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Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Os Comediantes

We mustn’t complain too much of being comedians—it’s an honourable profession. If only we could be good ones the world might gain at least a sense of style. We have failed—that’s all. We are bad comedians, we aren’t bad men.

Mr. Brown

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O «rodinhas»

O Schäuble é fascista. O Schäuble é nazi. São qualificações em relação aos governante alemão, sobretudo ele, que frequentemente encontro por estes dias nas redes sociais (até encontro coisas piores que é melhor nem mencionar). Este tipo de tontice, pura manifestação de irracionalidade e, paradoxalmente, extremismo, deve ser a forma encontrada por alguns para justificarem perante si mesmos que não têm de respeitar a democracia alemã da mesma forma que querem que se respeite a democracia grega. Mas convém dar-lhes números: a forma como Schäuble liderou as negociações pelo lado alemão, obteve aprovação de 64% por parte do eleitorado perante o qual responde, até porque 57% desse mesmo eleitorado concorda com o acordo final. Schäuble pode ter muitos defeitos, mas o de ter uma atitude totalitária e não respeitar a vontade de quem o elege, não tem certamente. Os syrizos fazem o mesmo? Quase, é que os syrizos e o eleitorado grego têm essa particularidade de precisarem da vontade do eleitorado alemão para conseguirem obter o que desejam. Uma campanha anti-germânica não é certamente a melhor forma de terem sucesso.

A Grécia não consegue pagar ou não quer pagar?

Uma das coisas que Schäuble diz e que é óbvia passa pela questão dos activos na posse do Estado grego. Como é que um Estado pode dizer que não consegue pagar a sua dívida quando tem activos valiosos dos quais não aceita abdicar, privatizando-os? É aqui, entre outras coisas, que a linha entre o «não consegue pagar» e o «não quer pagar» fica claramente definida. Os gregos até podem não conseguir pagar, mas antes e primeiro que tudo eles não querem pagar, por motivos ideológicos.

Da percepção das coisas

Juncker deve à Alemanha o cargo que tem (foram os alemães que deitaram por terra a pretensão inglesa de não o eleger como substituto de Durão). Dijsselbloem conseguiu o lugar de presidente do Eurogrupo, onde antes tinha estado Juncker, por também estar alinhado com o governo alemão. E Schäuble é o político e ministro das finanças mais experiente de todos os que estão no Eurogrupo. Os alemães, em boa parte, foram abdicando de um controlo muito exigente sobre o BCE, até porque deixaram o banco central entregue a um italiano e a um português, mas em matéria de política orçamental continuaram extraordinariamente empenhados em manter a coisa controlada e os seus interesses defendidos. Perante isto, diga-se que muito do que foi dito e feito nos últimos dias, se enquadrado no histórico de toda esta gente, dá-nos uma ideia clara de como os gregos foram manobrados para o entalanço final no primeiro round (não é, portanto, de admirar que já tenha começado a contestação interna dentro do Syriza, ou que a oposição, nomeadamente o partido socialista lá do sítio, tenho aproveitado para uma entrada a pés juntos). Por outro lado, o Governo português e Maria Luís Albuquerque, neste jogo (o da percepção das coisas), foram meros peões. Sem qualquer capacidade de influencar a narrativa dominante na imprensa internacional - nem sequer a do seu próprio país -, nem particularmente influentes no resultado final das negociações, a partir de certo ponto perceberam que a leitura que ia ser feita da situação podia ser tão prejudicial na batalha interna, com eleições a se aproximarem, que foram as suas pernas que tremeram. Para o Governo sair bem visto junto da opinião pública, não bastava que o Syriza fosse vergado, como foi, era preciso igualmente que o Governo não tivesse passado por ser «mais alemão dos que os alemães», como Varoufakis, num contra-golpe vingativo à história da «brincadeira de crianças», decidiu observar (e que a imprensa alemã - noto: a imprensa alemã - ajudou a reforçar). Juncker e Schäuble, importa perceber, não se importam de levar a cabo o seu jogo sem qualquer problema de maior nos danos que causarão políticamente ao nosso Governo porque também sabem que daqui a poucos meses será com outro governo português que terão de lidar (não há amigos a defender, mas antes interesses).

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