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Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Mr. Brown

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Com serviços regulados destes, para quê a Uber?

A proposta: apanhar táxi no aeroporto com valor fixo de 20 euros a pagar, seja para uma distância de um quilómetro ou de 14. A quem serve: o presidente da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários em Automóveis (ANTRAL) explica que esta proposta só servirá para defender os interesses do «consumidor». E deve ter dito isto sem se rir, o que é o mais espantoso. Mas percebem porquê que esta malta gosta de ser "regulada"?

O lóbi do sector energético

Foi-nos prometida a mudança. É sempre prometida a mudança. Mas no Portugal de hoje há interesses que continuam a movimentar-se tão bem, sem qualquer oposição que se veja, como no Portugal de ontem. No sector eléctico, por exemplo, vimos agora a descobrir que o pai do secretário de Estado da Energia é consultor da EDP desde 2013, garantia de que a este senhor secretário nao lhe acontece o que aconteceu ao anterior. Já no sector dos combustíveis, de forma brilhante, diga-se, aprovaram esta maravilha que deve acabar por servir de bónus às principais petrolíferas. Ou isso, ou então sou eu que não faço ideia de como se processa a formação do preço no mercado em causa.

Estão de volta

Região Centro quer aeroporto e aponta vantagens da base aérea de Monte Real. Basta ouvir falar em cofres cheios que aparece logo a malta do costume a pedir o mesmo de sempre. Diga-se que estes são os mesmos do lóbi pelo aeroporto da OTA e escusado será dizer que ter 3 aeroportos numa faixa de 300 kms seria, no mínimo, ridículo. Mas Beja também era e nem por isso deixamos de fazer lá um aeroporto.

Relvas melhor que Maduro

A RTP devia ter sido privatizada. Não o foi porque o lóbi dos restantes operadores privados ganhou a batalha. Assim sendo e mantendo-se a estação propriedade pública, parece-me óbvio que o contribuinte fica melhor defendido com uma empresa que lute pelas audiências com os restantes canais privados. Mais, tenho Alberto Ponte como um gestor competente e imagino várias razões para a RTP pretender ficar com a Champions, produto apetecível num país onde o futebol é o que mais rende nas tvs. E digo mais: com tanta tralha onde a RTP gasta dinheiro, porquê este levantamento nacionalgovernamental contra a compra da Champions? Será que é porque volta a tocar no lóbi dos outros operadores privados? Só me resta afirmar que o Relvas era melhor do que este Maduro. E se o Governo queria vestir a pele de cordeiro e dar a entender que não interfere na gestão da RTP, então que tivesse ficado calado.

Ainda que indirectamente

É claro que penaliza. Logo a começar porque a reforma do IRS foi viabilizada a partir da subida de outras taxas e contribuições (garantindo a neutralidade fiscal no âmbito global). Agravamento de taxas e contribuições que não serão apenas suportada por aqueles que beneficiam da introdução do novo quociente familiar, não é? O senhor Paulo "chico-esperto" Núncio toma os outros por parvos?

Os tentáculos dos Espírito Santo

Tem alguns floreados jornalísticos que preferia que tivessem sido evitados, mas no global é muito boa e elucidativa esta peça do Público: Crónica do fim do império: Ascensão e queda dos Espírito Santo. E, ainda assim, faltam algumas histórias interessantes e reveladoras. Por exemplo, o dr. Manuel Pinho até para a nossa candidatura à Ryder Cup escolheu a Comporta.

Antes que se faça tarde

O Governo, à medida que se aproxima o final da legislatura, prepara-se para aprovar uma série de medidas que visam agradar os grupos de interesses que rodeiam os dois partidos da coligação. Depois do lóbi verde próximo do PSD; agora é o lóbi das famílias numerosas próximo do CDS. Sobre o último caso, já expressei a minha opinião aqui. Coragem para de forma directa e transparente passarem a dar abonos de família a gente que ganha muito bem - de forma a que todo o eleitorado compreendesse perfeitamente o que está em cima da mesa -, não há. Não suporto esta gente, nem esta forma de actuação pela calada.

O lóbi verde

É pegar no relatório e deitá-lo para o lixo. Não há pachorra para o lóbi verde do dr. Moreira da Silva, mais o dr. Vasconcelos, líder do grupo que estudou esta treta da «fiscalidade verde» e que, não por acaso, é presidente de uma empresa que opera no sector das energias renováveis, o que diz tudo o que é preciso saber sobre a sua parcialidade e ponderação na análise dos efeitos das medidas apresentadas. Muito mais do que no caso dos swaps, suspeito que é aqui que reside o calcanhar de aquiles da actual ministra das finanças: sendo esta uma questão essencilamente de fiscalidade, a ministra devia ter a palavra decisiva e deixar o ministro do ambiente a falar sozinho. Mas terá  esta ministra poder para se opor à influência de Moreira da Silva? Quererá a ministra sequer opor-se? O ministro tiranete verde parece estar convencido de que, se depender da ministra, tem caminho aberto para fazer o que bem lhe apetece. Que o CDS sirva para alguma coisa.

O bolo, os lobos e as alcateias

Outra coisa que se constatou ontem no Prós & Contras é que já temos todos os lobos da democracia portuguesa, novamente, a babarem-se pelo aumento da parte do bolo que lhes cabe em sorte. O dr. Pires de Lima, então, queria dar aparência de mãos largas: por desejo dele, dava tudo a todos, mas, coitado, em alguns casos não pode, noutros não lhe deixam. Um queriducho este Pires de Lima. O Governo agora quer é esbanjar antes das eleições. Os lobos excitam-se, agitam-se, aproveitam. E só as alcateiasque têm acesso à comunicação social para chorar é que irão mamar alguma coisinha. Os bastonários, os sindicatos, as associações, os funcionários públicos, os pensionistas. Já o contribuinte individualmente considerado, não fazendo parte de nenhuma destas alcateias, está tramado. Enfim, no final do Prós & Contas a ideia que ficou no ar foi a de que se estamos num tempo em que a troika até pode estar prestes a se ir embora, não tardará a regressar.

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