Consumidores vs taxistas
No dia em que os taxistas comportaram-se como gorilas - alguém poderá dizer que estou a confundir a árvore com a floresta, mas tal só pensará quem tem pouca experiência a andar de táxi em Lisboa (ou há alguém que o faça e que tenha ideia dos taxistas enquanto exemplos de pessoas com boa educação, calma e cordialidade?) -, a Uber aproveita a publicidade positiva e alcança a liderança na loja da Apple. Será de estranhar tal fenómeno? Até nisto a ANTRAL demonstra o quanto as suas práticas são retrógadas e não tem noção, nem nunca se enquadrará, no mundo das novas tecnologias e do pensamento a ela associado. O progresso e a modernidade até podem ser reprimidos por uns tempos, tentativa de repressão em que sempre podemos contar em apanhar o PCP na linha da frente, mas mais cedo ou mais tarde o futuro acabará por se impor. Na guerra entre as preferências/interesses dos consumidores e as preferências/interesses dos prestadores de serviços, o Estado deve sempre defender os primeiros. Não interessa nada que os taxistas estejam insatisfeitos com a Uber; interessa, isso sim, é perceber se o consumidor fica a perder com a nova situação. Alguém será capaz de argumentar que fica? É perguntar a opinião a quem usa ambos os serviços.