasil, mas logo procuraram refúgio nos braços da Isabelinha (estes el dorados são sempre vendidos numa lógica de interesse nacional quando, quanto muito, são verdadeiros el dorados, sim, mas sobretudo para as personalidades que os defendem, que têm muito a ganhar com a concentração de poder em determinados círculos aos quais pertencem ou são próximos). Ainda ontem à noite, na SICN, um tal de Todo Bom indicava que o novo caminho do el dorado para a PT passava por Angola. Ele tinha esperança no dinheiro da princesa angolana. Também tenho, a de que a «queda do Grupo Espírito Santo [seja] mais importante do que reformas da troika» e não mera oportunidade para reforçar o capitalismo clientelar com mudança de algumas moscas.
Declarações que não me espantam, atendendo a isto. Ou outro com pés de barro para quem a manutenção de um certo statu quo importa defender. A propósito, acrescente-se que de todos os interessados na compra do Novo Banco conhecidos, a ideia de ser o BPI o vencedor do processo é, de longe, a que me parece mais negativa. Quer pelo que representa de maior concentração num mercado já de si muito concentrado, quer porque questiono-me como é que um banco que ainda há pouco tempo precisou de recorrer a dinheiro do Estado, agora está em condições de entrar num tal negócio.
Afinal, não somos uma República das Bananas (por isto mais isto).
Isabel dos Santos, uma das proprietárias da NOS, quer ter direito de veto sobre a venda da principal concorrente da NOS, a PT (via participação da PT SGPS na Oi). A empresária angolana a actuar no mercado português como se fossemos uma República das bananas.