We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
Afinal, não era dia para celebrar vida nova na Madeira, mas antes para uma brincadeira de carnaval: PSD mantém a maioria absoluta. Podiam ter deixado esta confusão toda para o dia de amanhã que ao menos, assim, a coisa ainda passava por mentira de dia 1 de Abril.
Esta era a sodangem mais recente para a Madeira. Comparar com o resultado final, onde a coligação em que o PS se inseria obteve uma votação muito menor e o movimento Juntos pelo Povo (JPP), pelo contrário, obteve um resultado muito mais favorável, dá uma ideia daquilo que o PS pode esperar para as legislativas. Como, aliás, o resultado das europeias e o fenómeno Marinho Pinto já tinham dado a entender.
2. A confirmarem-se os resultados, o PSD ganha a maioria absoluta à rasca. Fica com 24 deputados num Parlamento de 47. Vai continuar a governar sem, pelo menos, um parceiro que o fiscalize. Mau.
3. Depois do resultado de 2011, este era o ano para o CDS tirar a maioria absoluta ao PSD. Não sei o que correu mal na estratégia do partido nos últimos anos, mas não tirou e perdeu votos. Falhanço absoluto.
4. O PS meteu-se numa coligação macabra e acaba por ser o maior derrotado da noite. Mais do que asneira do PS, atrevia-me a dizer que o maior erro foi dos outros parceiros de coligação. Sobretudo de José Manuel Coelho: não percebeu que coligado com o PS o seu peso eleitoral aproximava-se de zero.
5. Para tirar António Costa de qualquer fotografia - aqui num aperto de mão ao parceiro de coligação local -, o PS nacional ensaia a defesa da autonomia do PS-Madeira, já no twitter culpa-se Seguro: parece que o candidato foi escolha dele. Curioso, porque ainda sou do tempo em que Seguro era criticado por pretender dissociar-se do legado socrático.
6. A oposição ao Governo levada a cabo por JPP na Quadratura contínua a dar frutos. Até na Madeira. Mais um pouco e relegava o PS, ainda para mais coligado, para quarta força na região [sim, sim, bem sei que o movimento Juntos pelo Povo que concorreu na Madeira não tem nada a ver com o José Pacheco Pereira]
7. Note-se que os votos nulos subiram (de 1,91% em 2011 para 3,40% agora) numa proporção muito superior à dos votos em branco (de 0,74% para 0,87%), provavelmente por efeito desta situação vergonhosa. Dada a margem da maioria absoluta do PSD é possível especular se a não inclusão do PDR nos boletins de votos não poderia ter efeito nessa mesma maioria absoluta.
Açores sentem-se discriminados em relação à Madeira. Faça-se um programa de ajustamento específico para os Açores, com aumento do IVA e outras coisas tais. Aliás, já estou a imaginar o que seria se finlandeses e holandeses tivessem a mesma visão sobre o programa da troika para Portugal: os portugueses, prevaricadores, compensados, e eles, cumpridores, ignorados. Enfim, «isto não pode ser assim», diriam. A sério: a coisa parece notícia do Inimigo Público, mas infelizmente não é.
Aqueles que tomam Passos Coelho por um qualquer Marechal Pétain ainda vão fazer de Alberto João Jardim o seu Rick Blaine. Cada um tem os heróis que merece. Jardim e os mais variados socialistas, «I think this is the beginning of a beautiful friendship». Um péssimo e adulterado remake de uma obra magistral.