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Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Mr. Brown

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Não há alternativa, Syriza style

Tsipras desafia: «Quem tiver uma solução alternativa que avance e diga qual é». A próxima que o Gaspar vai ensinar o Tsipras a dizer é esta: «Não há dinheiro: qual destas três palavras não perceberam?» Enfim: infelizmente para os gregos, só o Rui Tavares ofereceu ajuda enquanto os sábios do PS preferiram manter-se à margem.

Regresso aos mercados

É possível – provável, parece-me – que a crise política tenha afectado as taxas com que nos conseguimos financiar nos mercados. Mas tem de haver aqui mais qualquer coisa, não será? Se calhar é completamente óbvio, mas eu sou verdadeiramente ignorante sobre estes temas e não estou a ver. Sim, claro que há mais qualquer coisa. As variações dos juros dos países periféricos - entre outros - não se devem só a questões internas de cada país. As políticas do BCE e da Reserva Federal Americana, por exemplo, têm forte influência na evolução dos nossos juros. Mas isso não invalida que a política interna também tenha. Se me permitem a análise simplista, nos gráficos que o Pedro Magalhães exibe no seu blogue, nota-se claramente que há em larga parte um padrão semelhante aos três países, indício claro de que há algo a influenciar os juros que não deve depender exclusivamente, nem especialmente, das políticas internas de cada um, mas nota-se igualmente, quer na magnitude das variações, quer sobretudo na recta final dos gráficos, que a situação portuguesa deixou de seguir o padrão italiano e espanhol, apresentando uma evolução muito mais desfavorável. E é nisso que está indício claro de que a política interna, com a irrevogável demissão de Portas ou as decisões do Tribunal Constitucional, desempenhará igualmente papel importante. Qual pesará mais? Depende e não estou habilitado a dar uma resposta definitiva à pergunta. São tantos os factores a influenciar a evolução das taxas que, embora muitos possam jurar a pés juntos saber qual a que terá maior relevância - ao ponto de saberem que as acções do Governo em nada explicaram o "regresso" aos mercados ocorrido em Maio e em tudo explicam o não regresso aos mercados ocorrido durante o dia de hoje -, eu não tenho essas certezas, pelo contrário, tenho mesmo muitas dúvidas. Posso, contudo, dizer algumas coisas que tenho como certas: sem a política do BCE, não teríamos regressado antecipadamente aos mercados ainda com Gaspar como ministro, como também sei que sem défices elevadíssimos e dívida a subir sem parar não teríamos saído dos mercados em 2011 (e é por ter o défice e a dívida em pior situação do que a nossa que a Grécia, nem com BCE a ajudar, regressa aos mercados). No fundo, a situação é extremamente complexa e o debate político, que tem de se apresentar com clareza para que o eleitorado o entenda, não é terreno onde estas coisas sejam discutidas de forma séria.

Continuando (e este post vai ser grande): no post de Pedro Magalhães é feita ligação a este post de Aguiar-Conraria sobre o erro muito comum «de fazer análise política com base na volatilidade diária dos Mercados». Obviamente, concordo. Dito isto, quando Pedro Magalhães questiona-se sobre a «trajectória ascendente» dos nossos juros «desde Maio» e na busca de explicações pergunta: «O Tribunal Constitucional?», ao que responde que «a decisão sobre o Orçamento foi em Abril», o que parece tirar essa decisão da equação explicativa para a subida posterior dos juros, esquece-se de um pormenor, mas já lá vou. Começo por tornar a afirmar o óbvio: a evolução de descida dos juros é comum a Portugal, Espanha e Itália até Maio; bem como é comum a tendência de subida após isso, logo, há factores externos a influenciar ambas as situações. Contudo, como pode uma decisão do TC de Abril - e houve, pelo menos, uma outra posterior com bastante relevância há não muito tempo - condicionar a evolução dos juros nos meses seguintes? Recordemos: o que fez Passos após a decisão de Abril do TC? Apareceu a garantir que outros cortes na despesa viriam substituir aquilo que se perdia com a decisão do TC. Se esses cortes viessem a ocorrer, qual a influência expectável da decisão do TC sobre os nossos juros? Certamente, muito baixa. Mas existe confiança de que esses cortes substitutos venham a ocorrer? Se juntarmos um abalozinho chamado crise política, outra decisão do TC no sentido de impedir novos cortes e, até, a tentativa de renegociar metas para o défice, acho que se percebe que essa confiança foi sendo perdida e existe um sentimento de degradação sobre a capacidade do Governo, este ou outro qualquer, assegurar a sustentabilidade da nossa dívida pública. E assim, meus caros, não há política do BCE que nos salve.

Termino regressando a algo que por aqui já sublinhei, mas que quero tornar a realçar: sei que a memória é curta, mas nós "regressamos" aos mercados antes da data prevista. Esse regresso foi, aliás, altamente noticiado e propagandeado pelo Governo, originando até um «dia negro» para o PS de Seguro que viu a sua liderança ser ameaçada. Hoje, com taxas a 7%, dificilmente poderíamos repetir o brilharete. Mas que o regresso fosse hoje, especificamente no dia de hoje, era a coisa que menos interessava. Interessava, isso sim, que existisse uma probabilidade elevada de nos pudermos voltar a financiar no mercado num futuro próximo. Em Maio, essa probabilidade era bem real. Depois da crise política e dos chumbos do TC, coisa que, aliás, Gaspar sabia que ia acontecer e por isso pôs-se a andar, não passa de uma miragem. Dito isto, ouvi muitas vezes durante o dia referências depreciativas a Gaspar, mas, no fundo, a realidade com que nos deparamos dá-lhe mais razão do que a tira e deixa muito mal visto o Paulo "Quero Outro Rumo" Portas e o Tribunal "Não Aceitamos Cortes da Despesa" Constitucional.

Obrigado e boa sorte

 

Obrigado a Vítor Gaspar. Boa sorte à Maria Luís. O primeiro sai derrotado, mas assim é porque só fez o que lhe deixaram fazer e não o que queria e sabia que devia ser feito. Reparem que isto não é um pormenor: perdeu, mas não por culpa do rumo que seguiu e sim porque não conseguiu impor o rumo que pretendia. Além disso, comprova-se que teve a lucidez de perceber o que a decisão do Tribunal Constitucional, bem como a cedência na questão da TSU, tinham significado. Uma lucidez que aparentemente faltou a Passos Coelho, embora um dia destes talvez venhamos a ter outro conhecimento das conversas que terão existido entre o actual primeiro-ministro e o presidente da República sobre a matéria. Quanto à Maria Luís é uma pessoa competentíssima, com provas dadas neste governo, e que há algum tempo andava a acompanhar Gaspar nas viagens à Europa, estando numa posição privilegiada para não perder muito tempo a conhecer os dossiers mais quentes que o executivo tem nas mãos. Mas os motivos que levam à saída de Gaspar, são os motivos que não me levam a esperar grandes proezas da nova ministra das finanças. «Está ferida de credibilidade», já dizem os comediantes. Estes jogos de política baixa e rasteira já me irritaram mais, contudo, agora nesta fase em que o que tenho em mim é sobretudo cansaço, isto vai lá mais com o desprezo: coitados.

Um que não quer triturar o Gaspar

O Governador do Banco de Portugal (que, como Gaspar, goza de prestígio na Europa): Carlos Costa considera que o melhor indicador para avaliar o desempenho do ministro das Finanças é a evolução do défice primário estrutural, porque desconta parte dos impactos que não são controláveis pelo Governo. O saldo estrutural primário passou de um défice de 6% do PIB em 2010 para um excedente de 0,2% em 2012. “É um grande ajustamento”, realça o governador. Contudo, para não ir mais longe, a economista Constança Cunha & Sá muito provavelmente discordará desta análise. Enfim, Gaspar, de facto, não terá feito tudo o que devia e podia ao nível da consolidação orçamental, mas que tem sido muito melhor do que a maioria dos ministros das finanças que o antecederam, tem.

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