Teatro e mais teatro
De todos os lados. O PCP não disse que viabilizaria a governação socialista, aprovando-lhe, por exemplo, os orçamentos, diz apenas que viabilizaria a entrada em funções de um governo do PS, coisa que diz não aceitar fazer em relação a um governo PàF: «Conhecemos o programa do PS e sabemos que não responde a uma aspiração de ruptura com a política de direita. Entretanto, o quadro constitucional e a correlação de forças existente na Assembleia da República em nada impedem o PS de formar Governo, apresentar o seu programa e entrar em funções. [...] O PS terá de escolher entre associar-se à viabilização e apoio a um Governo PSD/CDS ou tomar a iniciativa de formar um Governo que tem garantidas condições para a sua formação e entrada em funções». Na prática, o PCP viabilizaria uma «vitória na secretaria» que colocaria António Costa como primeiro-ministro. Coisa bastante distinta de viabilizar um governo, como se compreende.