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Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Mr. Brown

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"Crise humanitária"

Muita gente que fala numa "crise humanitária" na Grécia e que considera que o FMI devia ser tolerante/solidário para com os governantes helénicos por respeito a isso mesmo, fazia bem em dar uma vista de olhos pelos 188 membros do fundo. O que não falta são países na listagem muito mais pobres do que a Grécia e, esses sim, com verdadeiras crises humanitárias. Chamar "crise humanitária" ao que se passa na Grécia é conversa eurocêntrica, de quem se deixa embalar com contos de crianças, e que não faz ideia do que fala. Aliás, a Grécia e o seu governo de extrema-esquerda radical se falharem o pagamento ao FMI até ao final deste mês, entram num clube restrito onde estão neste momento Sudão, Somália e Zimbabué. Que um país rico, para não tocar nas suas pensões ricas, dê o calote a uma instituição mundial a que outros muito mais pobres também recorreram, sem nunca terem falhado com as suas obrigações, só pode ficar mal na fotografia, por muito que alguns nos queiram convencer do contrário.

Qual a relação entre rendimento e número de filhos?

Mas na verdade o debate centrou-se nas acusações da oposição aos partidos que sustentam a maioria de que a quebra de natalidade se deve às políticas do Governo, que empobreceram os portugueses. Se o empobrecimento leva à diminuição da natalidade - ou se esse é o principal factor a discutir quanto está em causa este tema -, como explicar esta realidade:

 

por.png

 (daqui)

 

Melhor ainda, assim, com a evolução da fertilidade de 1960 para a frente, com o caso português em evidência:

 

portugal.png

 

À medida que o país enriquecia, a natalidade diminuia (uma situação que é consistente e experienciada por praticamente todos os países do mundo). Mas não deixemos estes factos, cuja interpretação será certamente complexa, estragarem uma boa história. E continuemos entretidos com politiquices.

«A primeira civilização perfeitamente global»

Boa reflexão de Luís Naves. Esta ideia d'«a primeira civilização perfeitamente global» é algo que também tem estado no meu pensamento. Até por motivos pessoais: a quantidade de redes sociais, fóruns e outros espaços na internet que frequento onde interajo com pessoas de todo o mundo, sobre os mais variados assuntos (política; cinema; literatura; música; cultura asiática; muitas vezes, meras banalidades), onde influencio e sou influenciado, para frequentes vezes descobrir que temos os mesmos gostos/ideais e pontos de referência, fazendo isto tudo a partir de um ponto fixo numa pequena cidade portuguesa, é impressionante, até pela facilidade com que esta pequena grande revolução é hoje em dia feita de forma perfeitamente natural. E assim acontece porque à facilidade de comunicação, interacção, informação, junta-se a facilidade do acesso ao consumo de produtos culturais. Podem ser criticados os meios utilizados para tal, mas não há filme que não possa/consiga ver. Não há música que não possa/consiga ouvir. Não há praticamente informação a que não consiga aceder. E disto tudo resulta uma ode à diversidade - pelo menos da minha parte, há uma procura constante pelo que é diferente, pelo que me é estranho -, mas também à união - no sentido em que o que inicialmente era diferente/estranho a partir de um certo ponto deixa de o ser. E embora alguns resultados possíveis deste processo de mudança, como a do «governo mundial» apontado pelo Luís Naves, não me sejam propriamente simpáticos, no sentido em que prefiro lutar pela dispersão e a não concentração do poder em quem quer que seja - luta que contou com uma forte ajuda da globalização nesta fase inicial, mas, também por isso, há um processo político global em curso de contra resposta para promover uma alteração de paradigma dentro da própria globalização (com reforço de acordos multilaterais ou de instituições supranacionais) -, no final disto tudo partilho do optimismo do Luís e acho que só podemos sair deste processo com uma sociedade mundial mais tolerante, mais una e mais pacífica. Como, aliás, já o é em relação ao que foi no passado.

Diferenças salariais e acesso da mulher ao mercado de trabalho

No ténis, há algum tempo que as mulheres conseguiram que os prémios dos principais grand slams fossem equivalentes aos dos seus colegas masculinos. Esforço igual, prémio igual? Nem por isso, nestes torneios, os homens jogam à melhor de cinco sets enquanto as mulheres ficam-se pelo três. O potencial publicitário do ténis masculino também é superior ao do ténis feminino (ainda que a diferença seja muito menor do que é noutros desportos como no futebol), portanto, também não é por aqui que se explica a justiça de um prémio semelhante. A que se devem os prémios semelhantes? É a política, estúpido (as mulheres no ténis conseguiram tornar os prémios diferentes em publicidade negativa para os torneios e, com isso, passaram a beneficiar de discriminação positiva). Vem isto a propósito de um tema muito recorrente nos dias que correm: o das diferenças salariais entre homens e mulheres. Na verdade, mostram inúmeros estudos sobre o assunto, boa parte das diferenças salariais encontradas não se devem à discriminação negativa por parte dos empregadores das trabalhadoras do sexo feminino, mas antes a outras variáveis como o número de horas trabalhadas ou a experiência (controlando estes factores, a diferença salarial diminui consideravelmente). Porquê? A maternidade, por exemplo, mais do que levar algumas mulheres a ausentarem-se do trabalho por um longo perído de tempo - o que também as penalizará sempre -, muitas das vezes tem impacto no número de horas que a mulher consegue posteriormente dedicar ao trabalho nos anos seguintes (não é que elas sejam menos profissionais do que os homens, passam é a ter, de certa forma, duas profissões, coisa que os colegas masculinos, ainda que também tenham filhos, não sentem de igual modo na pele). É também por aqui que se explica que as mulheres sem filhos consigam obter salários superiores aos das suas colegas femininas que são mães. Alguns dirão que este peso da maternidade não é propriamente uma escolha da mulher e pode ser colmatado se as relações entre homens e mulheres e a forma como é encarada a paternidade mudarem? Faz sentido e é legítimo pensar assim, mas também faz sentido e é igualmente legítimo pensar que, até por factores biológicos, a "profissão" de mãe deve e pode ser diferente da "profissão" de pai e não faz particular sentido colocá-las num plano igualitário (pano para mangas, bem sei, mas permitam-me avançar em frente). Nesse sentido, as diferenças salariais terão sempre tendência a manifestar-se (e depois ainda podíamos ir à questão das diferentes opções de carreira profissional pelas quais as mulheres revelam preferência em comparação com os homens e como parte dessas carreiras profissionais implicam menores salários, etc... e teríamos de nos perguntar o porquê de ser assim e já estão a ver onde é que esta conversa ia parar, mais um tópico para passar à frente).

Outro aspecto relacionado com este debate é que é hoje globalmente aceite entre os economistas que uma maior participação da mulher no mercado de trabalho seria benéfica para a promoção do crescimento económico (há não muitos dias, lia na Economist que logo a seguir a uma maior abertura do comércio, este aumento da participação da mulher no mercado de trabalho seria o principal catalisador para um maior crescimento económico, segundo um conjunto significativo de economistas entrevistados). E o FMI, liderado por uma mulher, Christine Lagarde, tem-se esforçado por passar essa ideia, ao mesmo tempo que tenta ajudar os vários governos nacionais a implementá-la. Mas como concliar isso com esta ideia do "peso" que a maternidade pode representar para a mulher e a também muito na moda promoção da natalidade? Está visto que temos caso bicudo. E daqui, deste debate, têm resultado várias iniciativas governamentais que visam discriminar positivamente as mulheres (particularmente, a favorita nos dias que correm, é a das quotas para cargos de topo nas empresas). No Japão, então, um país por natureza muito patriarcal, o Governo está a ir ao ponto de forçar jornadas de trabalho menos longas para os trabalhadores japoneses (em certos casos, contra a vontade manifesta destes), uma vez que estas, pelos motivos acima citados, são particularmente desfavoráveis para a inserção da mulher, que também quer ser mãe, no mercado de trabalho. Certo é que há um processo em marcha, de natureza global, para elevar a mulher a um estatuto que até agora não tem tido - nuns casos com iniciativas que considero muito bem-vindas, noutras que passam por maior intervenção governamental com iniciativas em relação ás quais me oponho -, que acabarão por transformar a sociedade em que vivemos. E, enfim, apesar de discordar da forma como algumas destas mudanças estão a ser implementadas - que passam por usar o poder coercivo do Estado para acelerar processos que de qualquer forma já estão em marcha (mas que por serem forçados coercivamente podem resultar numa situação anti-natural e desequilibrada) -, acredito que no fim a tendência é para acabarmos com uma sociedade melhor do que a que temos hoje. Assim seja.

Muro de Berlim

Na vida, já se sabe, não há almoços grátis. Se quisermos voltar a ter a social-democracia no ocidente teremos que efectuar alterações profundas na ordem mundial: voltar a impor barreiras alfandegárias (impedindo o dumping social) e controlar os mercados de capitias e os offshore. Já o comunismo também só falhou porque tinha o capitalismo do outro lado.

Mundo Novo

 

Com base neste gráfico apenas, que conclusões podemos imediatamente tirar? 1) A última crise foi mais local do que global: a economia mundial não deu mostras de queda significativa do seu crescimento (ainda que antes da crise tenha-se assistido a um pico no crescimento mundial, o que não será alheio ao ajustamento que se seguiu: parte desse crescimento era artificial e devia-se a políticas irrealistas e insustentáveis). Mas note-se que a economia mundial de 1986 até hoje nunca deixou de crescer a mais de 2% ao ano. 2) As economias avançadas desde a década de noventa, com acentuação a partir dos anos 2000, crescem a um ritmo inferior ao da economia mundial, ou seja, tem existido convergência entre estas economias e outras mais pobres, a que não será alheio o factor globalização. E 3) as economias da zona Euro, desde o começo, mesmo desde quando o dinheiro jorrava e não era um problema, têm vindo a ter uma performance inferior à norte-americana.

O radicalismo dos tugas

A Faculdade de Economia da Universidade Católica faz a «promoção obsessiva de um liberalismo económico radical» (em texto de Francisco Seixas da Costa a que cheguei via Rui Albuquerque). Permitam-me explicitar, em gráfico, o radicalismo português, não o da Católica:

 

 

Por isso, por cá, convive-se particularmente mal quando o partido no poder atreve-se a ser um pouco menos social-democrata. Tudo o que passa da social-democracia para o outro lado (direito) é radical. Enfim, radicais são eles. Antes a nossa posição periférica fosse só uma questão geográfica. Entretanto, parece que algumas das nossas faculdades de economia deviam pedir perdão por terem decidido lutar com (e estar entre) as melhores da Europa e ignorar a periferia geográfica e mental que nos caracteriza. Já o Papa, esse, tem demonstrado ser um argentino de gema.

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