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Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Mr. Brown

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O novo poder, num novo bloco

Em breve, teremos um novo poder em Portugal. Acho que esse novo poder resulta do PS estar a escolher o caminho errado, mas é o caminho deles, problema deles. A direita era o poder, irá ficar sem ele. Aceite isso de vez, deixe de ser piegas. A circunstância em que se dá a troca de poder não é a melhor, mas era certo que a direita não ficaria lá eternamente. Mais do que chorar sobre o leite derramado, é aproveitar a circunstância em que perde o poder para tentar regressar a ele mais cedo e com mais força. O quadro político-partidário tradicional, sem que os partidos tradicionais em Portugal tenham sofrido muitas perdas, ficou esfrangalhado: de três blocos distintos na AR, passaremos a ter apenas dois. Um bloco de esquerda e outro de direita. A direita, daqui para a frente, deve deixar o PS, com Costa ou após Costa, entregue aos seus novos companheiros de caminho. Espero que aprendam essa lição e não mais sonhem em recuperar o que já lá vai. O novo poder, até por ser construção recente, parece-me ser evidentemente frágil e mau, logo, mais fácil de se lhe fazer oposição. É aproveitar e atacar em força. Até porque não existirá governo de esquerda em estado de graça. E, é possível, existirá desgraça. Essa será a parte muito grave em que o caminho escolhido deixará de ser apenas problema do PS para ser problema de todos nós. Depois das contas públicas descontroladas de Guterres e da bancarrota socrática, se o PS de Costa voltar a entregar o país esfrangalhado a um outro governo, como arrisca fazer, será ainda mais difícil encontrar palavras para descrever este pais e a irresponsabilidade que se apoderou de uma parte do espectro político. Mas, pensando bem, como estranhar, se os rostos são, afinal de contas, praticamente os mesmos? Aos quais se somam uns jovens turcos que em nada melhoraram a pintura. Triste geração esta a que tomou conta do PS. Triste geração esta que está na calha para substituir a antiga. Tristes de nós que teremos de levar com eles (outra vez).

O governo mais reformista de sempre

A quantidade de chumbos do Tribunal Constitucional que o governo e a maioria parlamentar da legislatura que agora acaba tiveram de enfrentar é a prova provada de que esta legislatura foi, por larga distância, a que mais tentou reformar o país desde 1974. Estes últimos quatro anos alteraram muitos dos pressupostos com que o país, desde essa data, tinha-se habituado a funcionar. Ao país dos direitos adquiridos, da falta de exigência para com o funcionalismo público, do sindicalismo que tudo bloqueava, ia-lhe dando uma apoplexia. Não se mudou tudo, mas alguma coisa mudou. E se não mudou mais sabemos bem porquê, não tendo sido certamente por falta de tentativa. Nesse sentido, cada chumbo do Tribunal Constitucional, acaba sendo uma medalha de mérito para o governo que agora cessa funções. Mérito de quem ousou alterar o quadro funcional de um país disfuncional.

Um cenário eventual

Imaginem que a coligação não tinha existido e PSD e CDS tinham-se apresentado sozinhos ao eleitorado. Imaginem que o resultado desse acto eleitoral teria correspondido a 40% dos deputados para a força mais votada, o PS, 36% para o PSD e 15% para o CDS. Portanto, apesar do PS ser a força mais votada, o PSD mais o CDS tinham maioria absoluta. Devia ser o PS a governar? Não, não devia. Caso PSD e CDS formassem um governo conjunto, nunca deveria ser o PS a governar. E isso, mesmo à luz da nossa tradição, seria facilmente entendido. Mas agora imaginem que só o PSD queria ir para o governo, em minoria, com uma representação parlamentar inferior à do PS, e o CDS preferia ficar como uma força independente e sem responsabilidade governativa no Parlamento, o quê que a esquerda diria desta solução? Alguém quer tentar adivinhar? Esta coisa de dizer que a esquerda venceu as eleições faz sentido se a esquerda quisesse e mostrasse ser uma força una e coesa para toda uma legislatura. Sem compromissos sérios e credíveis nesse sentido, será sempre muito difícil engolir um PS minoritário a governar. Por isso, vá lá camarada Jerónimo, indo para o Governo ou ficando fora dele, toca a garantir, perante determinados pressupostos que terão de ser aceites pelo PS, a aprovação de todos os orçamentos socialistas durante uma legislatura. Não custa nada. Ou será que custa?

A vontade do eleitorado

As movimentações teatrais à esquerda começariam a preocupar-me no dia em que tivesse de ler isto: Costa reúne-se com Jerónimo e Orçamento é prioridade absoluta. Enfim, as encenações socialistas para ganharem poder negocial nas negociações, essas sim coisa muito mais séria, do orçamento para 2016 têm graça, mas a dada altura o país será confrontado com a realidade espelhada no discurso de Cavaco Silva (que, precisamente por tocar na ferida, irritou alguma malta): o país tem compromissos internacionais assumidos e das eleições legislativas resultou um inegável alinhamento do povo português com os partidos que tradicionalmente honram esses compromissos. Tal como em 2011, onde o arco da troika (PSD, CDS e PS) ficou com larga vantagem para com o arco do radicalismo ideológico. De resto, dizer que mais de 60% do eleitorado rejeitou a política do PSD/CDS faz tanto sentido quanto dizer que quase 70% do país rejeitou o programa económico do PS ou que mais de 80% do país rejeitou o radicalismo da extrema-esquerda. Como se o voto fosse apenas e só uma «rejeição daquele em quem não se vota» e nunca uma «preferência pelo programa daquele em quem se vota». Como se todo o eleitorado socialista tivesse mais afinidade com as forças à sua esquerda do que com as forças à sua direita. Mas, também por isto, para ajudar a um maior esclarecimento sobre o assunto, gostava de ver uma sondagem que respondesse à seguinte pergunta: perante os resultados eleitorais, preferirá o povo português um governo PS/BE/PCP ou um governo PSD/CDS viabilizado pelo PS? Qual será a solução mais viável e estável? Não tenho muitas dúvidas sobre qual será a resposta a esta pergunta, mas admito que possa ser surpreendido.

Da falta de noção (2)

Na Irlanda, os partidos da coligação governamental, depois de uma fase mais complicada, também já estão bem encaminhados para voltarem a triunfar nas próximas eleições (nomeadamente o Fine Gael que lidera destacado as sondagens). Curiosamente, o caso irlandês quase nunca é mencionado na comunicação social. Deve ser pelo mesmo motivo que o Syriza de Setembro já não desperta o mesmo interesse do Syriza de Janeiro.

A "elite" que pensa que põe e dispõe do país

José Miguel Júdice, na tv, ensaia o discurso da "elite" bem pensante que apostou todas as fichas no bom do Costa, um homem da sua confiança, e fez tudo por tudo para correr com Seguro e Passos: Costa devia governar, mesmo que perdendo as eleições, com o seu executivo a ser viabilizado pelos partidos à direita que constituem a PàF, ainda que esta última vença as eleições. É a quadratura do círculo: o perdedor governa com o suporte do vencedor. Há uma "elite" que continua a pensar que a vontade do povo serve para eles fazerem o que bem entenderem. É também para ver esta gente lixada da vida que no dia 4 vou-me divertir à brava com uma eventual vitória da PàF.

5 de Outubro

Tenho algum receio daquilo que pode ser do país no dia 5 de Outubro: um governo frágil, sem maioria absoluta, seja ele de direita ou de esquerda, será o primeiro passo para começarmos novamente a derrapar e a colocar todo o esforço feito até aqui em risco. E suspeito, por manifesta falta de responsabilidade política, que é para uma situação dessas que o país caminha. Quando, se necessário, a estabilidade poderia estar sempre garantida de forma tão simples e óbvia: CDU, CSU e SPD selam acordo de «grande coligação».

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