We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession.
If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all.
We are bad comedians, we aren’t bad men.
Não consigo compreender como é que o governo demorou tanto tempo a tratar do processo que apanha-se agora na situação inadmissível de ter de fechar a coisa a fugir, por ajuste directo - ainda que aproveitando as bases do concurso internacional lançado anteriormente -, em cima das eleições. Tenho Sérgio Monteiro por um tipo muito competente, mas neste caso, à falta de outros dados, foi, no mínimo, imprudente. Esta justificação, no fundo, não abona muito a favor do próprio. Agora, ainda que fosse necessário avançar no imediato - por um mix de pressões de Bruxelas, que as há, e financeiras, que também as há -, não dá para ignorar que uma nuvem negra ficou a pairar sobre o caso. E todo e qualquer barulho sobre o mesmo acaba por ser facilmente justificado.
A quantidade de empresas, ONGs e afins em que aparece o nome de Luís Marques Mendes, sendo este o último caso, para o próprio depois garantir que nunca teve nada a ver com coisa alguma, não deixa de ser supreendente. Este amaranhado de sociedades constituídas não se sabe bem com que fim, onde pontificam nomes de políticos, que será coisa recorrente, não deixa de levantar enorme dúvidas sobre esta gente e as teias que constrõem ou onde se deixaram enredar. Um minúsculo vislumbre do que é, tem sido e continuará a ser o nosso belo regime.
Accionista. Assessora. Opinadora (sobre preço-alvo). Extraordinário, não? Já estranho? Nem por isso: ainda este ano, a propósito do BES, tivemos o caso espectacular do Nomura, banco de investimento japonês que apostouforte no BES, que recomendou, no final de Julho, aos investidores a compra de acções do banco português (com um preço-alvo de 1,10€), para passadas poucas horas estas estarem a cair mais de 50% para os 0,17€ (o resto da história é a que já se sabe). Conflito de interesses? É melhor assobiar para o ar.
Os briefings diários do Governo acabaram e em seu lugar virão briefings sectoriais. Em Portugal, a transparência é uma prática de muito difícil aplicação. Logo a começar porque não há tradição de termos mecanismos que a promovam e a classe jornalística, no fundo, está tão habituada a fazer da opacidade uma oportunidade para gerar "notícias" que também não gosta muito dela. Mas, também por isso, a dupla Maduro e Lomba, apesar da boa vontade, revelou-se muito verdinha...