We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
António Costa tem uma derrota estrondosa, correu com Seguro porque não bastava «vitórias por poucochinho» e agora quer ficar como líder do partido? Nunca mais me falem do «irrevogável» do Portas.
António Costa nunca poderia debater com Paulo Portas. Portas é número dois da coligação e comparava com Carlos César. Agora, como as sondagens dão a coligação à frente do PS, entre os socialistas (e não só) descobriu-se que é preciso ter em conta que o embate já não é sobretudo entre António Costa e Passos Coelho, mas antes entre o PS e dois partidos distintos, o PSD de Coelho e o CDS de Portas. Por isso, bem vistas as coisas, Costa vai isolado à frente. Se o ridículo matasse.
Enquanto Portas, agora, acusa o PS de ser um partido dominado por ultraliberais de Harvard (continuando a gozar com os socialistas no mesmo tom crítico que estes usaram contra a coligação), o PS volta a pretender ser o Syriza português como se constata aqui e aqui (até porque é preciso ter cuidado com o BE da Catarina «estou a ser a surpresa da campanha» Martins). É o que se chama uma campanha em tons surrealistas. Respirar fundo. São só mais duas semanas disto.
Quando comecei a ver o debate já a coisa ia adiantada, mas os vinte minutos que vi deram para perceber que o debate entre Portas e Ana Lourenço, para quem o líder centrista falava longamente olhos nos olhos, estava animado. Do outro lado, Catarina, com ar jovial, passou boa parte do tempo com um sorriso no rosto, enquanto a moderadora achava-se na obrigação de interromper Portas para fazer o contraditório. No fim, para a jornalista do Expresso, Portas venceu Catarina (não consigo, nem me interessa, fazer essa avaliação), mas aquilo que realmente gostava de saber era: então e entre Portas e Ana Lourenço, quem ganhou o debate?
O homem co-responsável pelo maior aumento da carga fiscal que os portugueses conheceram numa só legislatura está muito preocupado com as taxinhas do dr. Costa? Tem a sua graça, mas percebe-se: está com medo que Costa assim que se apanhe no Governo insista em bater o recorde do actual executivo (e, enfim, reconheça-se que o orçamento da Câmara de Lisboa tem um simbolismo tremendo no que toca a perspectivar o que ai virá no OE2016). Mais interessante é a posição do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, que usou precisamente os mesmos termos de Portas: taxas turísticas exigem «prudência infinita [...] para não matar a galinha dos ovos de ouro» [leiam a notícia, um senhor qualquer do BE até já propõe «uma taxa sobre multibancos quando estes ocupam espaço público»]. Mas compreende-se a prudência aconselhada por Rui Moreira, não vá a Câmara da Maia de lembrar-se de lançar um imposto sobre as chegadas ao aeroporto do Porto que ocupa o seu concelho, prejudicando com isso a cidade do Porto, sem que esta tire qualquer proveito disso para o seu orçamento (o que remete para a situação de concelhos turísiticos à volta de Lisboa como Sintra e Cascais: se, ao menos, Sócrates e Lino tivessem levado a sua avante com o aeroporto da OTA lá se ia a nova galinha dos ovos de ouro de Lisboa). Entretanto, já há quem diga que Costa governa contra a constituição (isto é que não pode ser!!!, assim, com três pontinhos de exclamação como aprendi com Costa). O ministro Moreira "Verde" da Silva, por outro lado, vendo tanto defensor com unhas e dentes das taxinhas do dr. Costa (que, por milagre, de pequeninas, aparentemente não produzem qualquer efeito nefasto na economia ao mesmo tempo que enchem os cofres da autarquia lisboeta: se isto não é uma medida obra de um messias, qual será?), deve estar a lamentar não ter levado a sua posição adiante. Da minha parte, com tudo isto, só me lembro de citar Soares, do tempo em que sabia-a toda: «Pedi que com imaginação e capacidade criadora o Ministério das Finanças criasse um novo tipo de receitas, daí surgiram estes novos impostos». Dos economistas do dr. Costa, que entretanto e, no caso concreto, felizmente, já deixou cair a promessa da descida do IVA da resturação do drº Seguro (o historial passado é para assumir, mas isso só valia para Seguro em relação a Sócrates), espera-se criatividade sem limites.