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Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Mr. Brown

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«Há um desejo que Costa se demita»

Mas calma que Lains tem outra solução: que Passos se demita. Esta gente nem inventada. E depois, se for preciso, ainda vêm dizer que a dupla PSD/CDS é que não percebeu os resultados eleitorais. Igualmente brilhante é o argumento de que o PSD radicalizou quando é o PS que anda a negociar com a extrema-esquerda. É preciso encontrar forma de justificar o injustificável (nota: o PS na campanha usava uma pergunta para atacar a PàF que era aquela do «pode alguém ser quem não é?», curiosamente, a mesma pergunta é perfeita para ser feita aos novos "companheiros" do PS: o BE e o PCP).

Acabar com o teatro, seguir para bingo

Depois da primeira reunião, PSD e CDS deviam logo ter tomado a posição de hoje. Forçar a barra e abdicar do teatro. Mas quiseram mostrar que tinham vontade de negociar com quem está, manifestamente, a tentar jogar um outro jogo. E era ver hoje malta a dizer que PSD/CDS estavam dispostos a tudo para ficar no poder. Não estão, nem têm de estar. De resto, bem no ar sério e grave. Atirar muitas vezes para o ar com as palavras «responsabilidade» e «governabilidade». Lembrar quem ganhou as eleições e qual o programa que reuniu maior apoio eleitoral (um programa que tem, inegavelmente, mais pontos em comum com o do PS do que os programas do PCP e do BE). Se Costa tentar seguir um caminho irresponsável, essas palavras ser-lhe-ão relembradas no futuro. E, agora, é seguir para bingo. Marçal Grilo não entende estratégia do líder do PS? Chama-se tentar safar a própria pele, agarradinho ao poder, depois de perder as eleições de forma humilhante. Nem que para isso fique dependente de quem mais não diz do que isto: «O PS tem condições para formar Governo, apresentar programa e entrar em funções. Quanto aos desenvolvimentos futuros, eles resultarão da identificação da política que for possível fazer. Como sempre, quer esse Governo, quer os trabalhadores e o povo, em particular, poderão contar com a nossa activa participação para assegurar todas as medidas que correspondam aos direitos, interesses, rendimentos, salários dos trabalhadores, reformados. Tudo o que não corresponda, contarão com a oposição do PCP». Para bom entendedor, meia palavra basta.

Da instabilidade governativa

Passos Coelho, com elevada probabilidade, vai ser mais outro primeiro-ministro que ficará a saber o que é não levar uma legislatura até ao fim (se conseguir aguentar esta legislatura até ao fim, o feito será bastante maior do que o de ter, também pela primeira vez, levado uma coligação até ao final da legislatura). Desde 1974, todos os primeiros-ministros que tivemos souberam o que é isso. E, pelos vistos, nenhum partido sente a necessidade de mudar o sistema eleitoral.

«Depois de ti mais nada»

Um dos argumentos mais extraordinários para justificar a permanência de António Costa na liderança do PS depois do desaire ocorrido é a de que não há ninguém no partido em condições e com capacidade para substituir o actual líder. Quando é que o PS deixou-se cair nesta pasmaceira em que, como se já não bastasse não ter candidatos fortes e credíveis para apoiar nas presidenciais, alguns sugerem não existir ninguém com qualidade suficiente para subsituir um candidato que liderou o partido rumo a uma derrota estrondosa e que ocupou a liderança da forma como o fez? O partido vai ficar quieto? Permitir ao falhado Costa continuar a liderá-lo? Enfim, por um lado, talvez agora comece-se a compreender melhor uma das coisas que atormentou Costa durante toda a campanha: a solidão. Há um deserto de figuras credíveis moderadas dispostas a ir à luta pelo partido e uma mão cheia de jovens turcos a pretenderem tomar conta do partido, ainda que nenhum com força e credibilidade suficiente para assumir a liderança efectiva. Por outro lado, também se percebe que temos um Costa, produto das jotas (aderiu com 14 anos à JS e tem todo um percurso ligado à política e ao partido, ainda que extraordinariamente nunca se tenha associado ao ex-edil lisboeta o mesmo rótulo que se associa a um Seguro ou a um Passos), agarrado ao poder que nem uma lapa, controlando o aparelho e contando com este para evitar ataques à sua frágil liderança (a ironia, depois de tudo o que dizeram do Tozé). Mas este desespero de Costa que leva-o a não pretender abandonar o palco, ainda que, por um qualquer milagre, consiga mesmo evitar que o tirem de lá, acabará por resultar em prejuízo do PS. Costa, por maioria de razão, nunca conseguirá ser figura para unir e pacificar o PS. Não o foi antes, muito menos o será agora. Costa não está em condições de ser agora o que Passos Coelho foi em 2009 no PSD, porque é antes disso a Manuela Ferreira Leite da mesma altura. Se no PS andam tão alucinados que não percebem isso e vão apostar na lógica do manter actual líder com base no argumento «depois de ti mais nada; nem sol nem madrugada; sem ti não há amor; a vida não tem cor», a coisa só pode correr-lhes mal. A coligação sorri.

A "elite" que pensa que põe e dispõe do país

José Miguel Júdice, na tv, ensaia o discurso da "elite" bem pensante que apostou todas as fichas no bom do Costa, um homem da sua confiança, e fez tudo por tudo para correr com Seguro e Passos: Costa devia governar, mesmo que perdendo as eleições, com o seu executivo a ser viabilizado pelos partidos à direita que constituem a PàF, ainda que esta última vença as eleições. É a quadratura do círculo: o perdedor governa com o suporte do vencedor. Há uma "elite" que continua a pensar que a vontade do povo serve para eles fazerem o que bem entenderem. É também para ver esta gente lixada da vida que no dia 4 vou-me divertir à brava com uma eventual vitória da PàF.

Ainda sou do tempo

Em que Passos e Seguro não prestavam e Rio e Costa é que eram bons. Mas Costa, o bom, prepara-se para levar banhada e sair humilhado do confronto com Passos, o mau. Ainda assim, alguns simpatizantes socialistas continuam a dizer que se Costa arrisca ter um mau resultado eleitoral, com Seguro ainda seria pior. Mais: Costa agora até pode perder, por que motivo não pode continuar a liderar o partido? Lembram-se de algum? Eu também não. Acreditaram no mito, agora agarram-se a ele com todas as forças que têm. No dia 4 tudo isso ameaça ruir.

Outra prova de que o dia correu mal a Costa

Sentiu-se na necessidade de largar esta: «Não vim de empresas de objecto social obscuro». Pois não, só tem vida que se conheça na política, com particular destaque para a fase em que foi número dois do animal feroz. Enfim, o que Costa quer dizer, denotando algum desespero, é qualquer coisa como isto: «deixem lá de me chatear com as contas para a segurança social do meu programa de governo, temos de arranjar novo tema». Ou como os socialistas gostam de dizer: entramos na nova e importante fase da discussão de ideias para o país da tecnoforma.

Voltar ao jogo

Difícil de perceber é como é que se deixou embrulhar no primeiro debate, quando toda a retórica socialista é tão fácil de ser desmontada: «Desta vez, Passos ganhou o debate, cortando com a estratégia falhada da semana passada, esquecendo Sócrates e levando o debate para temas que domina. António Costa manteve o mesmo registo, mas esteve menos seguro e falhou redondamente na Segurança Social, o que vai prejudicar a campanha do PS». A prova mais evidente de que Passos desta vez esteve muito bem no debate é Pacheco Pereira lamentar o assunto abordado. Essa bússola nunca falha. Costa, aliás, foi obrigado a ir para o facebook tentar explicar o que não soube explicar no debate, nem na conferência de imprensa posterior. Tivesse este duelo sido o televisionado e era praticamente certo que Costa, que em boa parte, sob pressão, está-se a revelar politicamente um flop, podia ter dito adeus à ideia de ser primeiro-ministro. Assim, num debate na rádio com muito menor audiência do que o outro, apesar dos bons títulos e do bom dia para Passos, o efeito será muito mais reduzido.

A grande mistificação e a importância de discutir o passado

Reparem neste furo do jornal de campanha socialista Público: «A carta de Passos a Sócrates em 2011 prometia apoio à vinda da troika». Como se não estivéssemos perante uma coisa há muito conhecida e, particularmente, irrelevante. Uma das coisas mais deprimentes da vida política/jornalística portuguesa é a forma como alguns apostam permanentemente na tontice do eleitor/leitor. Não me parece difícil perceber, parece-me mesmo bastante óbvio, aliás, a diferença entre desejar/defender, a partir de determinada altura, a vinda da troika e ser o responsável pela vinda da troika. Confundir os dois planos pode dar jeito a alguns chico-espertos, mas só não percebe a diferença entre ambos quem ou é tonto ou está de má-fé. A responsabilidade pela vinda da troika encontra-se evidentemente nas políticas irresponsáveis que meteram o país numa situação de pré-bancarrota e tiraram-nos o acesso aos mercados da dívida. Foi isto, nada mais do que isto, o que chamou a troika. A partir do momento em que estávamos nessa pré-bancarrota, qualquer pessoa responsável e com dois dedos de testa só podia suspirar pela vinda da troika, precisamente porque só esta evitaria a bancarrota efectiva. Perante isto, querer levar a discussão para um jogo de vontades é, como dizê-lo, pateta. E como quem não aprende com os erros do passado está destinado a repeti-los, bastaram uns dias de discussão sobre quem «chamou a troika» para pôr em evidência algo que tenho há muito como garantido: noutros países pode não o ser, mas em Portugal discutir o passado contínua a ser fundamental.

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