We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
A táctica do PS para superar o amadorismo revelado na elaboração de uns cartazes é acusar os outros de serem profissionais, o que não só denota tontice como mantém o assunto dos cartazes à tona de água.
«Pois é, não se pode agradar a todos». Dai que a prioridade do PS seja a «proteção da classe média». Lá se lixam os desfavorecidos. Ah, espera, esses também são prioridade do PS conforme o dia da semana. Sobram os ricos que tudo podem pagar. Mas os ricos são tão poucos que, reformulando a frase de Costa, no discurso da campanha eleitoral se não se pode agradar a todos, sempre podemos sugerir que vamos agradar a quase todos. Não há pachorra para lero-lero eleitoral, feito de muita «esperança» e «confiança», mas, acima de tudo, de propaganda.
Só mais esta: quem lê as notícias sobre a manipulação mediática feita em torno do seu livro, não pode deixar de se lembrar daquilo que eu costumava designar pela «máquina socrática». Foi a maior máquina de propaganda da história da democracia portuguesa. Oleada como nenhuma outra. Infelizmente, temo que nunca venhamos a ter total consciência sobre a forma como algumas coisas foram feitas nesses tempos.
Olhem bem para estes gráficos (que vou tomar como estando correctos, não tenho tempo para trabalho de pesquisa). Sim, é impressionante a tendência de evolução negativa de todos os indicadores que começa pós-2008. Felizmente, após muitos sacrifícios, em 2014 também é notória a inversão de tendência em quase todos eles. Naturalmente, dadas as circunstâncias, o PS já se sente em condições de regressar ao poder.
Recordemos alguns factos: devido ao uso da golden share por parte de Sócrates, a Telefónica não subiu substancialmente a sua oferta para ficar com a Vivo, apenas foi feito um esquema de dilatamento do prazo de pagamento para parecer que o novo valor oferecido pela Telefónia (7,5 mil milhões de euros) era superior ao valor que o governo Sócrates tinha vetado (7,15 mil milhões de euros). Entre os 7,15 mil milhões pagos a pronto e os 7,5 mil milhões dos quais só 4,5 eram pagos a pronto e os restantes 3 eram atirados para tempo futuro a diferença foi pouca ou nenhuma. Mas já sabemos que este país além de ter uma má relação com a memória, não tem outra muito melhor com a matemática. Depois temos a história do fim da golden share, com a qual, para Miguel Sousa Tavares, Sócrates não teve nada a ver. Até parece que o fim das golden shares - um fim com o qual congratulei-me - não decorreu do que estava acordado no Memorando com a troika negociado pelo governo Sócrates ou, mesmo no famigerado PEC IV, não estivesse lá isto: «No sector energético, bem como em todos os outros sectores, o Governo irá rever os direitos especiais detidos pelo Estado sobre empresas privadas e abolir esses direitos, quando necessário, de forma a garantir o cumprimento da lei comunitária». Mas, tudo bem, com Sócrates devemos ter alguma tolerância porque já sabemos que a sua relação entre o que manifestava pretender fazer e o que era concretizado nem sempre foi brilhante. Mas, acima de tudo, não estraguemos uma boa história ao escritor de ficção Sousa Tavares e aos apaniguados de Sócrates ou dos Espírito Santo.
Claro que o relatório feito por um departamento do FMI tem a sua quota parte de propaganda. Aqueles técnicos não sabem mais sobre o país do que muitos técnicos portugueses, a residir em Portugal, e que já fizeram inúmeras análises à ineficiência do Estado português e ao que poderia ser feito para melhorá-lo. Mas há aqui um paralelo que se pode traçar com o caso do burlão: a simples referência ao FMI dá um estatuto ao relatório que outros, apesar de melhor elaborados e feitos por técnicos portugueses, não teriam.