We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
Sim, porque isto, dirão os inteligentes, não é cinema: Ó Evaristo, “O Pátio das Cantigas” é o filme português mais visto de sempre. O que tem matado o cinema português são os filmes que ninguém vê. Ainda que os agentes do sector, perante a contínua e permanente ausência de público, nunca se tenham queixado da morte do sector. Desde que recebessem o deles sem preocupações de maior, o "cinema" estaria vivo.
Quem põe em causa o novo «modelo de sociedade» defendido pelo Governo, «está a pôr o sistema económico em causa», explica agora Inês de Saint-Maurice Esteves de Medeiros Victorino de Almeida, economista artista que estava radicada em Paris, filha do maestro Victorino de Almeida, sendo que o pai ainda na última segunda-feira estava do lado dos "artistas" que foram ao Prós e Contras defender a proposta do Governo (vê-los ali como os únicos que davam o peito às balas pela proposta do tonto do secretário de Estado provoca ao mesmo tempo riso e tristeza: esta gente vende-se por pouco). Um debate que, segundo o ex-liberal e deputado social-democrata Carlos Abreu Amorim, foi ganho claramente pelos Prós. O único de toda a gente que sigo no twitter e que acompanhou o debate a considerar tal coisa, mas revelador do que se segue na Assembleia da República (declaração pessoal: tenho vergonha de um dia ter tido boa opinião de Carlos Abreu Amorim). O bloco central de interesses, muito alinhado, a revelar o que há de pior na sua natureza. O próprio CDS quer distanciar-se, mas bem sabemos que quando o CDS quer mesmo bloquear a aprovação de uma proposta na AR, não lhe têm faltado armas e o PSD acaba por ceder. Se neste caso não as utilizou/utiliza, é porque não dá particular relevância ao novo «modelo de sociedade» e, perante isso, da minha parte, dou-me por esclarecido. Dito isto, a título de curiosidade e porque era um dos artistas na plateia do Prós e Contras, lembrei-me de ir ver quantos seguidores tem no spotify o brilhante Carlos Alberto Moniz. Sabem quantos? 6. Seis. Gatos. Pingados. E, lembrei-me dele vá-se lá saber porquê, Fernando Tordo, quantos terá? 69. Sempre é dez vezes mais. Paulo de Carvalho, outro dos artistas presente no Prós e Contras? 227. Está a melhorar. Para fechar as contas dos artistas do Prós e Contras, Miguel Ângelo, quantos seguidores terá? 224. Ó diacho, autores com tão grande valor e o número de seguidores no Spotify não passam desta pobreza franciscana? Haverá alguma relação entre esta pobreza no número de seguidores no spotify e o seu alinhamento com a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA)? Por outro lado, como é que será com outras figuras que não vi entre os mamistas do Prós e Contas? Por exemplo, Ana Moura? 9672. Anselmo Ralph? 16716. Os Moonspell? 11604. Até o Tony Carreira, no universo digital do Spotify, chega aos 3764 seguidores. Entre as elites culturais, há um desprezo pelo popularucho Tony, mas o meu desprezo vai todo dirigido para aquele grupo de "artistas" que praticamente ninguém tem interesse em ouvir de borla, quanto mais efectuar cópias de trabalhos adquiridos previamente, que foi dar a cara por uma proposta sem sentido deste Governo.
A propósito deste texto de Nicolau Santos, com o qual não concordo na essência, diga-se contudo uma coisa: a maior parte das IPSS que conheço são geridas de forma totalmente amadora, com gente que replica para muito pior aquela que é a imagem colada a um certo funcionalismo público, actuando como verdadeiros sorvedouros de recursos públicos (sim, porque são fortemente subsidiadas), distribuindo empregos por gente em número muito maior do que aquele que, existindo gestão profissional que se dedicasse ao aumento da eficiência e da produtividade, seria necessário para cumprir tudo o que fazem actualmente. E, aproveitando a opacidade que envolve a relação do Estado com estas instituições, o sector lá vai sendo protegido pelos suspeitos do costume. Ministro Mota à cabeça. É o estado social que a nossa direita adora. Ao contribuinte, sai-lhe tão ou mais caro do que o outro.
Provavelmente, é o fim do Fantasporto. Um fim pré-anunciado. Pela ligação emocional que tenho com o festival, que me deu a conhecer alguns bons filmes, lamento sinceramente que assim seja. Mas o assunto não deixa de tornar a colocar na ordem do dia os subsídios ao cinema, a sua utilidade e a ligação de quem deles beneficia com o poder político.
Não sei se hoje terá sido melhor - acredito que sim -, mas ontem, numa reunião de estrelas da música portuguesa, amplamente divulgada e publicitada, a que se designou chamar Portugal ao Vivo, com bilhetes a metade do preço daquele que é praticado na maioria dos principais festivais de verão com estrelas internacionais, compareceram míseros oito mil espectadores. Os leitores mais atentos deste blogue sabem que volta e meia gosto de recordar que a crise não passa pelos festivais de verão. Não faço-o para mostrar um país que não está em crise; faço-o para demonstrar o porquê de termos entrado em crise e não sairmos dela. Bem sei que há outros factores e a coisa não é tão simplista quanto aquilo a que a vou reduzir, mas permitam-me: enchemos os bolsos dos artistas internacionais e «cagamos» para os artistas nacionais. A coisa não seria grave, se fosse assim só na música - o que não é - ou outros lá fora valorizassem os nossos artistas da mesma forma que nós valorizamos os artistas vindos de fora - o que não acontece. Pelo que, assim, não vamos lá. E acrescento: os nossos queridos artistas habituaram-se a dar espectáculos para o povo patrocinados pelo contribuinte, nomeadamente através de festas municipais. Não se admirem, portanto, que quando o povo é chamado a demonstrar directamente do seu próprio bolso o quanto valoriza estes artistas nacionais, numa comparação com o que é a valorização feita dos artistas internacionais, diga-lhes tão frontalmente: vocês não valem nada. E tem razão: fosse diferente e não os teria visto (praticamente) de "borla" numa qualquer festa da aldeia.
O subsídio de férias vai ser pago no Natal? Está mal, é a paródia. O subsídio de Natal está a ser pago desde Janeiro? Que importa. O subsídio de férias ser pago logo em Junho beneficia a economia, pois é dinheiro que é gasto mais cedo, diz gente de todos os partidos de esquerda - e não só - por tudo quanto é lado. Curioso, PCP, BE, alguns deputados do PS e um mar de gente de esquerda não tinha igual visão em Janeiro deste ano quando mostraram-se contra o pagamento do subsídio de natal em duodécimos. Então, começar a pagar parte do subsídio de natal mais cedo também não dinamizava a economia? Ou, no fundo, o que importa é criar grandes casos políticos de pequenos nadas? Deve ser mais isto. É evidentemente isto.