Promover o nome Espírito Santo com o dinheiro público
Independentemente de outras considerações: e mudar imediatamente o nome à fundação, não?
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Independentemente de outras considerações: e mudar imediatamente o nome à fundação, não?
António Costa lembra que diminuiu a dívida da Câmara de Lisboa. Pudera: Estado assume 43% da dívida da Câmara de Lisboa.
O homem co-responsável pelo maior aumento da carga fiscal que os portugueses conheceram numa só legislatura está muito preocupado com as taxinhas do dr. Costa? Tem a sua graça, mas percebe-se: está com medo que Costa assim que se apanhe no Governo insista em bater o recorde do actual executivo (e, enfim, reconheça-se que o orçamento da Câmara de Lisboa tem um simbolismo tremendo no que toca a perspectivar o que ai virá no OE2016). Mais interessante é a posição do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, que usou precisamente os mesmos termos de Portas: taxas turísticas exigem «prudência infinita [...] para não matar a galinha dos ovos de ouro» [leiam a notícia, um senhor qualquer do BE até já propõe «uma taxa sobre multibancos quando estes ocupam espaço público»]. Mas compreende-se a prudência aconselhada por Rui Moreira, não vá a Câmara da Maia de lembrar-se de lançar um imposto sobre as chegadas ao aeroporto do Porto que ocupa o seu concelho, prejudicando com isso a cidade do Porto, sem que esta tire qualquer proveito disso para o seu orçamento (o que remete para a situação de concelhos turísiticos à volta de Lisboa como Sintra e Cascais: se, ao menos, Sócrates e Lino tivessem levado a sua avante com o aeroporto da OTA lá se ia a nova galinha dos ovos de ouro de Lisboa). Entretanto, já há quem diga que Costa governa contra a constituição (isto é que não pode ser!!!, assim, com três pontinhos de exclamação como aprendi com Costa). O ministro Moreira "Verde" da Silva, por outro lado, vendo tanto defensor com unhas e dentes das taxinhas do dr. Costa (que, por milagre, de pequeninas, aparentemente não produzem qualquer efeito nefasto na economia ao mesmo tempo que enchem os cofres da autarquia lisboeta: se isto não é uma medida obra de um messias, qual será?), deve estar a lamentar não ter levado a sua posição adiante. Da minha parte, com tudo isto, só me lembro de citar Soares, do tempo em que sabia-a toda: «Pedi que com imaginação e capacidade criadora o Ministério das Finanças criasse um novo tipo de receitas, daí surgiram estes novos impostos». Dos economistas do dr. Costa, que entretanto e, no caso concreto, felizmente, já deixou cair a promessa da descida do IVA da resturação do drº Seguro (o historial passado é para assumir, mas isso só valia para Seguro em relação a Sócrates), espera-se criatividade sem limites.
No entanto, até esta segunda-feira, a Câmara de Lisboa era a única do país sem orçamento definido.
De 1989 até hoje, Lisboa teve cinco presidentes de câmara. Um deles (Sampaio) acabou Presidente da República, outro (Santana) primeiro-ministro e o último, António Costa, primeiro-ministro será e mais logo se verá. O país é Lisboa e o resto... bem, o resto é paisagem.
Uma das chatices para o dr. Costa que advém deste prolongamento da disputa interna no PS é deixá-lo exposto noutros flancos. Os trabalhadores do lixo de Lisboa perceberam-no imediatamente e qual grevista do metro de São Paulo em tempo de mundial de futebol, voltaram a colocar a greve à recolha do lixo na capital nos noticiários. O messias, sentindo que a fé podia ser posta em causa, não hesitou. Tirou da cartola o coelho favorito de todo o político medíocre: atirou dinheiro para cima do problema e cedeu aos grevistas. Mais do mesmo.
O PS deve orgulhar-se da "visão estratégica" de António Guterres e "do impulso reformista" de José Sócrates, defendeu, esta sexta-feira, no Porto, António Costa. Com a visão do primeiro acabamos por nos tornar o primeiro país do Euro a entrar em procedimento por défice excessivo; com o impulso do segundo acabamos a chamar a troika; dois brilhantes cartões de visita. Mas o messias fez parte dos governos de ambos, pelo que não lhe resta outra hipótese que não apresentar-se orgulhoso do trabalho realizado. Nem assim, aposto, deixará de querer copiar Seguro e apresentar-se como o rosto da mudança. Contudo, como é por demais evidente, António Costa não deixa de ser outro rosto do passado que é mais do mesmo. É melhor que Seguro? Sim, mas nem por isso deixa de ser, evidentemente, mais do mesmo. Até no facto de ser mais um daqueles que não tem vida que se conheça fora do seu partido. Mas fez e faz parte dos círculos elitistas lisboetas que contam e isso é o que basta para ter boa imprensa, num país onde a comunicação social está toda centralizada em Lisboa (e onde o irmão de Costa é director do jornal do regime). É o homem certo para o país que não quer mudar.
Nem se percebe a que propósito é candidato: «pessoas que nas questões essenciais pensam da mesma maneira». Perante este discurso afectuoso, bem podia António Costa arranjar um lugarzinho a Seara na Comissão de Honra da candidatura Juntos Fazemos Lisboa. Ele fez por merecer.
E a pagá-los também? Agora, se a ideia é ter todo o país a subsidiar/pagar os transportes de algumas câmaras, incluindo e especialmente a do dr. Costa, enquanto o dr. Costa gere os transportes públicos, o que ele quer sei eu, mas toma lá disto:
É preciso «pôr a construção a mexer» e o resto são pormenores.